Maus hábitos tornam sociedade individualista, alerta psicóloga
Bons costumes e atitudes gentis estão cada vez mais difíceis de encontrar.
Especialista afirma que educação tem que começar em casa, pelos pais.
Pessoas deixam bandejas com restos de comida em cima das mesas. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
classes
sociais, não é 'privilégio' das classes mais favorecidas", reforça a psicóloga.
A reportagem do G1 foi a lugares públicos para
conferir como se comporta a sociedade hoje em dia. Foram cerca de 60
minutos na praça de alimentação de um dos principais shoppings de Maceió.
Era início da noite, o local estava lotado. Nesse período, poucas
pessoas retiraram suas bandejas após o lanche e as levaram até a
lixeira.A regra simplesmente virou excessão. E as pessoas agem sem nenhum constrangimento aparente. Elas compram o lanche, carregam a bandeja até a mesa, sentam-se, comem e depois se levantam. Quem vem atrás, fica sem lugar para se sentar, com a bandeja na mão. Mas isso não é suficiente para fazê-las repensar as atitudes. Após demorada busca por uma mesa desocupada - e limpa -, as pessoas lancham vão embora, deixando a bandeja para trás.
Jogar lixo na lixeira deveria ser regra, mas virou excessão. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
A arquiteta Carla Cansanção, 23, diz que talvez seja um costume das pessoas. "É muito feio, mas já virou hábito. Acho que as pessoas pensam: tem quem limpe e por isso não o fazem", diz.
O universitário Kadu Fonseca, 27, tem a mesma opinião. Ele acredita que o fato de ter funcionários limpando as mesas faz com que as pessoas pensem que não é obrigação delas retirar o prato sujo do lugar.
Na sala de cinema, a situação é ainda pior. A reportagem do G1 acompanhou o fim de uma sessão infantil e quando todos saem, a imagem é impressionante. Além das pipocas no chão que caem por acidente, tem sacos inteiros jogados no chão e muitos copos de refrigerantes no porta-copos das poltronas. Quer dizer, ninguém joga o lixo na lixeira.
Nas salas de cinema, poucas pessoas recolhem os copos de refrigerente e os sacos de pipoca.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
O problemas, infelizmente, não se limitam a ambientes fechados. No estacionamento de uma rede de supermercados não é difícil encontrar carrinhos de compras espalhados por vagas ou até mesmo nas vias por onde os automóveis devriam passar. Incomum é encontrar alguém que, ao descarregar as compras no porta-malas, devolva o carrinho ao lugar onde o pegou.
No estacionamento de supermercados as pessoas deixam os carrinhos espalhados pelo estacionamento. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
"A gente ensina, educa, muitas vezes conseguimos fazer com que o aluno mude o comportamento do pai, mas em algumas situações a referência dentro de casa é mais forte. A criança incorpora o estímulo incorreto e depois é bem mais difícil tirar", diz.
Fonte: G1.com
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