USP tem 28,5% de novos alunos oriundos de escolas da rede pública
Número cresceu pouco em 2012 e 2013, segundo dados da instituição.
Fuvest 2013 acabou com 79 vagas não preenchidas, menor valor em 5 anos.
Dos mais de 10 mil calouros que passaram no vestibular da Fuvest e entraram na Universidade de São Paulo (USP)
neste ano, 28,5% estudaram em algum momento da vida em escola pública.
Essa porcentagem vem crescendo há quatro anos, segundo dados divulgados
nesta segunda-feira (22) pela Pró-Reitoria de Graduação, mas ainda não
superou os 30,2% registrados em 2009. No último ano, o crescimento foi
pequeno, de 28% para 28,5%.
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Telma Zorn, há uma série de fatores que influenciam os resultados do programa de inclusão oferecido pela instituição (Inclusp). O aumento do número de vagas oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal, é uma das questões citadas pela professora para afastar estudantes da rede pública da USP. "Às vezes o capital social da família não é suficiente para entender a diferença entre se formar na USP e se formar em universidades particulares", explicou ela em entrevista nesta segunda.
O número absoluto de estudantes de escola pública inscritos no vestibular da Fuvest tem crescido de maneira consistente nos últimos anos. Em 2013, 53.241 participantes do Inclusp fizeram a prova, e 43.636 compareceram à prova.
O Inclusp é voltado a estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública. Já o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de São Paulo (Pasusp) foi criado para atender aos estudantes que fizeram todo o ensino básico em escola pública. Segundo a pró-reitora, o número de participantes do Pasusp na Fuvest cresceu de 3.479 em 2010 para 22.531 em 2013. Desse grupo, 16.481 fizeram a prova da primeira fase do vestibular.
Bônus
A USP oferece bônus de até 8% sobre a nota do vestibular para os estudantes do Inclusp. Para quem participa do Pasusp, o bônus é de 10% aos estudantes do terceiro ano do ensino médio.
Os alunos do segundo ano que optem por fazer o vestibular como treineiros do Pasusp recebem um bônus de 5%, que fica guardado no sistema da Fuvest. Portanto, candidatos que fizerem a prova no segundo e no terceiro ano do ensino médio poderão acumular um bônus sobre a nota do vestibular de até 15%.
Entre 2010, quando este sistema foi criado, e 2013, o número de treineiros do Pasusp que se inscreveram e fizeram a prova da Fuvest aumentou de 313 para 4.723.
Processo de reescolha
A pró-reitora de Graduação afirmou que a criação do processo de reescolha na Fuvest contribuiu para a redução do número de vagas não-preenchidas no vestibular. O sistema permite que um candidato inscrito em uma carreira e não convocado nas três primeiras chamadas possa optar por outra carreira que ainda tenha vagas em aberto.
Em 2013, após as oito chamadas da Fuvest, apenas 79 das 10.093 vagas oferecidas no processo seletivo não foram ocupadas. A porcentagem (0,71%) é a menor em cinco anos, segundo os dados divulgados pela USP.
"A reescolha de fato conseguiu o preenchimento quase total de vagas", afirmou Telma Zorn. As vagas remanescentes serão remanejadas em processos de transferência interna e externa.
Embora não tenha divulgado o levantamento oficial, Telma afirmou que boa parte dessas vagas está na USP Leste, principalmente no curso de licenciatura em ciências da natureza. Segundo ela, a maioria dos cursos de formação de professores tem entre 40 e 60 vagas, mas, prevendo o aumento da demanda por professores no país, a USP decidiu abrir 120 vagas neste curso.
Há quatro anos, porém, a média de ocupação dessas vagas é de cerca de 40%. Telma explica que o curso tem professores "de excelente qualidade", mas não tem tanto foco em pesquisa quanto outros cursos, e "exige uma vocação muito grande" dos estudantes.
Ela disse ainda que os governos municipal e estadual já atualizaram seus editais de vagas para professores para incluir os candidatos formados em ciências da natureza.
Fonte: G1.com
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA QUE INGRESSAM NA USP |
|
---|---|
2008 |
26,5% |
2009 |
30,2% |
2010 |
25,8% |
2011 |
26,2% |
2012 |
28% |
2013 |
28,5% |
Fonte: Pró-Reitoria de Graduação/USP |
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Telma Zorn, há uma série de fatores que influenciam os resultados do programa de inclusão oferecido pela instituição (Inclusp). O aumento do número de vagas oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal, é uma das questões citadas pela professora para afastar estudantes da rede pública da USP. "Às vezes o capital social da família não é suficiente para entender a diferença entre se formar na USP e se formar em universidades particulares", explicou ela em entrevista nesta segunda.
O número absoluto de estudantes de escola pública inscritos no vestibular da Fuvest tem crescido de maneira consistente nos últimos anos. Em 2013, 53.241 participantes do Inclusp fizeram a prova, e 43.636 compareceram à prova.
O Inclusp é voltado a estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública. Já o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de São Paulo (Pasusp) foi criado para atender aos estudantes que fizeram todo o ensino básico em escola pública. Segundo a pró-reitora, o número de participantes do Pasusp na Fuvest cresceu de 3.479 em 2010 para 22.531 em 2013. Desse grupo, 16.481 fizeram a prova da primeira fase do vestibular.
A USP oferece bônus de até 8% sobre a nota do vestibular para os estudantes do Inclusp. Para quem participa do Pasusp, o bônus é de 10% aos estudantes do terceiro ano do ensino médio.
Os alunos do segundo ano que optem por fazer o vestibular como treineiros do Pasusp recebem um bônus de 5%, que fica guardado no sistema da Fuvest. Portanto, candidatos que fizerem a prova no segundo e no terceiro ano do ensino médio poderão acumular um bônus sobre a nota do vestibular de até 15%.
Entre 2010, quando este sistema foi criado, e 2013, o número de treineiros do Pasusp que se inscreveram e fizeram a prova da Fuvest aumentou de 313 para 4.723.
Processo de reescolha
A pró-reitora de Graduação afirmou que a criação do processo de reescolha na Fuvest contribuiu para a redução do número de vagas não-preenchidas no vestibular. O sistema permite que um candidato inscrito em uma carreira e não convocado nas três primeiras chamadas possa optar por outra carreira que ainda tenha vagas em aberto.
Em 2013, após as oito chamadas da Fuvest, apenas 79 das 10.093 vagas oferecidas no processo seletivo não foram ocupadas. A porcentagem (0,71%) é a menor em cinco anos, segundo os dados divulgados pela USP.
"A reescolha de fato conseguiu o preenchimento quase total de vagas", afirmou Telma Zorn. As vagas remanescentes serão remanejadas em processos de transferência interna e externa.
Embora não tenha divulgado o levantamento oficial, Telma afirmou que boa parte dessas vagas está na USP Leste, principalmente no curso de licenciatura em ciências da natureza. Segundo ela, a maioria dos cursos de formação de professores tem entre 40 e 60 vagas, mas, prevendo o aumento da demanda por professores no país, a USP decidiu abrir 120 vagas neste curso.
Há quatro anos, porém, a média de ocupação dessas vagas é de cerca de 40%. Telma explica que o curso tem professores "de excelente qualidade", mas não tem tanto foco em pesquisa quanto outros cursos, e "exige uma vocação muito grande" dos estudantes.
Ela disse ainda que os governos municipal e estadual já atualizaram seus editais de vagas para professores para incluir os candidatos formados em ciências da natureza.
Fonte: G1.com
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