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domingo, 1 de junho de 2014

Dilma defende cotas no Enem e diz que medida é para superar racismo

Dilma defende cotas no Enem e diz que medida é para superar racismo

Presidente participou de bate-papo com internautas no Facebook.
Ela afirmou que investe na segurança do exame para garantir 'isonomia'.

Juliana Braga Do G1, em Brasília
Dilma manda "beijinho" para internautas durante chat no Facebook (Foto: Palácio do Planalto)Dilma manda "beijinho" para internautas durante chat no Facebook (Foto: Palácio do Planalto)
 
Em bate-papo com internautas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira (15) o uso de cotas raciais no sistema de avaliação educacional que garante vagas a universidades. Ao responder questionamento de um usuário da rede social Facebook sobre se as cotas não poderiam ser consideradas "racismo", ela disse que as ações afirmativas são necessárias para o país superar mais de "300 anos de escravidão"
"As cotas raciais integram as ações afirmativas necessárias para que superemos as consequências de 300 anos de escravidão e do racismo dela decorrente. #DilmaResponde", escreveu a presidente na página oficial do Palácio do Planalto no Facebook.
As cotas raciais integram as ações afirmativas necessárias para que superemos as consequências de 300 anos de escravidão e do racismo dela decorrente"
Dilma Rousseff, presidente da República
A lei de cotas sociais e raciais na rede federal de ensino superior entrou em vigor em agosto de 2012. A nova legislação prevê que, até 2016, todas as universidades e institutos federais reservem 50% de todas as suas vagas por critério de cor, rede de ensino e renda familiar.
O aumento das cotas deverá ser gradual até o prazo final: em 2013, no mínimo 12,5% das vagas já deveria ter seguido as regras da lei federal. Para 2014, a meta mínima é de 25%.
Muitas universidades, no entanto, já estão adotando 50% de vagas para cotista, antecipando-se em relação a 2016. Estas regras vale para alunos de escolas públicas.

Face to Face
Essa é a terceira vez que a presidente utilizou a rede social, em uma estratégia batizada de Face to Face, para iteragir com internautas. Na primeira oportunidade em que promoveu um chat, Dilma respondeu perguntas sobre o Marco Civil da Internet, que, na ocasião, recém tinha sido aprovado pelo Congresso Nacional. No segundo bate-papo virtual, as perguntas foram sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Nem todas as perguntas dos internautas publicadas na página do Planalto foram respondidas. Entre as questões elaboradas pelos usuários da rede social estavam dúvidas sobre acessibilidade à prova, segurança do Enem , correções dos testes e até mesmo sobre o programa Ciência Sem Fronteiras.
Em meio à sabatina, um internauta pediu que Dilma enviasse um beijo para ele. No meio do chat, a presidente publicou uma foto mandando "beijinho" para o internauta.
Segurança do Enem
Nesta quinta, além de falar sobre as cotas no Enem, a chefe do Executivo também comentou sobre as medidas de segurança adotadas pelo governo para evitar fraudes no exame. De acordo com a petista, a cada ano, o esquema de segurança é melhorado para garantir "isonomia" aos participantes.
"A cada ano, nós melhoramos o esquema de segurança relativo às provas do Enem. Sabe por que para nós a segurança é importante? É porque, com ela, garantimos a isonomia do exame: todas as pessoas que participam têm igualdade de oportunidade", sustentou.
Ainda sobre o sistema de segurança do Enem, Dilma destacou que o governo federal firmou "amplo acordo" com as secretarias de segurança estaduais para assegurar a lisura da prova. Ela ressaltou também que as áreas de inteligência da Polícia Federal e das Forças Armadas dão suporte à segurança do exame e que a Polícia Rodoviária Federal e as as polícias rodoviárias estaduais prestam apoio no transporte das provas.

Correções
Durante a sessão de perguntas, Dilma afirmou que os corretores recrutados para corrigir as provas do Enem recebem um número limitado de testes por dia. "Temos tido o cuidado de garantir aos corretores as melhores condições para que eles façam seu trabalho de forma adequada", disse a presidente.
Alguns internautas ironizaram as falhas que marcaram o Enem nos últimos anos. Um deles, por exemplo, perguntou se poderia escrever uma receita de bolo na redação do Enem, referindo-se aos estudantes que preencheram a prova dissertativa com receitas e não foram eliminados. "É um bolo gostoso, eu prometo", escreveu um usuário do Facebook.

Fonte:G1.com

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