40% dos alunos do ensino superior privado usam ProUni ou Fies
Programas oferecem bolsas de estudo e financiamento para estudantes de baixa renda que queiram cursar uma faculdade. A afirmação é do ministro da Educação, Henrique Paim
Henrique Paim, ministro da Educação: 40% dos estudantes matriculados no ensino superior privado usam ProUni e Fies
(Abr/VEJA)
O ProUni oferece bolsa integral em instituições privadas de ensino superior para estudantes com renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa. Há ainda bolsas parciais para quem tem renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. No início deste ano, foram 1.259.285 candidatos inscritos para 191.625 bolsas de estudo. Já o Fies concede financiamento a alunos com renda familiar bruta de até 20 salários mínimos para estudar em instituições privadas. Os valores do curso podem começar a ser pagos 18 meses após a formatura. A participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é pré-requisito obrigatório nos dois programas.
Paim também defendeu os mecanismos de avaliação do ensino superior, como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que ajuda a compor o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e serve para medir qualidade dos cursos de graduação. "Precisamos não só expandir o ensino superior, mas expandir com qualidade, fazendo com que os estudantes possam seguir suas carreiras profissionais. Não existe sistema de avaliação perfeito, mas ao longo dos anos temos que ir reduzindo as imperfeições para ter um sistema robusto e traçar os rumos da educação superior, definir quais os parâmetros que temos de qualidade", disse.
O representante do grupo Kroton Educacional, Rodrigo Galindo, destacou a importância do ProUni e do Fies para a formação de profissionais no país. "Esses programas são bons para os brasileiros, que têm oportunidade de acesso ao ensino superior. É bom para as instituições, mas é bom também para o país", avaliou. O Kroton tem cerca de 1,1 milhão de alunos e se tornou o maior grupo de educação privada do mundo após se unir à Anhanguera Educacional. Após a fusão, oficializada em maio, o valor estimado da empresa chegou a 22 bilhões de reais. Além da Anhanguera, o grupo tem outras universidades, como Unopar e Unime.
Galindo também expôs a preocupação do setor com o marco regulatório da educação a distância e com o marco regulatório dos cursos de pós-graduação lato sensu em nível de especialização, que estão em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). "Alguns itens do marco da educação a distância proposto levam ao risco de destruir o trabalho de 20 anos nessa área", disse Galindo. Segundo o ministro Paim, "ainda há muita discussão pela frente" sobre os marcos regulatórios, mas afirmou que os documentos serão "construídos com tranquilidade e responsabilidade."
(Com Agência Brasil)
Fonte: Veja
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