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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Primeira na UnB passou 4 vezes em engenharia e 9 em medicina

Primeira na UnB passou 4 vezes em engenharia e 9 em medicina

'Não me julgo inteligente. Julgo-me esforçada', diz jovem.
Aos 18 anos, Isadora escolheu área de saúde, na USP.

Raquel Morais Do G1 DF
Isadora Santos Bittar, primeira colocada no PAS da UnB e aprovada nove vezes em medicina e quatro vezes em engenharia (Foto: Isadora Bittar/Arquivo pessoal)Isadora Santos Bittar, primeira colocada no PAS da UnB e aprovada nove vezes em medicina e quatro vezes em engenharia (Foto: Isadora Bittar/Arquivo pessoal)
 
Primeira colocada no Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília, Isadora Santos Bittar, de 18 anos, chama a atenção pela humildade: ela afirma não se julgar inteligente e diz que se sentiu aliviada com o bom resultado. Mas a lista de conquistas da menina, que começaram ainda no 1º ano do ensino médio, não para por aí: são quatro aprovações para engenharia e nove para medicina em diversas universidades públicas.
Eu sonhava com os bons resultados, mas não tinha certeza de que iria consegui-los. Senti-me feliz e aliviada com eles. Eu não me julgo inteligente, conheço pessoas tanto mais quanto menos inteligentes do que eu, então vejo como algo relativo. Julgo-me esforçada"
Isadora Santos Bittar, estudante de 18 anos aprovada nove vezes em medicina e quatro vezes em engenharia
A primeira delas ocorreu no final do 1º ano do ensino médio, quando ela ficou em primeiro lugar em engenharia no campus de Catalão da Universidade Federal de Goiás, pelo Sisu. No ano seguinte, ela foi aprovada para o mesmo curso na UFG (no meio do ano) e na Universidade Federal de Ouro Preto e para medicina na Universidade Federal do Ceará, na UniRio e na UFG (final de 2012).
Já no 3º ano, Isadora conquistou o primeiro lugar em engenharia na UFG e o terceiro em medicina na Universidade Federal Fluminense na metade do ano, e o quarto lugar em medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, o quarto lugar em medicina na Universidade Estadual de São Paulo, o terceiro na Universidade de São Paulo, o primeiro na UnB e uma vaga na Universidade Federal de São Paulo no final do ano.
Ciente de que obteve desempenhos admiráveis, a menina não se deixa impressionar. "Eu sonhava com os bons resultados, mas não tinha certeza de que iria consegui-los. Senti-me feliz e aliviada com eles", afirma.
"Eu não me julgo inteligente, conheço pessoas tanto mais quanto menos inteligentes do que eu, então vejo como algo relativo. Julgo-me esforçada. Acho que os bons resultados vieram do esforço; do hábito de leitura que tenho desde criança - ajudou na interpretação dos enunciados, assimilação do conteúdo e elaboração de respostas. Além disso, o contato com professores e amigos críticos, conscientes", completou a jovem.
A preparação, segundo Isadora, aconteceu ao longo de todo o ensino médio. Ela estudava entre três e quatro horas por dia no primeiro ano, fazendo listas de exercícios e revisando a matéria do dia. Na série seguinte, a jovem passou a resolver provas de vestibular de anos anteriores e a ler sobre as matérias em que tinha dificuldade. Na última etapa, ela incluiu ainda leituras sobre assuntos diversos nas tardes e noites em que não tinha aula.
Meu tempo de estudo variou muito. Em um domingo conseguia estudar mais de sete horas, mas durante a semana às vezes eram menos de quatro. Fazia mais exercícios do que lia. Para mim exercitar é o mais importante na preparação"
Isadora Santos Bittar, estudante de 18 anos aprovada nove vezes para medicina e quatro para engenharia
"Nessa fase meu tempo de estudo variou muito. Em um domingo conseguia estudar mais de sete horas, mas durante a semana às vezes eram menos de quatro. Fazia mais exercícios do que lia. Para mim exercitar é o mais importante na preparação. No primeiro e segundo anos sobrava muito tempo para o lazer, no terceiro reduziu bastante, mas eu continuei reservando um tempo para ler, ver um filme ou conversar com os amigos, pois o estresse é um dos piores inimigos", lembra.
Além disso, a jovem fazia caminhada e corrida para controlar a ansiedade e conversava com o namorado, amigos e professores para se sentir mais confiante. E, para as provas, levava suco, bolacha e chocolate.
Ansiosa em relação à nova etapa, a garota, que se prepara para deixar Goiânia, se diz feliz. "A partir de agora eu espero ter mais tempo para atividades extracurriculares. Creio que a rotina será um pouco pesada, pois a grade do meu curso é bem densa, mas menos cansativa do que no ensino médio, pois há menor pressão e vou estudar coisas pelas quais me interesso bastante."

Escolha
Motivada pelos incentivos à pesquisa e intercâmbio, qualidade do corpo docente, infraestrutura e tradição, Isadora optou por cursar medicina na USP. Ela afirma que ainda não se decidiu em relação à especialidade, mas garante já ter cogitado cirurgia-geral, obstetrícia, genética e saúde da família.
Já a escolha do curso aconteceu no 2º ano, depois de ela se ver inclinada para jornalismo, direito, química, física médica, engenharias civil e elétrica e biotecnologia. "Sempre gostei muito de biológicas e exatas, mas percebi que não queria me aprofundar em matemática e física (estudando cálculo, por exemplo). Já sobre biologia eu queria conhecer cada vez mais, principalmente nas áreas de citologia, genética e fisiologia. Além disso, comecei a me interessar pela atuação médica na cura, no alívio da dor, pela medicina humanizada. Então optei pelo curso", explica.

Isadora não esconde as expectativas para a nova fase. "Espero aprender bastante, envolver-me em projetos de pesquisa e trabalhar tanto pelo progresso científico quanto por uma medicina humanizada, cujo foco seja auxiliar o paciente, e não possibilitar enriquecimento ou status ao profissional."

Fonte: G1.com

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