Em greve há 63 dias, Unicamp altera calendário letivo e adia volta às aulas
Com atividades atrasadas, 2º semestre teve início transferido para setembro.
Docentes decidiram parar em junho, após congelamento dos salários.
A Unicamp
adiou, de 4 de agosto para 1º de setembro, o início do segundo semestre
letivo para os alunos da graduação e da pós-graduação, em virtude da
greve de funcionários e professores que estão parados há mais de dois
meses. Segundo nota divulgada pela instituição, na tarde desta
quarta-feira (30), a mudança é necessária para a conclusão das
atividades do 1º semestre de 30% das turmas, que ainda precisam fazer
reposição de aulas, provas e trabalhos, e envio das notas.
De acordo com a universidade, estão normalizadas as notas e frequências de 69,8% das turmas da graduação, que somam 18,3 mil alunos, e também 70,1% das turmas da pós graduação, que têm 16,1 mil estudantes. Ao todo, na instituição, trabalham 2 mil professores e também 7,8 mil técnicos administrativos. As reposições serão feitas, segundo o comunicado da universidade, de acordo com as avaliações de cada unidade de ensino e pesquisa.
Paralisação
Os docentes da Unicamp decidiram parar as atividades em junho, após decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que congelou os salários da categoria e também dos funcionários técnicos-administrativos.
A entidade alega que o reajuste zero é necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento das instituições com folhas de pagamentos: 95,4% na Unesp, 97,3% na Unicamp e 105,3% na USP. O impasse deve continuar pelo menos até setembro, quando a entidade planeja retomar as negociações da data-base.
No comunicado, a universidade condiciona o novo prazo de início do 2º semestre à "hipótese de que os problemas se resolvam no menor prazo possível". A nova data, 1º de setembro, diz a instituição, também está relacionada ao completo processamento das matrículas do segundo semestre letivo.
De acordo com Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), 60% dos profissionais aderiram à paralisação. A assessoria da Unicamp, no entanto, diz que 28% de servidores e professores paralisaram. A associação representativa dos professores também afirmou que está agendada para esta quinta-feira (31) uma reunião entre representantes da categoria e o reitor.
USP e Unesp
O G1 entrou em contato com as assessorias de imprensa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também integram o mesmo movimento pelo reajuste salarial de funcionários e professores, para saber se o calendário do segundo semestre será alterado nas duas instituições.
Segundo a assessoria da USP, “não houve até o momento nenhuma alteração no calendário oficial”, que marca o início das aulas do segundo semestre para 4 de agosto. Já na Unesp, a assessoria de imprensa da Reitoria afirmou que todas as 34 unidades espalhadas por 24 cidades do Estado de São Paulo têm autonomia para definir seu calendário letivo. “Quanto à reposição das atividades prejudicadas na Unesp, a Congregação de cada unidade afetada, terminada a greve, é responsável pela aprovação de um novo calendário escolar”, afirmou a Unesp em nota.
Reitor contra o reajuste zero
Em entrevista no dia 9 de junho, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou pela primeira vez sobre a greve e afirmou que é contra o reajusto zero. Além disso, disse que iria propor a reabertura das negociações no Cruesp. Apesar disso, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que proporia na ocasião e, segundo representantes dos sindicatos, ele também não se manifestou abertamente sobre o tema nas reuniões posteriores do conselho de reitores.
O Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação da Unicamp, se posicionou favorável à reabertura das negociações salarias em reunião que ocorreu em 27 de maio.
Fonte: G1.com
De acordo com a universidade, estão normalizadas as notas e frequências de 69,8% das turmas da graduação, que somam 18,3 mil alunos, e também 70,1% das turmas da pós graduação, que têm 16,1 mil estudantes. Ao todo, na instituição, trabalham 2 mil professores e também 7,8 mil técnicos administrativos. As reposições serão feitas, segundo o comunicado da universidade, de acordo com as avaliações de cada unidade de ensino e pesquisa.
Funcionários da Unicamp decidem manter greve na última assembleia (Foto: Beeroth de Souza)
Os docentes da Unicamp decidiram parar as atividades em junho, após decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que congelou os salários da categoria e também dos funcionários técnicos-administrativos.
A entidade alega que o reajuste zero é necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento das instituições com folhas de pagamentos: 95,4% na Unesp, 97,3% na Unicamp e 105,3% na USP. O impasse deve continuar pelo menos até setembro, quando a entidade planeja retomar as negociações da data-base.
No comunicado, a universidade condiciona o novo prazo de início do 2º semestre à "hipótese de que os problemas se resolvam no menor prazo possível". A nova data, 1º de setembro, diz a instituição, também está relacionada ao completo processamento das matrículas do segundo semestre letivo.
De acordo com Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), 60% dos profissionais aderiram à paralisação. A assessoria da Unicamp, no entanto, diz que 28% de servidores e professores paralisaram. A associação representativa dos professores também afirmou que está agendada para esta quinta-feira (31) uma reunião entre representantes da categoria e o reitor.
Alunos apoiam greve de funcionários e docentes da Unicamp (Foto: Fernando Pacífico / G1)
O G1 entrou em contato com as assessorias de imprensa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também integram o mesmo movimento pelo reajuste salarial de funcionários e professores, para saber se o calendário do segundo semestre será alterado nas duas instituições.
Segundo a assessoria da USP, “não houve até o momento nenhuma alteração no calendário oficial”, que marca o início das aulas do segundo semestre para 4 de agosto. Já na Unesp, a assessoria de imprensa da Reitoria afirmou que todas as 34 unidades espalhadas por 24 cidades do Estado de São Paulo têm autonomia para definir seu calendário letivo. “Quanto à reposição das atividades prejudicadas na Unesp, a Congregação de cada unidade afetada, terminada a greve, é responsável pela aprovação de um novo calendário escolar”, afirmou a Unesp em nota.
Em entrevista no dia 9 de junho, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou pela primeira vez sobre a greve e afirmou que é contra o reajusto zero. Além disso, disse que iria propor a reabertura das negociações no Cruesp. Apesar disso, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que proporia na ocasião e, segundo representantes dos sindicatos, ele também não se manifestou abertamente sobre o tema nas reuniões posteriores do conselho de reitores.
O Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação da Unicamp, se posicionou favorável à reabertura das negociações salarias em reunião que ocorreu em 27 de maio.
Fonte: G1.com
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