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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Em greve há 63 dias, Unicamp altera calendário letivo e adia volta às aulas

Em greve há 63 dias, Unicamp altera calendário letivo e adia volta às aulas

Com atividades atrasadas, 2º semestre teve início transferido para setembro.
Docentes decidiram parar em junho, após congelamento dos salários.

Do G1 Campinas e Região
A Unicamp adiou, de 4 de agosto para 1º de setembro, o início do segundo semestre letivo para os alunos da graduação e da pós-graduação, em virtude da greve de funcionários e professores que estão parados há mais de dois meses. Segundo nota divulgada pela instituição, na tarde desta quarta-feira (30), a mudança é necessária para a conclusão das atividades do 1º semestre de 30% das turmas, que ainda precisam fazer reposição de aulas, provas e trabalhos, e envio das notas.

De acordo com a universidade, estão normalizadas as notas e frequências de 69,8% das turmas da graduação, que somam 18,3 mil alunos, e também 70,1% das turmas da pós graduação, que têm 16,1 mil estudantes. Ao todo, na instituição, trabalham 2 mil professores e também 7,8 mil técnicos administrativos. As reposições serão feitas, segundo o comunicado da universidade, de acordo com as avaliações de cada unidade de ensino e pesquisa.
Funcionários da Unicamp decidem manter greve em Campinas  (Foto: Beeroth de Souza ) 
Funcionários da Unicamp decidem manter greve na última assembleia (Foto: Beeroth de Souza)
 
Paralisação
Os docentes da Unicamp decidiram parar as atividades em junho, após decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) que congelou os salários da categoria e também dos funcionários técnicos-administrativos.

A entidade alega que o reajuste zero é necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento das instituições com folhas de pagamentos: 95,4% na Unesp, 97,3% na Unicamp e 105,3% na USP. O impasse deve continuar pelo menos até setembro, quando a entidade planeja retomar as negociações da data-base.

No comunicado, a universidade condiciona o novo prazo de início do 2º semestre à "hipótese de que os problemas se resolvam no menor prazo possível". A nova data, 1º de setembro, diz a instituição, também está relacionada ao completo processamento das matrículas do segundo semestre letivo.

De acordo com Associação de Docentes da Unicamp (Adunicamp), 60% dos profissionais aderiram à paralisação. A assessoria da Unicamp, no entanto, diz que 28% de servidores e professores paralisaram. A associação representativa dos professores também afirmou que está agendada para esta quinta-feira (31) uma reunião entre representantes da categoria e o reitor.

Ato de funcionários e alunos em campus da Unicamp, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas) 
Alunos apoiam greve de funcionários e docentes da Unicamp   (Foto: Fernando Pacífico / G1)
 
USP e Unesp
O G1 entrou em contato com as assessorias de imprensa da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também integram o mesmo movimento pelo reajuste salarial de funcionários e professores, para saber se o calendário do segundo semestre será alterado nas duas instituições.

Segundo a assessoria da USP, “não houve até o momento nenhuma alteração no calendário oficial”, que marca o início das aulas do segundo semestre para 4 de agosto. Já na Unesp, a assessoria de imprensa da Reitoria afirmou que todas as 34 unidades espalhadas por 24 cidades do Estado de São Paulo têm autonomia para definir seu calendário letivo. “Quanto à reposição das atividades prejudicadas na Unesp, a Congregação de cada unidade afetada, terminada a greve, é responsável pela aprovação de um novo calendário escolar”, afirmou a Unesp em nota.
Reitor contra o reajuste zero
Em entrevista no dia 9 de junho, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou pela primeira vez sobre a greve e afirmou que é contra o reajusto zero. Além disso, disse que iria propor a reabertura das negociações no Cruesp. Apesar disso, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que proporia na ocasião e, segundo representantes dos sindicatos, ele também não se manifestou abertamente sobre o tema nas reuniões posteriores do conselho de reitores.
O Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação da Unicamp, se posicionou favorável à reabertura das negociações salarias em reunião que ocorreu em 27 de maio.

Fonte: G1.com

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