Funcionários e alunos da Unicamp fazem ato contra reajuste salarial zero
Cerca de 600 pessoas se concentraram na Praça das Bandeiras.
Funcionários e docentes querem aumento de 10% nos vencimentos.
Ato de funcionários e alunos em campus da Unicamp, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1)
Um caminhão de som foi usado durante a manifestação, que contou com a batucada de alunos de institutos de graduação. A porta da reitoria permaneceu fechada e funcionários do setor de vigilância fizeram a segurança. Não houve registro de incidentes até a publicação desta reportagem.
Segundo o coordenador do STU João Raimundo Mendonça Souza, a categoria quer 10% de reajuste e carga de trabalho com máximo de 30 horas para quem atua no setor da saúde. A categoria entregou uma pauta à universidade em que também reivindica mais vagas em creches, redução no valor descontado do salário por conta do uso de ônibus fretado, além de melhorias no serviço, e também vale-alimentação para os aposentados.
Sem acordo
Os reitores das três universidades estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp – propuseram, nesta quarta-feira (21), discutir o reajuste salarial de professores e funcionários somente entre setembro e outubro. O assunto foi discutido na reunião entre o Conselho de Reitores (Cruesp) e o Fórum das Seis, entidade que reúne os sindicatos das duas categorias nas três universidades.
Como não houve acerto, informou o STU, uma assembleia foi agendada para esta quinta-feira (22) na Praça da Paz, onde será definido o indicativo de greve dos funcionários. “A mobilização não é somente da Unesp, USP e Unicamp. Ela é da educação brasileira”, ressalta o estudante de midialogia Mateus Guzzo, de 22 anos, que integra o Centro Acadêmico do Instituto de Artes.
O Cruesp decidiu congelar os aumentos salariais em virtude do alto nível de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento: 104,22% na USP, 96,52% na Unicamp e 94,47% na Unesp. A decisão provocou indignação entre as entidades de classe.
Reflexos
Em nota, a assessoria de imprensa da Unicamp informou que as atividades na universidade funcionam normalmente na maior parte das 22 unidades de ensino e pesquisa. Ainda segundo a instituição, os atendimento da saúde seguem dentro da normalidade e que representantes da reitoria participam de uma reunião entre o Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e o Fórum das Seis, que integra sindicatos da categoria. A Unicamp tem 9.947 funcionários, sendo 2.042 docentes, 87 pesquisadores e 7.818 técnicos administrativos.
Protesto contra reajuste zero reuniu 600 funcionários e alunos na Unicamp (Foto: Fernando Pacífico / G1)
Fonte: G1.com
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