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sábado, 30 de agosto de 2014

Enem 2014 #3: Dicas em 1 minuto para organizar o seu plano de estudos

Enem 2014 #3: Dicas em 1 minuto para organizar o seu plano de estudos

G1 traz série de vídeos com dicas de um minuto para o Enem.
Professor sugere dedicar cinco horas por dia para estudar para as provas.

Do G1, em São Paulo
   
 
Quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 8 e 9 de novembro precisa fazer um bom plano de estudos para organizar a rotina nas semanas que antecedem a prova. No vídeo acima, o professor Toni Manzi, do cursinho Henfil, de São Paulo, dá uma dica em um minuto de como dividir o tempo para estudar para o Enem.
Manzi recomenda que o estudante dedique cinco horas por dia para os estudos. "A dica é focar nos assuntos medianos. Aqueles assuntos que você não vai bem, corta, porque não vai recuperar em pouco tempo", diz o professor.
"Dedique uma hora por dia para rever os assuntos mais fáceis e as outras quatro horas para as questões de domínio mediano. Não esqueça de fazer alguns intervalos para pode prender a atenção nos estudos e detonar na prova do Enem." Confira no vídeo acima.

Obs.: Para assistir ao vídeo acima basta clicar no link a seguir: http://g1.globo.com/educacao/enem/2014/noticia/2014/08/enem-2014-3-dicas-em-1-minuto-para-organizar-o-seu-plano-de-estudos.html 

Fonte: G1.com 

UFRGS lança edital do vestibular 2015 com 30% das vagas para Sisu

UFRGS lança edital do vestibular 2015 com 30% das vagas para Sisu

Provas da Universidade Federal do RS serão realizadas em janeiro.
Ao todo, são 1.637 reservadas e 2.359 de acesso universal.

Do G1 RS
UFRGS fachada (Foto: Ramon Moser/Divulgação) 
UFRGS lança edital do vestibular 2015 (Foto: Ramon Moser/Divulgação)
 
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) lançou o edital do vestibular 2015 para 90 cursos de graduação nesta sexta-feira (29). A oferta de 3.996 vagas no concurso corresponde a 70% do total, enquanto os 30% de vagas restantes são para o Sistema Unificado de Seleção Universtiária (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em relação ao ano anterior, a novidade é a oferta de 126 vagas no curso de bacharelado interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, com aulas no ampus Litoral Norte.
O programa de ações afirmativas da UFRGS reserva no mínimo 40% das vagas em todos os cursos para estudantes oriundos de escolas públicas, de acordo com autodeclaração étnico-racial e faixa de renda. Ao todo, são 1.637 reservadas e 2.359 de acesso universal.
Conforme a universidade, as inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela internet no site oficial, da 0h do dia 15 de setembro até as 23h59 do dia 13 de outubro. O valor da inscrição é de R$ 110. No momento da inscrição, o candidato pode optar por utilizar ou não a nota da prova objetiva do Enem 2014. O manual do candidato estará disponível para download a partir do dia 15 de setembro, no site do Vestibular.
As provas serão realizadas dias 4, 5, 6 e 7 de janeiro nas cidades de Porto Alegre, Bento Gonçalves, na Serra, e Imbé/Tramandaí, no Litoral Norte. São aplicadas questões das seguintes áreas do conhecimento: física, literatura de língua portuguesa e língua estrangeira moderna; língua portuguesa e redação; biologia, química e geografia; e história e matemática.

Entenda as cotas da UFRGS
O percentual de 40% de vagas reservadas às ações afirmativas são para alunos do ensino médio do sistema público com: renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita (420 vagas); estudantes com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita, com registro de autodeclaração étnico-racial (preto, pardo ou indígena) (450 vagas); candidatos com renda familiar bruta superior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita (379 vagas); alunos autodeclarados e com renda familiar bruta superior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita (388 vagas).

Fonte: G1.com

Enem 2014 #1: Dicas em 1 minuto para fazer uma redação nota mil

Enem 2014 #1: Dicas em 1 minuto para fazer uma redação nota mil

G1 estreia série de vídeos de um minuto sobre temas que caem na prova.
Especialistas dão dicas que podem fazer a diferença ao candidato.

Do G1, em São Paulo
 

O Exame Nacional do Ensino Médio está chegando. As provas serão dias 8 e 9 de novembro e o tempo fica cada vez mais curto para quem está estudando para o exame de olho em uma vaga nas universidades, ou obter o certificado de conclusão do ensino médio.
Para dar uma força aos milhões de estudantes inscritos, o G1 reuniu um time de especialistas no assunto para dar em vídeo aquelas dicas pontuais que podem fazer a diferença na prova.
A série de vídeos de um minuto de duração cada um traz dicas de professores de cursinhos preparatórios, estudantes que já entraram na faculdade pelo Enem, e especialistas em saúde e em como organizar seus estudos. Os vídeos serão publicados toda semana até o Enem.
Nesta segunda-feira (29), a dica é sobre a prova de redação. Michele Marcelino, formada em letras e corretora de redação do Anglo, tirou nota 1.000 no Enem do ano passado e dá dicas importantes para a construção do texto de acordo com as cinco competências exigidas no exame. É preciso elaborar um projeto de texto, mostrar que tem um senso crítico e repertório na hora de selecionar os argumentos. Para isso, ela recomenda a leitura de jornais, revistas e acompanhar o que se debate nas redes sociais. Também é preciso respeitar os direitos humanos, como indica o edital do Enem (diz o artigo 14.9.4: Redação que apresente impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, bem como que desrespeite os direitos humanos, será considerada 'anulada') Confira no vídeo acima.
( Obs.: Para assistir o vídeo acima basta clicar no link a seguir: http://g1.globo.com/educacao/enem/2014/noticia/2014/08/enem-2014-1-dicas-para-fazer-uma-redacao-nota-mil.html ).

Fonte: G1.com

Nova universidade nos EUA inaugura biblioteca sem livros em papel

Nova universidade nos EUA inaugura biblioteca sem livros em papel

Universidade Politécnica da Flórida teve sua primeira aula nesta segunda.
A nova biblioteca tem 135 mil livros, todos em formato digital.

Do G1, em São Paulo
Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)
 
A Universidade Politécnica da Flórida, nos Estados Unidos, foi inaugurada na semana passada na cidade de Lakeland prometendo abordagens inovadoras no ensino e na pesquisa em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Uma dessas inovações é a biblioteca, que foi aberta neste mês com um acervo de 135 mil livros, mas nenhum deles impressos no papel. Todos estão em formato digital. A primeira aula da história da universidade aconteceu nesta segunda-feira (25).
"É uma decisão corajosa avançar sem livros", disse à agência de notícias Reuters Kathryn Miller, a diretoria de bibliotecas da nova instituição. A ideia por trás dessa decisão é refletir a priorização pela alta tecnologia que permeia toda a missão da "Florida Poly", como a universidade é chamada nos Estados Unidos.
Os 135 mil e-books podem ser acessados pelos estudantes pelo tablet ou notebook pessoais. O local, assim como o resto do campus, é equipado com internet sem fio. Além dos títulos já disponíveis, a instituição tem um orçamento de US$ 60 mil (cerca de R$ 140 mil) para comprar livros digitais por meio de softwares, para que os alunos possam lê-los uma vez gratuitamente. Com o segundo clique, a universidade compra o e-book. "Em vez de o bibliotecário colocar livros que eu acharia relevantes na estante, os estudantes é que estão escolhendo", disse Kathryn.

Nova função para bibliotecários
Já que não têm mais a função de carregar e guardar os livros físicos, os bibliotecários contratados pela universidade têm como principal tarefa orientar os leitores a aprender a gerenciar os materiais digitais.
A nova biblioteca, porém, não é 100% sem papel, segundo a Reuters. Alunos podem levar livros para estudar no local e emprestar livros em papel das outras 11 universidades estaduais da Flórida.
A Politécnica é a 12ª universidade mantida pelo governo do estado da Flórida e o prédio principal do campus foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
A construção levou 28 meses e, além da biblioteca digital, há um supercomputador e laboratórios de pesquisa para estudantes e professores.

Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)
 
Fonte: G1.com

Governo aprova abertura de crédito extra de R$ 5,4 bilhões para o Fies

Governo aprova abertura de crédito extra de R$ 5,4 bilhões para o Fies

Este ano, MEC ampliou financiamento para pós e cursos técnicos.
Medida provisória foi publicada no 'Diário Oficial da União'.

Do G1, em São Paulo

O governo federal publicou nesta terça-feira (26), no "Diário Oficial da União", uma medida provisória que aprova a abertura de um crédito extraordinário no valor de R$ 5,4 bilhões para Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (Fies)
Veja ao lado como funciona o Fies
Esta é a terceira vez no ano que o governo consegue por meio de uma medida provisória a abertura de crédito extraordinário para o Fies. Em fevereiro, uma lei aprovou a abertura de crédito de US$ 2,5 bilhões para o Fies. Em abril, foram mais 4,9 bilhões. Já em 2013, o governo já havia conseguido R$ 1,68 bilhão em março e R$ 2,9 bilhões em junho para o Fies.
O dinheiro será usado para garantir o acesso de estudantes a universidades particulares por meio de novos financiamentos, adiantamentos de empréstimos já contratados e de contratos anteriores que não foram pagos.
Criado em 1999, o Fies financia até 100% do valor da mensalidade do curso do ensino superior e o estudante começa a pagar as prestações do financiamento a partir do 19° mês após a conclusão do curso.

Site do Fies (Foto: Reprodução) 
Site do Fies (Foto: Reprodução)
 
Em julho, o governo ampliou o Fies para alunos de mestrado, doutorado e cursos técnicos. Para aderir ao Fies, a instituição precisa ter cursos bem avaliados pelo Ministério da Educação. Segundo o MEC, a nova modalidade do Fies terá 31,6 mil potenciais beneficiários, matriculados em mais de 600 programas de pós-graduação stricto sensu ofertados por cerca de 170 instituições privadas.
O Fies da Pós-graduação não atenderá cursos de especialização (lato sensu) nem cursos de ensino à distância. Alunos já contemplados com bolsas da Capes pelo Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (Prosup) não poderão solicitar o financiamento.

Fonte: G1.com

Autores de livros para o público 'teen' dão dicas para se fazer um bom texto


Autores de livros para o público 'teen' dão dicas para se fazer um bom texto

Organizar as ideias e construir o 'esqueleto' da redação é fundamental.
Confira as dicas de Paula Pimenta, Babi Dewet e Leonardo Alkmim.

Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
Autores da 23ª Bienal do Livro dão dicas para escrever uma boa redação (Foto: Editoria de Arte/G1)

Muito tímida na infância, a mineira Paula Pimenta sempre gostou de escrever para se expressar e organizar as ideias. Tentou cursar jornalismo, mas no meio do caminho entendeu que gostava mesmo de ficção, crônicas e contos e não textos informativos. Hoje, aos 39 anos, a autora da série "Fazendo meu filme" escreveu dez livros, vendeu mais de 500 mil cópias e se consagrou como uma das principais autoras do público teen. Mas até Paula, expert das histórias, tinha suas dificuldades para escrever quando era adolescente.
O G1 foi até a 23ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, para ouvir autores sobre suas principais dificuldades para escrever durante a vida escolar e quais são as suas dicas para a produção de um bom texto (veja o vídeo acima).
Fazer uma boa redação é essencial para o bom desempenho na escola e também nos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Veja no quadro ao lado e abaixo as dicas de Paula Pimenta, autora da série de livros “Fazendo meu filme” (Editora Gutenberg), Babi Dewet, de 27 anos, autora da trilogia “Sábado à noite” (Editora Évora), Leonardo Alkmim, de 45 anos, autor do livro de aventura “Paralelos” (Geração Editorial).

Liste os conteúdos
A escritora Babi Dewet dá dicas para a redação  (Foto: Vanessa Fajardo/G1) 
A escritora Babi Dewet dá dicas para a redação (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
 
Para tirar a ideia da cabeça e colocá-la no papel com nexo e criatividade, vale elencar os tópicos principais antes de partir para o texto final. “Fazer uma lista do conteúdo principal do que você quer escrever sempre funciona”, afirma Babi.
“Você precisa fazer o seu texto ser entendido pelas outras pessoas. Às vezes a gente tem muitas ideias e elas parecem sensacionais, mas estão na cabeça como se fosse uma piada interna. E na verdade quando escrevemos queremos compartilhar”, diz Babi.

Organize as ideias
A escritora Paula Pimenta sugere organizar as ideias antes de escrever o texto (Foto: Vanessa Fajardo/G1)A escritora Paula Pimenta sugere organizar as ideias antes de escrever o texto (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
 
Para Paula Pimenta, a boa e velha técnica do rascunho é eficaz. “Um rascunho ajuda a organizar as ideias. Muitas vezes eu estou escrevendo um texto e vejo que um parágrafo que está lá embaixo cabe muito melhor em cima.”
A escritora diz que o estudante deve fazer quantas tentativas forem necessárias neste rascunho até que o texto esteja "limpinho e perfeito".

Treine nas redes sociais
O escritor Leonardo Alkmim diz que as redes sociais podem ser usadas para treinar como elaborar argumentos para uma redação (Foto: Vanessa Fajardo/G1)O escritor Leonardo Alkmim diz que as redes sociais podem ser usadas para treinar como elaborar argumentos para uma redação (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
 
Alkmim sugere que o texto deve ser pensado em três fases: abertura, desenvolvimento e fechamento. “Em qualquer texto esta é a melhor maneira de você ser entendido.”
Outra dica é treinar a escrita e elaboração das ideias, até mesmo durante o uso das redes sociais. “Uma dica é tentar expressar pensamentos um pouco mais elaborados mesmo em um comentário de facebook. Tentar usar essa ferramenta da escrita para se desenvolver, essa prática, mesmo que intuitivamente, até no vestibular ou na vida profissional."

Livros voltados para o público adolescente atraem milhares de jovens à Bienal do Livro em São Paulo (Foto: Vanessa Fajardo/G1) 
Livros voltados para o público adolescente atraem milhares de jovens à Bienal do Livro em São Paulo (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Paixão pela escrita
Os autores revelam que quando eram adolescentes também tinham dificuldades para escrever uma boa redação. E com muito estudo e prática foram desenvolvendo maneiras de fazer o texto fluir.
“Uma das minhas maiores dificuldades era o tema que a professora dava e às vezes eu não sabia nada sobre o assunto. A forma que eu arrumava de conseguir escrever era pesquisar”, diz Paula Pimenta. Sua série de quatro livros “Fazendo meu filme” (Editora Gutenberg) já foi publicada em versões em inglês, espanhol e português de Portugal.
Babi Dewet, de 27 anos, autora da trilogia “Sábado à noite” (Editora Évora), também diz que mesmo escrevendo bem nem sempre agradou os professores do ensino médio. “Eu sempre gostei muito de escrever diálogos e gostava de conversas entre personagens e nem sempre era o que professor estava pedindo”, diz.
Leonardo Alkmim, de 45 anos, é formado em artes cênicas, já foi ator e baterista de uma banda de rock n´roll, mas vive de escrever desde 2000.
Sua última obra é o livro de aventura chamado “Paralelos” (Geração Editorial). “Gosto de tudo que envolve a escrita e descobri que era mais feliz escrevendo. Nunca tive muita dificuldade para escrever porque lia muito, desde que aprendi a ler comecei a devorar livros. Meu primeiro romance escrevi aos 9 anos.”

23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Quando: de 22 a 31 de agosto de 2012
Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana)
Horário de visitação: de segunda a sexta-feira das 9 às 22h (com entrada até as 21h); sábados e domingos, das 10h às 22h (com entrada até as 21h)
Ingressos: R$ 12 (segunda, terça, quarta e quinta) R$ 14 (sexta, sábado e domingo)

Observação: Para assistir os vídeos acima basta clicar no link a seguir: http://g1.globo.com/educacao/enem/2014/noticia/2014/08/autores-de-livros-para-o-publico-teen-dao-dicas-para-se-fazer-um-bom-texto.html 

Fonte: G1.com

Por causa da greve, 1º semestre letivo na Unesp vai acabar só em setembro

Por causa da greve, 1º semestre letivo na Unesp vai acabar só em setembro

Paralisação em Araraquara (SP) terminou no último dia 11, após 136 dias.
Três das quatro unidades têm calendário de reposição; aulas vão até 2015.

Alessandro Meirelles Do G1 São Carlos e Araraquara
Unesp de Araraquara  (Foto: Marlon Tavoni / EPTV)A Faculdade de Ciências Farmacêuticas é a única que ainda não informou o calendário de reposição das aulas  (Foto: Marlon Tavoni / EPTV)
 
A Unesp definiu o calendário de reposição de aulas em três das quatro unidades que funcionam em Araraquara (SP). As atividades foram retomadas no último dia 11, após uma greve dos professores que durou 136 dias. Por conta da paralisação, o primeiro semestre letivo de 2014 só será concluído na primeira quinzena de setembro. Nas duas faculdades de Rio Claro, os docentes continuam de braços cruzados por tempo indeterminado.
Em Araraquara, o primeiro semestre na Faculdade de Odontologia só terminará no dia 15 de setembro. Os 374 alunos terão uma semana de férias até o início do segundo semestre, marcado para 22 de setembro. Depois disso, as aulas atravessarão o ano e só serão concluídas em 28 de janeiro de 2015.
O Instituto de Química também divulgou a programação. Os 516 alunos que retornaram no último dia 11 terão que concluir o primeiro semestre no próximo dia 6. O segundo semestre tem início no dia 22 de setembro e também se estenderá até 28 de janeiro do próximo ano.
A Faculdade de Ciências e Letras fechará o primeiro semestre no dia 8 de setembro. A unidade é a que concentra o maior número de alunos em Araraquara, com 2.672 inscritos. A data de início do segundo semestre ainda não foi divulgada pela Unesp.

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas é a única das três unidades que ainda não se pronunciou sobre a reposição das aulas. Estudam no local 673 universitários.

Administrativo
Ao contrário dos 424 professores que voltaram ao trabalho no dia 11, os técnicos administrativos de Araraquara mantiveram a greve parcial. Dos cerca de 700 servidores, 150 continuam de braços cruzados, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp).

Rio Claro
A situação em Rio Claro é inversa a de Araraquara. Os professores que lecionam no Instituto de Geociências e Ciências Exatas e no Instituto de Biociências continuam a greve inciada em 22 de março. No entanto, os técnicos administrativos já retornaram ao trabalho.
Unesp greve Rio Claro  (Foto: Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV) 
Professores de Rio Claro continuam em greve (Foto: Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV)
 
Greve
A greve dos professores e funcionários da Unesp em várias unidades do Estado reivindica reajuste salarial de 9,78% para as categorias. No último dia 4, a reitoria da Unesp se reuniu com representantes da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp) e do Sintunesp.
Durante o encontro, foi proposta a concessão de um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, abrangendo docentes e servidores técnico-administrativos.
Os valores seriam creditados sete dias após a normalização das atividades, de acordo com a universidade. Outra proposta apresentada foi a de um reajuste no valor do vale-alimentação, que passaria de R$ 600 para R$ 850, também condicionado ao fim da greve.
Após o encontro, os docentes decidiram suspender a greve no campus Araraquara até uma nova reunião que irá tratar a questão. O encontro está agendado para o dia 3 de setembro.

Fonte: G1.com

Inscrições para o vestibular da Fuvest 2015 começam nesta sexta-feira

Inscrições para o vestibular da Fuvest 2015 começam nesta sexta-feira

Prazo termina no dia 8 de setembro; taxa custa R$ 145.
Serão mais de 11 mil vagas para a USP e 120 para a Santa Casa.

Do G1, em São Paulo
Fuvest (Foto:  Flávio Moraes/G1) 
Alunos fazem prova da Fuvest no ano passado (Foto: Flávio Moraes/G1)
 
As inscrições para o vestibular Fuvest 2015, que seleciona alunos para vagas na Universidade de São Paulo (USP), começam nesta sexta-feira (22), pelo site Fuvest.com.br. O prazo termina no dia 8 de setembro.
O valor da taxa para participar das provas neste ano é de R$ 145 que poderá ser paga em bancos ou pela internet até o dia 9 de setembro usando o boleto gerado até o dia 8.
A Fuvest divulga nesta sexta o resultado dos pedidos de isenção da taxa, porém mesmo quem for contemplado deve se inscrever no período estipulado. Estará isento do valor da taxa de inscrição o candidato que pertencer a uma família cuja renda não ultrapasse R$ 1.086,00 por pessoa. Para ter um desconto de 50% do valor da taxa, a renda per capita do domicilio deve ficar entre R$ 1.086,01 e R$ 2.027,00.
O vestibular Fuvest 2015 vai oferecer 11.177 vagas sendo 11.057 para a USP e 120 ao curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
A provas serão aplicadas em 32 municípios do Estado de São Paulo. A primeira fase será no dia 30 de novembro. A prova conterá 90 questões e versará sobre o conjunto das disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio: português, história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês e terá algumas questões interdisciplinares. Todas as questões serão do tipo teste, com cinco opções de resposta. A duração da prova será de cinco horas.
As provas da segunda fase ocorrem nos dias 4, 5 e 6 de janeiro de 2015. No primeio dia, os candidatos responderão dez questões de português e farão uma redação; no segundo, a prova constará de 16 questões sobre as disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio (história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês). No terceiro dia, a prova terá 12 questões de duas ou três disciplinas (seis ou quatro de cada), de acordo com a carreira escolhida. Todas as provas terão quatro horas de duração.O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 31 de janeiro.

Bônus na nota
A USP oferece dois sistemas de bônus na nota do vestibular para estudantes de escolas públicas: o Inclusp e o Pasusp. Para participar do Inclusp, basta informar, no momento da inscrição do vestibular da Fuvest, que é aluno de escola pública e deseja participar do Sistema de Pontuação Acrescida.
O candidato que cursou os ensinos fundamental e médio integralmente em escolas públicas no Brasil terá um acréscimo (bônus) de 15% na nota da primeira fase e na nota final, e aquele que cursou ou esteja cursando somente o ensino médio integralmente em escolas públicas no Brasil terá um fator de acréscimo (bônus) de 12% (veja todas as regras).

Fonte: G1.com

MEC abre seleção para novas vagas do curso Inglês sem Fronteiras

MEC abre seleção para novas vagas do curso Inglês sem Fronteiras

Serão oferecidas 6.045 vagas de cursos presenciais.
Inscrições vão de 2 a 11 de setembro, pelo site do programa.

Do G1, em São Paulo
As inscrições para a nova seleção do curso presencial do Inglês sem Fronteiras serão abertas às 12h do dia 2 de setembro até as 12h do dia 11 de setembro, pelo site do programa. Serão oferecidas 6.045 vagas em universidades federais de todo o país credenciadas como núcleo de línguas. O edital foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (22).
O resultado será divulgado no dia 18 de setembro, por email, individualmente a cada candidato.
A carga horária presencial é de quatro aulas de 60 minutos, distribuídos em pelo menos dois encontros semanais, em locais e horários definidos pela universidade credenciada. Os cursos terão a duração mínima de 30 dias e máxima de 120 dias.
Para concorrer às vagas, os candidatos devem observar os seguintes requisitos: ser estudante de graduação, mestrado ou doutorado, com matrícula ativa nas universidades federais credenciadas como núcleos de línguas; estudante participante e ativo no curso My English, on-line, níveis 2, 3, 4 ou 5, cuja inscrição tenha sido validada com até 48 horas de antecedência à inscrição no núcleo de línguas; estudante que tenha concluído até 90% do total de créditos da carga horária do curso.
Para efeito de classificação, terão prioridades quatro tipos de candidatos: alunos de graduação de cursos das áreas do programa Ciência sem Fronteiras; que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e obtido média igual ou superior a 600 pontos, incluindo a redação; que tenham concluído até 80% da carga horária total do curso; com maior índice de rendimento acadêmico, conforme parâmetros da própria universidade, e bolsistas ou ex-bolsistas do programa Jovens Talentos para a Ciência de qualquer curso de graduação.
O Programa Inglês sem Fronteiras foi lançado pelo MEC em dezembro de 2012 para melhorar a proficiência em língua inglesa dos estudantes brasileiros. A falta de domínio do idioma tem criado dificuldades para o governo preencher as vagas oferecidas pelo Ciência sem Fronteiras.

Fonte: G1.com

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Com aluguel alto no Rio, estrangeiros doutorandos se mudam para favelas

Com aluguel alto no Rio, estrangeiros doutorandos se mudam para favelas

Preços altos de imóveis e bolsas defasadas provocaram mudanças.
Bolsa de mestrado vai até R$ 1.600; doutorado paga até R$ 2.200 no Rio.

Isabela Marinho Do G1 Rio
Cesar Augusto mora na favela Parque da Cidade, na Zona Sul do Rio (Foto: Publius Vergilius/G1)Cesar Augusto mora na favela Parque da Cidade, na Zona Sul do Rio (Foto: Publius Vergilius/G1)
 
A alta de preços no Rio de Janeiro que afeta, principalmente, o valor dos aluguéis tem levado muitos estudantes estrangeiros a buscar moradia em favelas da cidade, onde os custos são compatíveis com as bolsas de estudo concedidas pelas instituições – que, atualmente, variam entre R$ 1.500 (mestrado) e R$ 2.220 (doutorado). Se antes havia a facilidade de morar próximo à unidade de ensino, agora, doutorandos vindos de outros países são obrigados a viver em locais mais distantes. É o caso de Róbinson Acosta, Erick Castro, Cesar Augusto, Juan Guillermo e Margarita Habran que deixaram seus países na América do Sul e escolheram o Rio para dar continuidade aos estudos.

Róbinson, doutorando em Física, morou na favela Parque da Cidade (Foto: Arquivo Pessoal/ Róbinson) 
Róbinson Acosta, doutorando em Física, morou na favela Parque da Cidade (Foto: Arquivo Pessoal/ Róbinson Acosta)
 
O colombiano Róbinson Acosta, que chegou à cidade em 2012 para fazer Mestrado, já teve de se mudar duas vezes, para estudar no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), na Urca, Zona Sul. Na época, ele recebia R$ 1.200 de bolsa e dividia um apartamento em Copacabana, também na Zona Sul, com 10 pessoas, pagando R$ 400 de aluguel.
No entanto, esse valor aumentou e o mestrando teve que se mudar para a favela Parque da Cidade, na Gávea, na Zona Sul, a cerca de 10 quilômetros do local onde morava. Lá, ele pagava R$ 500 em um imóvel que dividia com duas pessoas. Pouco tempo depois, o mestrando se mudou para uma casa na Tijuca, na Zona Norte, onde vive na casa de amigos que também cobram R$ 500 de aluguel.
Bolsa Mestrado Bolsa
Doutorado
Faperj: R$ 1.600 Faperj: R$ 2.300
Capes: R$ 1.500 Capes: R$ 2.200
Cnpq: R$ 1.500 Cnpq: R$ 2.200
Róbinson contou que a experiência na favela foi "muito tranquila" e que encontrou "pessoas muito amáveis". No entanto, segundo ele, com a chegada de estrangeiros na comunidade, os moradores sentiram os preços – não só de aluguéis mas também do comércio da favela – subirem.
"Eles reclamam que as coisas estão ficando caras na comunidade porque nós estrangeiros chegamos. No Parque da Cidade, como tem muito estudante da PUC, os donos das casas preferem alugar para estrangeiros para poder cobrar mais caro. Mas a convivência é tranquila, não há nenhum problema de discriminação", contou Róbinson, que, atualmente, faz doutorado em Física.

'Não sabia quão cara era a cidade', diz doutorando
O doutorando em Física Juan Guillermo Duenas Luna também já passou por muitas casas desde que chegou ao Rio em 2009. Na época, o então mestrando morava na Urca próximo ao CBPF, onde estuda. Com R$ 1.200 de bolsa, pagava entre R$ 350 e R$ 600 por um quarto. No ano seguinte, foi para o Flamengo, também na Zona Sul, onde morou por dois anos pagando R$ 550 de aluguel.

O colombiano voltou, então, ao seu país para visitar a família e, quando retornou ao Brasil, encontrou uma casa no Morro da Babilônia, no Leme, na Zona Sul, onde mora atualmente. Pagando R$ 800 para viver em uma casa com quarto, sala, cozinha e banheiro, ele vai a pé para o instituto de pesquisa. Já cursando doutorado, recebe uma bolsa de R$ 2.200. Depois de tantas mudanças, Juan Guillermo criticou a falta de suporte por parte das instituições aos estudantes.
“É um problema da cidade e dos centros de pesquisas que não prestam atenção nisso. Eles só tentam dar uma bolsa e pronto. Não se ligam que não é tão simples chegar em outra cidade. [A chegada] não foi a melhor experiência que pude ter. Eu não sabia como era aqui no Brasil, não sabia quão cara era a cidade. Realmente não foi muito agradável fazer o mestrado nessas condições. Tinha que fazer sempre o almoço, cozinhar, limpar a casa, o que é muito desgastante e implica nos estudos. Fora isso, há o desconforto de se comunicar com outras pessoas em outras línguas”, explicou.

Elogios aos moradores da favela e críticas à polícia
O colombiano Juan Guillermo disse que foi bem recebido e que os vizinhos foram cordiais tentando inserí-lo em atividades como pescar, jogar bola e participar de churrascos.

"Na comunidade, encontrei um ambiente mais humano. Você consegue interagir mais com as pessoas que num prédio. A paisagem da comunidade é fabulosa, o custo de vida é muito mais baixo também. Obviamente, o estilo de vida muda um pouco. Agora, a gente não procura tanto conforto, mas só condições básicas para viver. A arquitetura das comunidades é algo muito interessante, não é uma coisa padronizada e regular e alguns costumes são diferentes", disse Juan, acrescentando que poucas vezes teve a experiência de estar em comunidades na Colômbia, mas disse haver semelhanças entre as favelas brasileiras e as de seu país.
Uma das coisas que chamou muito minha atenção foram as UPPs e os policiais. Sempre geram um ambiente hostil por onde estão. Nunca me sinto à vontade com essa ostentação de poder"
Juan Guillermo Duenas Luna,
doutorando em Física
Sobre a rotina da favela, o estrangeiro criticou a presença ostensiva da polícia e a baixa qualidade da educação de jovens brasileiros.
"Uma das coisas que chamou muito minha atenção foram as UPPs e os policiais. Sempre geram um ambiente hostil por onde estão. Realmente, nunca me sinto à vontade com essa ostentação de poder que eles mostram com as armas. Outra coisa foi conhecer crianças que são pouco cuidadas. Garotos que, estando na escola pública, na terceira ou quarta série, apresentam problemas gravíssimos de leitura e escrita. Isso me surpreendeu muito e mostrou os grandes problemas do sistema de educação básica do Brasil. Outro aspecto que chamou minha atenção foi o problema de organização para a coleta de lixo. Uma cidade como o Rio, num país como o Brasil, com tanto dinheiro, não entendo como problemas de planejamento existam. Acho que as comunidades são um reflexo do problema político que o Brasil apresenta", analisou Juan.
O colombiano também afirma que os moradores começaram a aumentar os preços de aluguéis ao perceber que estrangeiros estavam buscando moradia na favela. "A especulação imobiliária é absurda e isso se refletiu também na comunidade. Além disso, a criação de muitos hostels mostrou que iria ter uma chegada maciça de pessoas. Não só os preços da moradia aumentaram, mas os preços de qualquer coisa", disse o doutorando.

Crescimento desenfreado
Conterrâneo de Róbinson e Juan Guillermo, Cesar Augusto Diaz Mendoza chegou ao Rio em março de 2012 para cursar mestrado em Física na PUC-Rio, na Gávea. Recebendo bolsa de R$ 1.200 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ele passou seus primeiros três meses na cidade morando em uma quitinete em Copacabana, onde dividia o valor do aluguel do imóvel – R$ 1.500 – com mais cinco colegas.
Mil e quinhentos reais para um estudante de mestrado que vive em Alagoas pode ser razoável. Mas este valor para um estudante que mora no Rio, cidade que saiu no ranking das mais caras no quesito alimentação, é um equívoco"
Cássio Leite Vieira,
professor
Com o aumento do preço, Cesar decidiu se mudar para a favela Parque da Cidade, localizada a cerca de 20 minutos da universidade. Atualmente cursando o doutorado na mesma instituição, o colombiano recebe R$ 2.200 e divide uma casa de dois quartos com a namorada e mais um casal.
O doutorando afirmou que, mesmo dentro da comunidade, os preços estão subindo e ressaltou que o problema não é somente a defasagem das bolsas, mas o aumento desenfreado dos aluguéis.
“Muita gente quer se aproveitar de que a gente é estudante estrangeiro para aumentar muito o aluguel dentro da comunidade. Na Colômbia, eu teria uma casa, um quarto para estudar. Aqui, tenho que compartilhar o quarto, que pode ser com um colega ou um estranho”, disse.
Cesar destacou que, além do aluguel, ainda teve outras despesas com a compra de geladeira, fogão e móveis. O estudante afirmou ainda que ele e seus colegas também não conseguem voltar ao seu país para visitar os familiares porque, com o alto custo de vida na cidade, não conseguem juntar dinheiro para comprar a passagem.

Para economizar, estudante recorre a 'bandejão'
Margarita Habran Estevan, 28 anos, chegou ao Rio em 2011 para se tornar mestre em Engenharia de Materiais na PUC. Recém-chegada da Colômbia, seu país de origem, alugou uma dependência em um apartamento na Gávea, próximo à universidade. Na época, recebia R$ 1.200 e pagava R$ 450 de aluguel. Mas o desconforto de morar na casa de uma estranha e a dificuldade de encontrar uma moradia por um preço acessível na mesma região fizeram com que ela também se mudasse para a favela do Parque da Cidade, onde vive atualmente com o namorado dividindo uma quitinete cujo aluguel é R$ 900.

Terminado o mestrado, ela ingressou no doutorado. O valor da bolsa aumentou para R$ 2.200, mas ainda assim ela diz ter determinadas estratégias para sobreviver no Rio. "Eu e meu namorado pegamos um ônibus e vamos até o supermercado mais barato, que fica em outro bairro, para fazermos compras. Tentamos deixar o almoço pronto e quando não dá, vamos ao 'bandejão' da PUC", explicou.

Erick Costa teve que se mudar para o Centro do Rio (Foto: Publius Vergilius/G1)Erick Castro teve que se mudar para o Centro do Rio (Foto: Publius Vergilius/G1)
Bolsa é insuficiente, diz estudante

O venezuelano Erick Castro chegou à cidade em 2013 para fazer mestrado em Física, também no CBPF. Inicialmente, o estudante morava em um quarto pequeno que alugava na Urca – próximo ao centro de pesquisas – por R$ 600. Um mês depois, o valor subiu para R$ 800, o que dificultou sua permanência no local, já que a bolsa concedida pelo Capes é R$ 1.500. A saída encontrada por ele foi se mudar para uma vila próxima à Central do Brasil, no Centro do Rio. Lá, ele divide o aluguel de R$ 1.500 com a namorada, mestranda em História, e outro estudante de Direito.
Erick destacou que, além do valor do aluguel, os preços de alimentação no Centro – que são mais baixos – também foram atrativos, embora, agora, ele tenha despesas com transporte para chegar à unidade de ensino. "Além do valor da bolsa ser baixo, não temos seguro médico. Isso dificulta bastante", disse.

No entanto, se os preços mais baixos são uma vantagem, o venezuelano aponta a principal desvantagem do Centro: a insegurança. "A gente fala que depois das 22h é melhor chegar de táxi pela insegurança. Gostaria de morar mais perto da Zona Sul, mas a bolsa é insuficente para pagar os exorbitantes aluguéis. Minha impressão sincera é que as pessoas na Zona Sul fazem mais especulação com os preços do aluguel", disse Erick.
O professor do CBPF Cássio Leite Vieira percebeu o movimento de "migração" dos alunos para outras regiões da cidade e os reflexos provocados nos estudos. Cássio chamou a atenção para a defasagem do valor das bolsas e acrescentou que a mesma quantia é paga em estados com realidades econômicas diferentes.
"Mil e quinhentos reais para um estudante de mestrado que vive em Alagoas pode ser razoável. Os gastos com aluguel são mais baratos, o transporte não é tão caro. Mas este valor para um estudante que mora no Rio, cidade que saiu no ranking das mais caras no quesito alimentação, é um equívoco", disse Cássio, acrescentando que uma solução plausível seria um auxílio-transporte para os estudantes por parte da Prefeitura do Rio.

Fonte: G1.com

Reitor da USP elogia Enem e diz que universidade estuda mudar ingresso

Reitor da USP elogia Enem e diz que universidade estuda mudar ingresso

Marco Antonio Zago participa de Encontro Internacional de Reitores no Rio.
Para o reitor, ‘todas as universidades brasileiras estão atrasadas'.

Vanessa Fajardo Do G1, no Rio
O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago (Foto: Vanessa Fajardo/G1) 
O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
 
O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, disse nesta segunda-feira (28), que a instituição está reavaliando o seu vestibular e o ingresso de novos estudantes como um todo e afirmou achar o “Enem um exame muito bom.” O reitor, no entanto, não foi específico ao responder se a USP deve aderir ao exame nacional, aplicado pelo Ministério da Educação, como processo de seleção dos alunos. Zago participa do III Encontro Internacional de Reitores que ocorre no Rio de Janeiro até esta terça (29).
“A USP não sou eu, eu não sou a USP, sou apenas o reitor. A universidade é muito grande com um pensamento muito diversificado. A USP está reestudando o seu vestibular e o ingresso. Não que o vestibular atual seja ruim, mas temos de considerar outras participações. O Enem é uma possiblidade. O reitor acha razoável, mas depende do conselho universitário, é ele quem decide”, afirmou Zago.
O pró-reitor de graduação da USP, Antonio Carlos Hernandes, já havia anunciado, em junho, que a USP estudava novos mecanismos de ingresso e que a instituição não gostaria que a Fuvest fosse a única porta de entrada dos alunos. Algumas das possibilidades, na ocasião, apontadas foram a seleção de alunos em olimpíadas científicas, além do trabalho direto com escolas para identificar talentos em várias áreas do conhecimento, preferencialmente na rede pública.

‘Todas as universidades brasileiras estão atrasadas’
Zago afirmou também na entrevista coletiva durante o evento, cujo tema é “A Universidade do Século 21 – Uma reflexão da Ibero-América”, que “todas as universidades brasileiras estão atrasadas.” “Nós precisamos rever a maneira como nos relacionamos com nossos alunos e que tipo de vida universitária eles têm. A vida universitária tem de ser mais focada no descobrimento das coisas, na compreensão do mundo do que no conhecimento acumulado. Esta é a mudança central.”
Outro desafio na opinião do reitor, além de avançar no ensino da graduação, é treinar e motivar os professores. “Ao longo dos anos, as universidades de modo geral, incluindo a USP, foram cada vez menos valorizando a atividade docente inovadora.  É preciso criar condições para que os docentes que tenham dedicação especial sejam premiados e promovidos. Isso que pode fazer com que os cursos da USP se modernizem como precisam ser modernizados.”
Pela primeira vez desde 2011, a USP perdeu o posto de melhor universidade da América Latina para a Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC), segundo o QS Quacquarelli Symonds University Rankings divulgado em maio. A instituição enfrenta uma grave crise financeira e, por conta disso, em março, anunciou suspensão de obras e contratações. Segundo o reitor, gastos com a folha de pagamento atingem 105% do orçamento. Uma empresa foi contratada para fazer uma auditoria nas contas, mas ainda não há resultados.

Fonte: G1.com

USP é a melhor universidade da América Latina em ranking mundial

USP é a melhor universidade da América Latina em ranking mundial

Centro de Rankings Universitários Mundiais listou 1.000 instituições.
Brasil tem 18 universidades públicas na edição de 2014 do ranking.

Do G1, em São Paulo
A Universidade de São Paulo (USP) é a instituição da América Latina mais bem colocada na edição de 2014 da lista de 1.000 universidades avaliadas pelo Centro de Rankings Universitários Mundiais (CWUR, na sigla em inglês), uma instituição da Arábia Saudita. A USP ocupou a 131ª posição da lista, divulgada nesta quarta-feira (30).
O ranking do CWUR é divulgado desde 2012, mas nos anos anteriores a lista contava apenas com as 100 universidades com as melhores colocações.
Em um ranking de outro instituto, o QS Quacquarelli Symonds University, divulgado em maio, a USP foi ultrapassada pela primeira vez pela Pontifícia Universidad Católica do Chile e perdeu o posto de melhor universidade da América Latina.
A instituição que liderou o ranking da Arábia Saudita em 2014 foi a Universidade Harvard, seguida da Universidade Stanford e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). Além das três americanas, duas instituições britânicas completam o top 5: a Universidade de Cambridge, na quarta posição, e a Universidade de Oxford, na quinta colocação.
Entre as brasileiras, as melhores posicionadas, além da USP, foram a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 329º lugar, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 437º, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 496º.

Veja a colocação das universidades brasileiras no ranking:
131ª - Universidade de São Paulo (USP)
329ª - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
437ª - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
496ª - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
585ª - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
626ª - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
683ª - Universidade Estadual Paulista (Unesp)
845ª - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
852ª - Universidade Federal Fluminense (UFF)
894ª - Universidade de Brasília (UnB)
898ª - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
919ª - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
925ª - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
929ª - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
940ª - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
964ª - Universidade Federal do Ceará (UFC)
967ª - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
983ª - Universidade Federal do ABC (UFABC)

Sobre o ranking da CWUR
Segundo o centro, o ranking mede oito critérios diferentes de qualidade, e prioriza a qualidade dos ex-alunos das instituições: 25% da nota das universidades é medida pelo número relativo de pessoas formadas nelas que ganharam prêmios internacionais importantes, de acordo com o tamanho da instituição, 25% é medida pelo número de formandos que atualmente ocupam cargos de dirigentes nas melhores empresas do mundo, e 25% da nota mede a qualidade dos professores, a partir do número de prêmios e medalhas de relevância.
O resto da pontuação é composto do número de publicações em jornais de reputação, do número de publicações em jornais de grande influência, do número de citações em pesquisas, do índice que mede o impacto geral da instituição e das patentes internacionais solicitadas pela universidade.

Fonte: G1.com

G1 e Geekie lançam plataforma de estudos para o Enem 2014

G1 e Geekie lançam plataforma de estudos para o Enem 2014

Sistema aponta pontos fracos e monta plano de estudos personalizado.
Plataforma on-line gratuita é aberta ao público com divulgação do G1.

Do G1, em São Paulo
Geekie Games abre primeiro simulado nesta quinta (Foto: Reprodução) 
Geekie Games abre 1º simulado nesta quinta (Foto: Reprodução)
 
A Geekie, startup de tecnologia aplicada à educação, abre nesta quinta-feira (24) o Geekie Games, a plataforma on-line de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com divulgação do G1. O site, de uso gratuito, oferece um plano de estudos personalizados para cada usuário e três simulados do Enem para ajudar na preparação dos estudantes (ACESSE AQUI A PLATAFORMA).
Para participar, é preciso fazer um cadastro grátis no próprio site. A primeira atividade sugerida é um teste diagnóstico. O candidato então recebe um plano de estudos personalizado baseado nos seus resultados, apontando os pontos fortes e fracos. Cada passo que o estudante dá na plataforma é registrado e, à medida que ele vai avançando, o programa se ajusta às suas necessidades.
Três simulados
Até novembro, o Geekie Games oferecerá três simulados seguindo as mesmas regras do exame do Ministério da Educação para que os estudantes testem a evolução do seu desempenho. O simulado da Geekie usa a TRI (Teoria de Resposta ao Item), a mesma metodologia utilizada no Enem, por isso permite fazer uma estimativa de quanto o candidato tiraria na prova. Os alunos poderão testar seus conhecimentos no primeiro simulado até o dia 31 de agosto.
Assim como o Enem, o simulado é dividido em duas partes, cada uma com duração de quatro horas e meia. A primeira parte traz dois cadernos de perguntas: um deles com 45 perguntas de ciências humanas e 45 perguntas de ciências da natureza, assim como o primeiro dia de provas do Enem.
A segunda parte traz 45 questões de linguagens e 45 questões de matemática. Depois que o estudante começa a responder os cadernos de questões, não é mais possível parar, assim como a prova real. Também não há opção de fazer o mesmo simulado mais de uma vez.
Outros dois simulados estarão disponíveis entre os dias 1º de setembro e 30 de setembro, e 1º de outubro e 9 de novembro.

Uso da plataforma ajuda a aumentar a nota
O Enem será aplicado nos dias 8 e 9 de novembro para um número recorde de inscritos: 8.721.946 estudantes. No ano passado, mais de dois milhões de estudantes se cadastraram, e 600 mil deles utilizaram o sistema ativamente. "Em 2013 a plataforma ficou aberta por 60 dias. Agora serão cinco meses até o Enem. Esperamos ter mais de 3 milhões de alunos cadastrados", diz Claudio Sassaki, co-fundador da Geekie.
Segundo a empresa, a análise do desempenho dos alunos cadastrados que fizeram todos os simulados em 2013 mostra que tiveram uma melhora de 25% a 30% na nota. Além disso, 20 secretarias estaduais já firmaram acordo para oferecer o conteúdo aos alunos da rede pública.

Fonte: G1.com

Prova que valida diploma estrangeiro de médico tem 8% de abstenção

Prova que valida diploma estrangeiro de médico tem 8% de abstenção

1ª fase do Revalida foi aplicada no domingo; resultado sai em 25 de agosto.
Exame foi feito por 1.983 médicos que estudaram medicina fora do Brasil.

Do G1, em São Paulo
A primeira fase do Exame de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) realizado no domingo (20) teve 8% de abstenção, segundo informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) nesta segunda-feira (21). Dos 2.157 inscritos, 1.983 compareceram para fazer a prova. O resultado deve sair no dia 25 de agosto.
A abstenção, segundo o Inep, é a menor desde 2011, quando o exame foi criado.
O Revalida é aplicado uma vez por ano e, na edição de 2014 acontece em dez cidades: Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Os candidatos aprovados nesta fase deverão pagar R$ 300 pela taxa de inscrição da prova da segunda fase, que será nos dias 27 e 28 de setembro, em horário a ser definido.
Sobre o Revalida
Todos os médicos com diploma de universidades de fora do Brasil precisam ter o documento revalidado por instituições públicas brasileiras, federais ou estaduais. Como cada instituição fazia seu próprio processo de revalidação, o ministério decidiu centralizar a aplicação da prova. Dessa vez, 41 instituições federais e estaduais vão aceitar essa nota no seu processo de validação.
O exame do Revalida foi criado pelo MEC para padronizar a aplicação de provas práticas e teóricas aos candidatos. Na edição de 2013, 36 instituições usaram a nota do Revalida para emitir ou não a validação do diploma.
No ano passado, 1.772 pessoas se inscreveram e a prova da primeira fase teve 10,7% de abstenção. Dos 1.582 que fizeram o exame, só 155 foram aprovados para a segunda fase, ou cerca de 9,7%.
Na edição de 2012, 884 pessoas de várias partes do mundo se inscreveram para o Revalida, e apenas 77 (menos de 9%) conseguiram a aprovação no exame. O Brasil respondeu pela grande maioria dos inscritos (560), mas apenas 7% dos candidatos foram aprovados. O país ficou na sexta colocação no ranking de índices de aprovação. Os países que obtiveram o maior êxito neste quesito foram Venezuela (27%) e Cuba (25%), apesar de o número absoluto de inscritos ter sido pequeno. Nenhum candidato com nacionalidade de países da Ásia, África ou América do Norte conseguiu passar na prova do MEC.

Fonte: G1.com

MEC autoriza abertura de 4º curso de medicina em Ribeirão Preto, SP

MEC autoriza abertura de 4º curso de medicina em Ribeirão Preto, SP

Estácio Uniseb terá 76 vagas; instituição não informou data do vestibular.
Graduação será fiscalizada sob regras mais rígidas, informou Ministério.

Do G1 Ribeirão e Franca
O Ministério da Educação autorizou a abertura de mais um curso de medicina em Ribeirão Preto (SP). Com a criação de 76 vagas, a Estácio Uniseb passa a ser o quarto centro de graduação de médicos na cidade. Atualmente, Ribeirão conta com dois cursos particulares, sendo um no Centro Universitário Barão de Mauá e outro Unaerp, e uma faculdade pública, na Universidade de São Paulo (USP), a mais concorrida no vestibular da Fuvest em 2013, com 62,91 candidatos por vaga.
A nova faculdade em Ribeirão é uma das seis em todo o país que, com a portaria publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira (23), foram beneficiadas com a regulamentação dos cursos. Também foram atendidas a Faculdade Meridional, de Passo Fundo (RS), com 42 vagas, o Centro Universitário de João Pessoa (PB), com 100 vagas, a Faculdade das Américas, em São Paulo, com 100 postos, o Centro Universitário Franciscano, de Santa Maria (RS), com 80 vagas, e a Faculdade Integrada Tiradentes, de Maceió (AL), com 100 vagas.
De acordo com o MEC, os bacharelados são relativos a processos que tramitavam antes da legislação que instituiu o programa “Mais Médicos” e prevê a criação de 11.447 vagas de graduação e 12 mil de residência médica até 2018. “A criação de novas vagas não altera o processo de regulação e supervisão do MEC. As novas regras para criação de cursos de medicina são mais rígidas”, comunicou a pasta, em nota.
O Ministério da Educação ainda informou que o preenchimento das vagas fica a critério das instituições que foram credenciadas.A portaria permite que o curso em Ribeirão seja ministrado na sede do Uniseb, localizado no bairro Ribeirânia.
A assessoria de imprensa da Estácio Uniseb não deu detalhes sobre a abertura do vestibular ou a implantação do curso, sob a justificativa de que a empresa – de capital aberto – está em "período de silêncio", que acontece antes da divulgação de seu balanço oficial do segundo trimestre, previsto para 8 de agosto.

Chaim Zaher permanece como reitor do Centro Universitário Uniseb, em Ribeirão Preto (Foto: Adriano Oliveira/G1)MEC autoriza curso de medicina no Centro Universitário Uniseb, em Ribeirão Preto (Foto: Adriano Oliveira/G1)
 
Fonte: G1.com

Professores, funcionários e alunos da USP completam dois meses em greve

Professores, funcionários e alunos da USP completam dois meses em greve

Nesta segunda, poucas pessoas circulavam pela Cidade Universitária.
Em algumas unidades, as aulas do 1º semestre ainda não acabaram.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
No prédio dos cursos de história e geografia da USP, o primeiro semestre ainda não terminou, e a greve de professores, funcionários e estudantes já dura dois meses (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)No prédio dos cursos de história e geografia da USP, o primeiro semestre ainda não terminou, e a greve de professores, funcionários e estudantes já dura dois meses (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
 
Professores, funcionários e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) completaram nesta segunda-feira (28) 61 dias de greve, sem previsão de retorno às aulas. Segundo a Associação dos Docentes da USP (Adusp), esta é a paralisação de docentes mais longa da universidade desde 2004 –quando a greve durou 62 dias. Nesta semana, portanto, a deste ano deve bater a de dez anos atrás, já que, no fim da tarde desta segunda, a assembleia da Adusp decidiu pela manutenção da greve. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) também votou a favor da continuação do movimento grevista.
Paradas desde 27 de maio, as três categorias da USP, assim como acontece na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), reivindicam a derrubada do congelamento de salários proposto pelos reitores das três instituições, que negociam com os sindicatos por meio do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).
A próxima reunião técnica do Cruesp com o Fórum das Seis (que reúne sindicatos de docentes e funcionários da USP, Unicamp e Unesp) está agendada para a próxima sexta-feira (1º). Mas a data da próxima rodada de negociações foi agendada apenas para o dia 3 de setembro.
Na manhã desta segunda, pouca gente circulava os prédios da Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo, onde fica a reitoria. Como a adesão à greve é parcial, o motivo do esvaziamento variava: em algumas unidades, os estudantes aproveitam a última semana de férias antes do iníco do segundo semestre. Em outras, porém, o primeiro semestre ainda não terminou, e as notas ainda não foram lançadas no sistema que gerencia os cursos da graduação.
Procurada pelo G1, a Pró-Reitoria de Graduação informou que "é reduzido o número de professores que ainda não entregaram as notas" dos estudantes no primeiro semestre. O prazo final para essa entrega era o dia 6 de julho, mas algumas professores decidiram segurar as notas para pressionar pela negociação da pauta da greve. Mesmo sem o término do primeiro semestre, o período de matrícula do segundo, que é feito diretamente pelo sistema on-line, foi mantido com as mesmas datas. Nesta semana acontece a última etapa, de retificação da matrícula.
"Foram tomadas as devidas providências, por parte da Pró-Reitoria, para que as matrículas nas disciplinas não sejam prejudicadas. Com essa medida, os alunos podem retornar normalmente às aulas", afirmou a Pró-Reitoria de Graduação, em um comunicado.

Acima, prédio central da ECA; abaixo, imagem da FAU; à direita, piquete de funcionários no DTI (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Acima, prédio central da ECA; abaixo, imagem da FAU; à direita, piquete de funcionários no DTI (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
 
Cidade Universitária em greve
Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), até as luzes estavam apagadas em partes do prédio onde ficam as salas de aula dos cursos de história e geografia. Na frente da maioria das salas de aulas e no meio da rampa que dá acesso ao primeiro andar do prédio, uma montanha de cadeiras simbolizava o movimento.
Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), os professores Guilherme Wisnik e Giselle Beiguelman, do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto, afirmaram que a unidade aderiu à paralisação e ainda não lançou as notas do primeiro semestre. Ainda segundo eles, na próxima semana, quando deveriam começar as aulas do segundo semestre, os professores da faculdade planejam uma série de palestras e aulas públicas.
"A greve dos professores da FAU é um pouco diferente da greve dos professores da USP", explicou Wisnik. Segundo o professor, além da demanda do reajuste salarial, os docentes dos cursos de arquitetura e urbanismo e de design pedem ainda a "transparência das estruturas de poder na universidade".
Na Escola de Comunicações e Artes (ECA), o movimento também era pequeno nesta segunda. Na Seção de Alunos, o balcão de atendimento estava fechado e os funcionários disseram que mantinham apenas os serviços emergenciais. Uma aluna esteve no local para retirar um documento que solicitou pela internet. O prédio do Departamento de Jornalismo e Editoração tinha apenas uma pessoa no fim da manhã: um segurança terceirizado. Segundo ele, duas funcionárias mantêm frequência no local e, até a semana passada, a única atividade ali eram as aulas do Projeto Redigir, um curso popular de redação e cidadania mantido pelos estudantes de jornalismo da USP.
Em pelo menos dois pontos do campus no Butantã, funcionários do Sintusp fizeram piquete durante o dia: em frente ao prédio onde fica a antiga reitoria e em frente ao prédio do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI). No DTI, mais de 40 funcionários estavam de braços cruzados em frente à entrada por volta das 12h desta segunda.
Eles afirmaram que, desde o início da greve, pararam a maioria das atividades, mas mantiveram os serviços emergenciais de tecnologia da universidade. Mas, depois de um ofício ter sido divulgado pela administração geral da USP, na semana passada, orientando os diretores das unidades que a folha de ponto dos grevistas tenha registrados os dias não trabalhados, eles decidiram cortar os serviços. Na segunda, segundo os funcionários, apenas quatro deles permaneceram dentro do prédio do DTI para guardar os equipamentos no local, por motivos de segurança. "Aqui tinha um acordo, estava funcionando, os trabalhadores se encontravam em greve, mas os serviços emergenciais estavam funcionando", explicou Nelli Wada, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
A assessoria de imprensa da USP afirmou que o ofício não tinha como objetivo ordenar o corte de ponto dos funcionários e professores em greve, mas que respondeu a uma demanda dos dirigentes da unidade, que não sabiam como deveriam lidar com a folha de ponto.

O professor Flávio Beneduce, da Poli, discorda do reajuste zero, mas acha que a greve não é efetiva (Foto: Ana Carolina Moreno/G1) 
O professor Flávio Beneduce, da Poli, discorda do reajuste zero, mas acha que a greve não é efetiva (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
 
Cidade Universitária de férias
Na Escola Politécnica (Poli), onde há pouca tradição de adesão a movimentos grevistas, a maioria dos professores já concluiu o semestre, e os únicos estudantes circulando por alguns prédios eram alunos de um curso a distância de MBA de engenharia de segurança do Departamento de Minas e de Petróleo. "De manhã tivemos aula e à tarde teremos prova", afirmou Ronaldo Pereira Jorge Júnior, de 34 anos, matriculado no curso.
O MBA é pago e está ligado ao Programa de Educação Continuada da Poli (Pece). Três alunas do curso afirmaram que, em maio, quando se falava na greve iminente de professores, alguns estudantes questionaram o que aconteceria com os módulos e o calendário. "Mas disseram que não se aplicava a nós", explicou uma das estudantes ao G1.
Flávio Beneduce, professor de termodinâmica do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materias, disse que tem ido à universidade diariamente e que concluiu o semestre de aulas seguindo o calendário original. "As minhas notas eu lancei [no sistema]", afirmou ele, explicando que a decisão de não entrar em greve foi coletiva entre os professores do seu departamento. Ele diz, porém, que acha justa a reivindicação dos professores e funcionários. "Claro que não concordo [com o reajuste zero], e espero que a reitoria esteja fazendo alguma coisa para resolver o problema. Por outro lado, vejo que a greve é pouco efetiva. Deveria ter uma atuação mais política, no corpo a corpo", afirmou ele.
Na Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA), os únicos estudantes de graduação circulando pelo prédio eram membros do centro acadêmico ou da empresa júnior. Segundo uma delas, as aulas ocorreram normalmente e a greve não afetou o calendário. Nesta segunda, a maior parte das pessoas no prédio participavam de um evento sobre teoria dos jogos e das aulas de um cursinho popular realizado no local.

Fonte: G1.com

Em greve há 63 dias, Unicamp altera calendário letivo e adia volta às aulas

Em greve há 63 dias, Unicamp altera calendário letivo e adia volta às aulas

Com atividades atrasadas, 2º semestre teve início transferido para setembro.
Docentes decidiram parar em junho, após congelamento dos salários.

Do G1 Campinas e Região
A Unicamp adiou, de 4 de agosto para 1º de setembro, o início do segundo semestre letivo para os alunos da graduação e da pós-graduação, em virtude da greve de funcionários e professores que estão parados há mais de dois meses. Segundo nota divulgada pela instituição, na tarde desta quarta-feira (30), a mudança é necessária para a conclusão das atividades do 1º semestre de 30% das turmas, que ainda precisam fazer reposição de aulas, provas e trabalhos, e envio das notas.

De acordo com a universidade, estão normalizadas as notas e frequências de 69,8% das turmas da graduação, que somam 18,3 mil alunos, e também 70,1% das turmas da pós graduação, que têm 16,1 mil estudantes. Ao todo, na instituição, trabalham 2 mil professores e também 7,8 mil técnicos administrativos. As reposições serão feitas, segundo o comunicado da universidade, de acordo com as avaliações de cada unidade de ensino e pesquisa.
Funcionários da Unicamp decidem manter greve em Campinas  (Foto: Beeroth de Souza ) 
Funcionários da Unicamp decidem manter greve na última assembleia (Foto: Beeroth de Souza)
 
Paralisação
Os docentes da Unicamp decidiram parar as atividades em junho, após decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que congelou os salários da categoria e também dos funcionários técnicos-administrativos.

A entidade alega que o reajuste zero é necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento das instituições com folhas de pagamentos: 95,4% na Unesp, 97,3% na Unicamp e 105,3% na USP. O impasse deve continuar pelo menos até setembro, quando a entidade planeja retomar as negociações da data-base.

No comunicado, a universidade condiciona o novo prazo de início do 2º semestre à "hipótese de que os problemas se resolvam no menor prazo possível". A nova data, 1º de setembro, diz a instituição, também está relacionada ao completo processamento das matrículas do segundo semestre letivo.

De acordo com Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), 60% dos profissionais aderiram à paralisação. A assessoria da Unicamp, no entanto, diz que 28% de servidores e professores paralisaram. A associação representativa dos professores também afirmou que está agendada para esta quinta-feira (31) uma reunião entre representantes da categoria e o reitor.

Ato de funcionários e alunos em campus da Unicamp, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas) 
Alunos apoiam greve de funcionários e docentes da Unicamp   (Foto: Fernando Pacífico / G1)
 
USP e Unesp
O G1 entrou em contato com as assessorias de imprensa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também integram o mesmo movimento pelo reajuste salarial de funcionários e professores, para saber se o calendário do segundo semestre será alterado nas duas instituições.

Segundo a assessoria da USP, “não houve até o momento nenhuma alteração no calendário oficial”, que marca o início das aulas do segundo semestre para 4 de agosto. Já na Unesp, a assessoria de imprensa da Reitoria afirmou que todas as 34 unidades espalhadas por 24 cidades do Estado de São Paulo têm autonomia para definir seu calendário letivo. “Quanto à reposição das atividades prejudicadas na Unesp, a Congregação de cada unidade afetada, terminada a greve, é responsável pela aprovação de um novo calendário escolar”, afirmou a Unesp em nota.
Reitor contra o reajuste zero
Em entrevista no dia 9 de junho, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou pela primeira vez sobre a greve e afirmou que é contra o reajusto zero. Além disso, disse que iria propor a reabertura das negociações no Cruesp. Apesar disso, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que proporia na ocasião e, segundo representantes dos sindicatos, ele também não se manifestou abertamente sobre o tema nas reuniões posteriores do conselho de reitores.
O Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação da Unicamp, se posicionou favorável à reabertura das negociações salarias em reunião que ocorreu em 27 de maio.

Fonte: G1.com