UFSCar descarta ampliar vagas na medicina mesmo com apoio do MEC
Ministério divulgou medida para incentivar criação de novos cursos e vagas.
Universidade diz que antes precisa resolver problemas de funcionamento.
“O curso está enfrentando uma série de problemas de funcionamento. Primeiro nós temos que resolver esses problemas para depois aumentar o número de vagas”, afirmou Bernardino Geraldo Souto Alves, coordenador do curso de medicina da UFSCar.
Estudantes de medicina da UFSCar protestaram de luto em São Carlos (Foto: Ely Venâncio/EPTV)
“Não teve nenhuma melhora pós greve, na realidade, está ainda pior. Ainda estamos sem previsão de estágio prático. Estamos sem fazer desde o começo do ano e ainda não sabemos quando será resolvido. O calendário de reposição também está irregular, teremos que repor dois meses em um”, contou a aluna do terceiro ano da medicina Ana Clara Bortotti.
A nova política do MEC faz parte do programa Mais Médicos, que prevê melhorias no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), investimentos em infraestrutura e qualificação da formação médica. Para o coordenador do curso da UFSCar, esta é uma nova maneira de tentar resolver um problema enraizado.
“Essa ideia que tem sido desenvolvida no país é fazer tudo junto e qualificar em processo. As outras maneiras de se tentar estão sendo aplicadas há 30 anos e nós estamos hoje com um sistema de saúde sucateado e um ensino ruim. Então, precisamos tentar uma estratégia diferente”, disse Alves.
Apesar de descartar a criação de novas vagas na UFSCar, o coordenador aprova a nova medida. “Uma coisa é certa: está faltando médico para a sociedade. Nós temos muitos médicos para o mercado, mas para a sociedade temos poucos”, finalizou.
Em março, alunos da medicina fizeram manifestação em frente à reitoria (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Fonte: G1.com
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