Aviões americanos retomaram bombardeios contra tropas leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi neste domingo, 20. Ao menos 18 caças, incluindo três aviões ‘invisíveis’ B-2, conduziram a operação. Caças F-15 e F-16 e um jato AV8-B Harrier, além de jatos britânicos também participaram dos ataques.
Militar italiano prepara caça F-16 em base na Sicília.
Aviões americanos retomaram bombardeios contra tropas leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi neste domingo, 20. Ao menos 18 caças, incluindo três aviões 'invisíveis' B-2, conduziram a operação. Caças F-15 e F-16 e um jato AV8-B Harrier, além de jatos britânicos também participaram dos ataques.
Durante a noite, os B-2 lançaram 40 bombas convencionais em alvos em território líbio, enquanto navios de guerra americanos e britânicos dispararam pelo menos 110 mísseis teleguiados contra a defesa aérea líbia. Pelo menos 20 posições de defesa aérea foram alvejadas na capital, Trípoli, e na cidade de Misrata, no oeste. Ainda de acordo os militares americanos, as linhas de suprimento de Kadafi devem ser cortadas na segunda-feira.
O comando militar francês, por sua vez, informou que o porta-aviões Charles de Gaulle está a caminho da Líbia. Duas fragatas francesas já operam no Mediterrâneo. Os caças da Força Aérea Francesa patrulham os céus da Líbia, mas não fizeram disparos hoje, disse o Ministério da Defesa. O Reino Unido declarou que os seus aviões atacaram defesas antiaéreas na região da capital Trípoli.
A Itália colocou a disposições oito jatos que podem ser utilizados à qualquer momento. São quatro caças e quatro aviões Tornado que podem neutralizar radares líbios. De acordo com o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, o centro de comando da operação seta sendo montado em Nápoles.
A Bélgica cedeu seis caças F-16 que estarão operacionais na segunda-feira. De acordo com o comandante das Forças Armadas Americanas, almirante Mike Mullen, aviões de guerra do Catar estão a caminho da Líbia.
Uma aliança formada por EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar no país, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.
“Líbia precisa de alguém para a fazer chorar, não para a fazer rir”
A frase de Muamar Kadafi que dá título, reproduzida num texto do L’Express e republicada no Estadão em 14 de novembro de 1971, era uma amostra do estilo do jovem ditador que há dois anos tomara o poder na Líbia.
Escrito por Roger, X. Lanteri, o texto fazia um perfil de Kadafi, cujo nome naquela época era grafado nas páginas do jornal como “Moumar Khadafi”:
“… Com êle, não há compromissos – declara-nos um diplomata. Êle vai em frente, avança ou cai”. Célebre e desconhecido, este personagem que sonha com um “risorgimento” árabe é um puro berbere, um Garamante. Os cavaleiros de Aníbal que, outrora, invadiram a Europa eram Garamentes. Em vez de aceitar o julgo romano – e em seguida a tutel árabe -. êles preferiram refugiar-se no deserto. Durante vinte séculos, foram eles que guiaram as caravanas desde o Nilo até o Niger. Franco, sincero, o sr. Khadafi tem por regra a ignorância das regras. Quando o embaixador da Checoslováquia lhe apresentou suas credenciais, o Alceste líbio, em vez dos cumprimentos rituais, observou-lhe: “Como lamento que sejais cidadão de um país escravizado!” …”
Veja essa e outras páginas publicadas no Estadão sobre a Líbia e Kadafi clicando nas imagens:
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