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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Só 5 cidades têm índice 'muito alto' de desenvolvimento em educação

Só 5 cidades têm índice 'muito alto' de desenvolvimento em educação

Águas de São Pedro, no interior paulista, tem o melhor IDHM Educação.
Melgaço, no Pará, tem o pior IDHM Educação; dados são do Pnud.

Cíntia Acayaba e Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
Dos 5.565 municípios do Brasil, somente cinco (Águas de São Pedro-SP, São Caetano-SP, Santos-SP, Vitória-ES, Florianópolis-SC) são classificados como de "muito alto desenvolvimento" em educação, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

AS 10 CIDADES COM MELHOR DESEMPENHO
EM EDUCAÇÃO NO IDHM 2013
Posição
Município
IDHM de educação

Águas de São Pedro (SP)
0,825

São Caetano (SP)
0,811

Santos (SP)
0,807

Vitória (ES)
0,805

Florianópolis (SC)
0,800

Balneário Camboriú (SC)
0,789

Araraquara (SP)
0,782

Ilha Solteira (SP)
0,782

Assis (SP)
0,781
10º
Cruzália (SP)
0,778
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. O órgão considera como “muito alto desenvolvimento humano” índices entre 0,800 e 1.
Para medir o IDHM, são considerados indicadores de educação, saúde e renda. Em relação à educação, são considerados dados de escolaridade da população adulta e a inclusão da escola entre crianças e jovens.
O IDHM Educação é único subíndice classificado na faixa "médio desenvolvimento humano", os outros dois, longevidade, e renda, estão como "muito alto" e "alto", respectivamente.
O IDHM Educação do Brasil foi o que mais avançou entre os três indicadores saiu de 0,279, em 1991, para 0,637, em 2010, o que representa 128% de crescimento.
Para Daniela Gomes Pinto, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, “a educação está extremamente mais exigente”.  “Antes, a preocupação era colocar a criança na escola, agora é manter”, disse.
Para Maria Luiza Marques, da Fundação João Pinheiro, os dados mostram que é necessária uma melhor política de educação.   "Menos de 0,5% atingiu a faixa de "muito alto desenvolvimento no país".  Está se investindo na educação dos jovens, mas se requer uma política enfática em educação", disse.
Segundo o Atlas, 59% dos jovens não têm o ensino médio completo. "Estamos perdendo a guerra no ensino médio. Ensino médio é o grande desafio", disse o presidente do IPEA, Marcelo Neri.

Cidades
Águas de São Pedro, no interior paulista, é a primeira da lista com 0,824 no IDHM Educação. A cidade ficou em segundo lugar no ranking geral do IDHM 2013.
Em segundo lugar no IDHM Educação, ficou São Caetano do Sul, no ABC paulista, com índice 0,811, seguida por Santos (SP), 0,806, Vitória (ES), 0,805, e Florianópolis (SC), 0,800. Todos esses municípios aparecem entre os primeiros melhores no ranking geral do IDHM 2013.
No extremo oposto, está Melgaço, no Pará, com 0,207 no IDHM Educação, índice considerado "muito baixo" pelo Pnud. O município também está na última colocação no ranking geral do IDHM.
Assim como Melgaço, os outros quatro piores IDHM Educação estão na região Norte do país: Chaves (PA), 0,234, Atalaia do Norte (AM), 0,259, Itamarati (AM),0,266, e Uiramutã (RR), 0,276.
Para o IDHM 2013, o acesso ao conhecimento de cada município foi medido pela composição de dois subindicadores com pesos diferentes: escolaridade da população adulta e fluxo escolar da população jovem.
A escolaridade da população adulta foi medida pelo percentual de pessoas com 18 anos ou mais de idade com fundamental completo e tem peso 1. O fluxo escolar dos jovens foi medido pela média aritmética do percentual de crianças entre 5 e 6 anos frequentando a escola, do percentual de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo e do percentual de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo tem peso 2. A média geométrica desses dois componentes resulta no IDHM Educação.
Unidades da federação
Nenhuma unidade da federação foi considerada pelo Pnud como de “muito alto desenvolvimento” em educação. Distrito Federal e São Paulo, primeiro e segundo lugar no IDHM entre as unidades da federação, conseguiram em educação índices considerados "altos": 0,742 e 0,719, respectivamente.
Todos os outros estados foram considerados de "médio" ou "baixo" desenvolvimento em educação.

Anos anteriores
De acordo com dados do Atlas 2003, reformulados em 2013 (ver metodologia), nenhum município atingia a classificação “muito alto desenvolvimento” e somente três eram considerados como “alto”: São Caetano do Sul , Santos e Vitória.
Também em 2003, 4.748 municípios estavam na faixa considerada como "muito baixo" pelo Pnud – 34 cidades estavam muito próximas de zero em educação.
Em 1998, a situação da educação era ainda pior – todos os municípios do Brasil tinham educação nas faixas "baixa" ou "muito baixa". Naquele ano, mesmo o Distrito Federal, considerado o melhor em educação, era visto como de "muito baixo desenvolvimento" pelo Pnud.

Fonte: G1.com

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