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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Avaliação do MEC classifica 27 cursos de medicina com nível 'insuficiente'

Avaliação do MEC classifica 27 cursos de medicina com nível 'insuficiente'

Cinco cursos de universidades federais tiveram conceito com abaixo de 3.
Ministério divulgou também os conceitos de cursos de outras 12 carreiras.

Do G1, em São Paulo
Um total de 27 cursos de graduação em medicina obtiveram conceito "insuficiente" em avaliação realizada pelo Ministério da Educação. Estes cursos ficaram com nível 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) em uma escala de 1 a 5. No total, foram avaliados 154 cursos de medicina. O cálculo do CPC inclui a nota do curso de cada instituição no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) aplicado no ano passado.
O MEC divulgou nesta quinta-feira (18) no "Diário Oficial da União" os resultados dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) e ainda os conceitos do Índice Geral de Cursos (IGC), referentes ao ciclo de avaliação de 2013 aplicados a universidades, faculdades e centros universitários.
Entre os "reprovados" estão cinco cursos de universidades federais: Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Outros três cursos apareceram "sem conceito" por serem recentes, entre eles o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

- UFRGS diz que boicote fez medicina ser 'reprovada' em avaliação
- UFPel diz que resultado reflete processo de adaptação a uma nova infraestrutura
- UFSJ diz que conceito do MEC não representa a realidade do curso
- UFPA diz que conceito baixo de medicina foi erro de inscrição no Enade
- UFCG diz que curso é recente e ainda não conta com hospital universitário

Também obtiveram conceito insuficiente dois cursos de medicina de universidades estaduais e 20 de faculdades e centros universitários particulares.
Nenhum curso dos 154 cursos avaliados ganhou o conceito máximo (nível 5).
Além de medicina, foram avaliados cursos de graducação em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, gisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia, e ainda curso tecnológicos em agronegócio, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia.

Entenda o CPC e o IGC
O CPC  avalia os cursos superiores. Ele é obtido no ano seguinte ao da realização do Enade de cada área, com base na avaliação de desempenho de estudantes, corpo docente, infraestrutura, recursos didático-pedagógicos e demais itens. O índice varia entre 1 e 5. O MEC considera insuficiente qualquer conceito com notas 1 e 2.
A composição da nota tem três pesos: 55% corresponde ao desempenho dos estudantes concluintes do curso no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 30% equivale à titulação dos professores e ao seu regime laboral, e 15% da nota é composta dos índices de infra-estrutura e organização didático-pedagógica da instituição.
Cursos com conceitos 1 ou 2 estão sujeitos a medidas administrativas, entre elas a suspensão da abertura de novas vagas por meio de processos seletivos. Ou seja, a universidade pode fazer vestibular em geral, mas não pode ofertar vagas no processo seletivo em cursos que foram suspensos.
O IGC é um indicador de qualidade que avalia as instituições de educação superior. Ele é calculado anualmente. A nota inclui a média ponderada dos Conceitos Preliminares de Curso e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por avaliar os programas de pós-graduação das instituições. O índice também varia entre 1 e 5. O MEC considera insuficiente qualquer conceito abaixo de 3.

Fonte: G1.com
 

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