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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Reitor da Unicamp se opõe a reajuste zero, mas evita falar em percentuais

Reitor da Unicamp se opõe a reajuste zero, mas evita falar em percentuais

Ao G1, Tadeu Jorge comentou pela 1ª vez a paralisação na universidade.
Docentes e funcionários estão em greve após congelamento de salários.

Virgginia Laborão Do G1 Campinas e Região
O reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas) 
José Tadeu Jorge se disse favorável à reabrir negociações salariais (Foto: Fernando Pacífico/G1)
 
Pela primeira vez desde o início da greve de trabalhadores e docentes, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou nesta segunda-feira (9) contra o reajuste zero para as categorias das universidades estaduais. Apesar da postura, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que ele deve levar para a nova rodada de negociações no Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).
"Os três [reitores das universidades estaduais] devem decidir em conjunto. Não adianta só a Unicamp poder dar certo reajuste, não tem jeito de só eu conceder um valor", disse. O reitor afirmou que nas últimas duas reuniões do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) se manteve contrário ao congelamento dos salários. "Já tinha feito esse pedido [pelo reajuste salarial] em outras ocasiões, e farei pela terceira vez", afirmou.
O Cruesp havia decidido pelo reajuste zero usando como justificativa o alto nível de comprometimento de orçamento com folha de pagamentos, que seria de 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp. Na sexta-feira (6), o Cruesp publicou um ofício com a decisão de agendar uma reunião com o Fórum das Seis "desde que não haja obstruções e invasões (ocupações) em qualquer dependência das três Universidades". No entanto, não há menção à data possível para a reunião no documento.
Os representantes do Sindicato dos Trabalhores se reuniram na manhã desta segunda com Tadeu Jorge. Questionada pelo G1 sobre o reajuste salarial, a assessoria de imprensa do sindicato afirmou que não discutiu percentuais, apenas o pedido de reabertura das negociações no Cruesp.

Pautas específicas
O reitor disse que está aberto para discutir a pauta específica de reivindicações de trabalhadores e docentes. "No momento em que eles quiserem conversar, eu estou totalmente à disposição. Até agora, não quiseram discurtir sobre essas questões", afirma Tadeu Jorge. Segundo o STU, nenhuma reunião sobre as pautas específicas foi sugerida, já que a reivindicação prioritária dos trabalhadores é o reajuste salarial. No fim da tarde desta segunda, o G1 tentou contato com representantes da Adunicamp, entidade que representa os docentes, mas não obteve retorno.
O reitor afirmou ainda que o calendário do semestre na universidade não sofreu alterações com as greves. "A enorme maioria da universidade tem aulas normalmente. As exceções serão estudadas espeficamente", explica ele. Além disso, informou que, após o término das greves, comissões específicas dos institutos deverão decidir como será realizada a reposição de aulas, provas e trabalhos.
Faixas na entrada do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avisam sobre greve (Foto: Reprodução EPTV) 
Faixas na entrada HC avisam sobre greve dos trabalhadores (Foto: Reprodução EPTV)
Greves na Unicamp

A adesão de professores à greve chega a 65%, segundo a Adunicamp, entidade que representa a categoria. Os docentes permanecem em greve desde o dia 27 de maio. Já os funcionários permanecem parados desde 23 de maio e a adesão é de 75%, segundo o Sindicato dos Trabalhadores (STU).
Os quatro restaurantes universitários chegaram a ficar fechados na terça-feira (3). A greve de funcionários também provocou atrasos no agendamento de consultas e exames pelo HC, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).
A Unicamp informou que na área de saúde não houve reflexos na realização de consultas, exames ou cirurgias, embora tenha sido registrado um atraso de aproximadamente 30 minutos no agendamento de consultas e exames. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a paralisação de professores e funcionários atinge 15% da instituição - não há balanço específico sobre adesão dos docentes.

Fonte:G1.com

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