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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Com adesão ao Sisu, inscrições para UFMG aumentam mais de três vezes

Com adesão ao Sisu, inscrições para UFMG aumentam mais de três vezes

Vice-reitora avalia sistema como avanço para sociedade e para educação.
Medicina teve maior nota de corte, mas deixou liderança de concorrência.

Raquel Freitas Do G1 MG
UFMG registou mais de 186 mil inscrições e mais de 146 mil candidatos inscritos para cerca de 3,5 mil vagas (Foto: Raquel Freitas/G1)UFMG registou mais de 186 mil inscrições e mais de 146 mil candidatos inscritos para cerca de 3,5 mil vagas (Foto: Raquel Freitas/G1)
 
No primeiro ano de adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o número de inscrições na disputa por uma das vagas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aumentou mais de três vezes em relação ao último vestibular. Para a vice-reitora da instituição, Rocksane Norton os “números não mentem”, e a nova forma de seleção pode ser considerada “um sucesso”.

“Eu acho que [o Sisu] é um avanço, eu tenho convicção de que isso é um avanço para a sociedade brasileira, um avanço para a educação brasileira. Os países desenvolvidos têm exames unificados para acesso às universidades. E isso tem reflexo tanto para o avançar das universidades quanto para o avançar do ensino público fundamental e médio”, avalia.

De acordo com dados divulgados pela universidade, para entrada no primeiro semestre 2014, em que são oferecidas mais de 3,5 mil vagas, houve 186.123 inscrições e 146.101 candidatos inscritos, já que cada aluno poderia concorrer em mais de um curso oferecido pela instituição. Já na seleção anterior, quando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) era válida somente para a primeira etapa do vestibular, foram 60.273 pessoas inscritas.

Para vice-reitora, Sisu é avanço para sociedade e para educação (Foto: Raquel Freitas/G1) 
Para vice-reitora, Sisu é avanço para sociedade e para educação (Foto: Raquel Freitas/G1)
Segundo o Ministétrio da Educação (MEC),  a instituição mineira foi a segunda com maior número de inscrições, atrás apenas da Universidade Federal do Ceará (UFC). Segundo Rocksane, além da boa avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação frente a outras universidades brasileiras, a localização da UFMG contou para que ela constasse na lista das mais procuradas.

A vice-reitora também afirma que o vestibular da UFMG sempre foi muito bem feito, porém apresentava restrição quanto à abrangência. “O universo de pessoas que ele [vestibular] atendia é muito restrito, comparado ao Sisu”, pontua. Segundo ela, com o sistema, pessoas de outros estados e mesmo de outras cidades mineiras que antes não se candidatavam à instituição por dificuldades de deslocamento, por exemplo, passaram a ter possibilidade de participar da seleção mais facilmente.

Os dados repassados pela UFMG ainda mostram que houve aumento de aproximadamente 10% de alunos vindos de outros estados, porém mais de 80% dos aprovados são procedentes de Minas Gerais. “O que na minha interpretação aconteceu é o seguinte. As pessoas que eram da região do Triângulo Mineiro, que antigamente só faziam vestibular lá, em Uberaba e em Uberlândia, porque elas não davam conta de ficar viajando para Belo Horizonte, porque é caro, porque é difícil, elas tiveram oportunidade de lá fazerem o vestibular de medicina daqui”, exemplifica Rocksane. Depois de Minas, São Paulo e Espírito Santo são os estados que mais originaram futuros alunos da instituição.

Mais números
A universidade avalia que as notas de corte para os 75 cursos oferecidos foram bastante altas. Medicina, que comumente aparece entre as opções mais difíceis da UFMG, registrou a maior pontuação mínima: 805,72. Em segundo lugar, ficou engenharia química, que registrou 786 pontos, e engenharia aeroespacial, com 779,08 pontos.

Curso de administração noturno, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, foi o mais concorrido (Foto: Raquel Freitas/G1) 
Curso de administração noturno, da Faculdade de Ciências Econômicas, foi o mais concorrido da UFMG (Foto: Raquel Freitas/G1)
 
Entretanto, nesta seleção, medicina, que era o curso mais concorrido da universidade desde 2006, não ficou nem entre os 15 mais procurados. Entre as cinco graduações mais concorridas, quatro são oferecidas no período da noite. O curso de administração noturno liderou este ranking, com o índice de 152,72 candidatos por vaga. Na sequência, estão psicologia manhã, administração noturno (Montes Claros), direito noturno e arquitetura noturno. Medicina, que teve relação de 76,75 candidatos por vaga, só aparece na 17ª colocação.
Outro dado destacado pela vice-reitora diz respeito à nota de corte dos candidatos cotistas, que, segundo ela, foram semelhantes às de entrada aberta. De acordo com Rocksane Norton, em sete cursos, “egressos de ensino público tiveram notas de corte superiores à ampla concorrência”. “Isso desmistifica aquela história que aluno que vem de escola pública é um aluno menos preparado que o aluno que vem de escola privada”, afirma.

Diversidade
A vice-reitora diz que ainda não é possível fazer uma análise detalhada do perfil dos aprovados, mas a adoção ao Sisu pressupõe o aumento da diversidade entre os alunos da instituição. Segundo ela, essa possibilidade de maior convívio com a diferença estimula a universidade. “Nós achamos que o caminho para as universidades brasileiras é ampliar horizontes”, avalia. Segundo ela, o recebimento de alunos de outras regiões do país e do mundo e o envio de alunos da UFMG a outras universidades são experiências que enriquecem o ensino e a aprendizagem.

Os estudantes de baixa renda que vierem de outros estados poderão ter acesso à assistência estudantil oferecida pela instituição. A Fundação Mendes Pimentel (Fump) conta com programas de auxílio a moradia, alimentação, transporte e aquisição de material. Além de bolsa para financiar habitação, há 740 vagas nas moradias universitárias, localizadas em Belo Horizonte e em Montes Claros.

Fonte: G1.com

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