UEPG cria revista que ensina como fazer boa redação para o vestibular
Edição reúne cinco textos do Vestibular de Inverno 2013, no Paraná.
Especialistas em linguística apontam erros e acertos das redações.
Revista
reúne cinco redações escritas por candidatos que participaram do
Vestibular de Inverno 2013 da UEPG (Foto: Silvia Cordeiro/G1)
De acordo com a coordenadora pedagógica da Comissão Permanente de Seleção (CPS), Aline Emilio, a publicação apresenta um texto com nota acima da média, uma dissertação com conceito médio, uma redação que pontuou abaixo da média e outras duas que zeraram. “Queremos tirar os mitos que envolvem a redação, quais são os critérios de avaliação, os temas e o que pode zerar uma dissertação”, esclarece.
No vestibular da UEPG, a redação vale 670 pontos. Todos os candidatos precisam elaborar o texto com base em uma proposta estabelecida na prova. Segundo Aline, até 2012, os concursos indicavam dois temas à escolha do concorrente, mas a regra foi alterada. “Duas propostas diferentes confundiam os estudantes e eles misturavam os assuntos e tipos de composição, como narrativa e dissertativa. Tentamos simplificar”, explica a coordenadora.
Aline ressalta que os candidatos precisam estar preparados para a questão mais importante do vestibular. “Os estudantes sempre ficam inseguros quando pensam na redação. Mas eles precisam ter em mente que, muitas vezes, a decisão de uma vaga é feita pela pontuação obtida na redação”, declara. Segundo a coordenadora, de um a dois por cento das redações dos vestibulares da UEPG recebem nota zero.
Revista aponta erros e acertos
Os cinco textos foram selecionados por especialistas de linguística. Eles identificaram os motivos que fizeram cada redação receber a nota final apontando erros e acertos. No concurso de inverno foram apresentados três argumentos com o tema “herói”. Uma delas era uma charge do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, com os dizeres “o verdadeiro herói do martelo”. A segunda perguntava “quem merece ser chamado de herói?”. O último fragmento mostrava os possíveis heróis que fizeram diferença na vida de uma pessoa. A ideia principal da redação era desenvolver um texto, com bases nos apontamentos, para mostrar onde está o verdadeiro herói, na opinião do candidato.
Revista aponta erros e acertos das redações de candidatos (Foto: Silvia Cordeiro/G1)
A redação que atingiu a média não garantiu boa pontuação, pois deixou de colocar sua posição sobre a temática “herói”. Apesar do texto coerente, “o nível de informatividade não foi expressivo”, segundo as explicações dos especialistas.
Quanto ao texto abaixo da média, o candidato falhou na coerência da estrutura da redação, além de não estabelecer relação entre o título e o texto. O autor também se contradisse nas argumentações e utilizou-se do senso comum para elaborar a escrita.
Redações zeradas
Segundo a coordenadora pedagógica, um dos concorrentes que zerou a prova copiou fragmentos dos textos de apoio apresentados no teste e transcreveu para a redação. “Em nenhum momento este candidato elaborou uma opinião e por isso, zerou a redação”, explica.
O outro estudante errou ao escrever uma narração e não uma opinião dissertativa-argumentativa, como foi solicitada no enunciado da prova. “Ele se afastou da proposta e desenvolveu um relato, ou seja, narrou um fato sem se utilizar de argumentos”, esclarece a coordenadora. Além desses exemplos, outro motivo que pode zerar uma redação é a grafia do candidato. A letra inelegível pode prejudicar o entendimento do texto.
Para Aline, a dica principal para elaborar um bom texto é unir a leitura à pratica. “O candidato precisa ser um bom leitor e praticar a escrita. Quem não pratica, não sabe estruturar um texto. Quem não lê, não tem argumentos suficientes. A leitura e a escrita caminham juntas”, afirma. A coordenadora acredita que quem segue essa orientação, atende qualquer proposta.
Fonte : G1.com
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