Jovem troca balada por grupo de oração para se dar bem na Fuvest

Ramon Josef, de 18 anos, tenta vaga no curso de química em Ribeirão Preto.
'Participar dos encontros me tornou mais disciplinado', afirmou o candidato.

Claudia Assencio Do G1 Piracicaba e Região

 

Ramon Josef trocou baladas por grupo de oração para passar na Fuvest (Foto: Claudia Assencio/G1)

 

O adolescente Ramon Josef, de 18 anos, leva estampado na camiseta o que ele considera o seu diferencial para passar na segunda fase vestibular da Fuvest. A frase "transformados pelo Espírito Santo" é o símbolo do grupo de oração de jovens que ele participa há dois anos e onde buscou apoio para largar as baladas e priorizar o sonho de cursar química no campus de Ribeirão Preto (SP) da Universidade de São Paulo (USP). O estudante prestou a prova nesta segunda-feira (5) na Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da USP em Piracicaba (SP).

Josef chegou a Esalq com duas horas antes do início da prova e levava lanche e água para a hora da fome. “Participo de um grupo de oração formado por cerca de 100 jovens na cidade de São Pedrox (SP)  há dois anos. Lá, aprendi a ser mais disciplinado, comecei a sair menos e a priorizar o que mais importava, o curso superior. Além de tudo, pude incentivar outras pessoas com meu exemplo”, contou o estudante.

O jovem, de Santa Maria da Serra (SP) já fez outros vestibulares, mas apenas como treineiro. “Esta é a primeira vez que presto para valer mesmo”, disse. Quanto à escolha do curso, ele não demonstrou nenhuma dúvida. “Quero estudar química porque ela está presente em tudo na vida, sempre fui apaixonado por essa área”, contou.
Nesta segunda-feira (5), os candidatos responderam 16 questões sobre as disciplinas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês, além de  questões interdisciplinares.

Além de deixar de sair com amigos, evitar baladas e se apoiar na fé, o aluno abandonou até o estágio para passar no vestibular. “Até deixei meu trabalho na área de recursos humanos para estudar mais. As questões interdisciplinares exigem conhecimento mais elaborado, por isso, procurei fazer muitos exercícios e treinar a partir de modelos de vestibulares anteriores", explicou.

 

Isabelle Inácio resolveu fazer o próprio cronograma de estudos (Foto: Claudia Assencio/G1)

 

Estratégia própria
A escolha de Isabelle Inácio, de 20 anos,  é de Rio Claro (SP) e também usou de uma estratégia própria para se preparar. A jovem disse que resolveu estudar em casa ao invés de fazer aulas em cursinhos. "Optei por estudar sozinha. No ano passado, fiz cursinho e nem cheguei até a segunda fase da Fuvest", afirmou a estudante, que tanta uma vaga para o curso de veterinária da USP, em Pirassununga (SP).
Neste ano, Isabelle apostou na própria experiência para montar um cronograma de estudo. "Nas disciplinas em que eu sentia mais dificuldade, fui buscar apoio em aulas avulsas, como matemática e física. Nas demais, procurei refazer provas anteriores, e então diagnosticava o que necessitava aprender. Estudava cerca de oito horas por dia", contou.

Segunda fase
A terceira e última prova, nesta terça-feira (6), é formada por 12 questões de duas ou três disciplinas, de acordo com a carreira escolhida. Se forem duas, serão seis perguntas em cada uma delas. Já se a profissão do candidato exigir três matérias, serão quatro questões de cada.
Algumas carreiras têm provas de habilidades específicas, que valem 100 pontos. Elas serão realizadas a partir do dia 7 de janeiro. A Esalq fica na Avenida Pádua Dias, número 11. Já em Limeira, o vestibular será realizado na Unip, que fica localizada na Rua Miguel Guidotti, 405, Parque Egisto Ragazzo.

Alunos aguardam dentro da sala o início do segundo dia de provas da Fuvest (Foto: Claudia Assencio/G1)

 

Fonte: G1.com