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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sugestão de Leitura - Dom Quixote De La Mancha – Miguel De Cervantes

Como estamos leitores assíduos, Dom Quixote é um dos grandes clássicos da literatura mundial, a par de outros como Guerra e Paz (Tolstoi), Irmãos Karamazov (Dosotievski), A Montanha Mágica (Thomas Mann), Em Busca do Tempo Perdido (Proust), Moby Dick (Melville) e Ulissess (Joyce).
Em comum com todos esses livros, o facto de, num grande livro, fruto de trabalho do escritor durante muitos anos, se concentrar, em forma de romance, toda uma vida de um escritor, as suas interpretações dessa mesma vida, da sociedade, e de todas as questões pertinentes com que se deparou, recorrendo muitas vezes ao relato de acontecimentos reais e auto-biograficos, ainda que ficcionados sob a forma de diversas personagens.
Assim, Dom Quixote é muito mais que as descrições das aventuras de um cavaleiro louco e temerário. Além da riqueza literária em si, onde Cervantes experimenta vários estilos literários e de tal ele próprio nos dá conta ao longo do livro, o Dom Quixote (personagem) e o Sancho Pança (principalmente este último) são intensamente usadas para caricaturar vários tipos de personagens e comportamentos, sendo quase paradoxal verificarmos que Sancho Pança tanto interpreta um personagem ignorante e sem cultura, como um personagem cheio de sabedoria e com pensamentos e decisões muito sensatos.
O livro está dividido em 2 partes, sendo sabido que a sgeunda parte foi escrita porque um outro escritor, aproveitando a primeira parte, continuou as aventuras do Dom Quixote, o que forçou Cervantes a escrever uma segunda parte, onde faz muitas referências a essa tentativa de plágio.
A primeira parte caracteriza-se por existirem muitas pequenas histórias que se inter-ligam com as aventuras do cavaleiro, com a apoteose que todas elas se resolvem quase em simultâneo no final da primeira parte. Curiosamente, todas essas histórias independentes são, nem mais, nem menos, relatos auto-biográficos do próprio Cervantes, ficcionados soba forma de outros personagens.
Na segunda parte, Cervantes dá mais ênfase ao Dom Quixote e principalmente ao Sancho Pança, onde assistimos ao "vestir" de diferentes facetas ao Sancho Pança, que até chega a desempenhar o cargo de governador com uma grande ponderação, além de outros conselhos sábios que foi dando a muita gente e ao próprio Dom Quixote, servindo-se muito de rifões (citações,sentenças) tendo sempre 2 ou 3 apropriadas para cada ocasião, facto que irritava muito o Dom Quixote.
Os discursos e capacidade de argumentação do Dom Quixote e do Sancho Pança, ao longo de todo o romance, são de uma eficácia atroz, notando-se muito o uso de diálogos entre estes e outros personagens como forma do Cervantes fazer passar as suas ideias ou discuti-las, incidindo em todo o tipo de áreas, desde a literatura, a guerra, a sociedade, etc.
Por isto tudo, é um livro indispensável, não obstante as suas 900 páginas. O facto de estar dividido em pequenos capítulos de 3 ou 4 páginas, torna-o mais fácil de digerir, uma vez que se pode facilmente parar e retomá-lo noutra altura, nem que seja apenas para ler mais um capítulo.
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