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G1 conversou com primeiros colocados da UFMG.
Mariana Drummond Martins Lima, de 18 anos, conquistou o 1º lugar geral, e
uma vaga para o curso de medicina. Ela fez 858,54 pontos. Conseguiu
ainda aprovação na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de São Paulo (USP).
Mariana estudou, durante três anos, na unidade brasileira da Escola
Bolshoi, que fica em Joinville (SC), e que é considerado o grupo mais
famoso de balé do mundo. Há dois anos,
tomou a decisão de largar a vida de bailarina para se dedicar integralmente aos estudos e entrar na faculdade de medicina.
Pedro Henrique Torres Menezes, da mesma idade, levou o 3º lugar geral e
também vai estudar para ser médico. A nota foi 855,10 pontos. Ele
também foi o 5º lugar geral no Brasil pelo Sistema de Seleção Unificada (
Sisu) e ainda consegiu passar na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Pedro Henrique Torres Menezes foi o 3º lugar geral na UFMG (Foto: Alex Araújo/G1)
E Gabriel Moreira Alves Reis, de 22 anos, arrebatou o 4º lugar geral e
uma vaga na Faculdade de Medicina. A pontuação foi de 847,08 pontos. Ele
ainda foi aprovado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
(PUC-Minas).
A partir da rotina de estudos destes campeõs, veja dicas para não perder tempo e otimizar os estudos:
Aprofunde os conhecimentos em casa
O estudante Pedro Henrique conta que ampliava e aprofundava em casa o
que aprendia dentro de sala de aula. Para ele, não ficar com dúvidas e
estar atento às explicações dos professores garantem um aprendizado
favorável.
Monte um horário de estudos
Paralelo a isso, ele diz que preferia estudar individualmente a estudar
em grupo. De segunda-feira a sábado, das 7h às 12h40, o jovem estava em
sala de aula e, três vezes por semana, tinha aulas à tarde. Aos
sábados, até as 19h, fazia simulados.
Preste atenção dentro de sala
O segredo, segundo Pedro, é ficar atento aos ensinamentos passados
pelos professores. Para ele, não adianta estar presente nas aulas se a
atenção estiver dispersa.
Estude mais as matérias que considere mais difíceis
Para Pedro, química, história e filosofia eram a combinação de
disciplinas mais difíceis. Por isso, ele dedicava mais tempo de estudo.
Faça leituras de textos variados
Além dos conhecimentos adquiridos dentro de sala de aula, ele os
ampliava por meio de leituras diversificadas. Pedro fala que fazia
conexões com o que aprendia dentro de sala de aula. “Para ser médico é
preciso ter formação humana”, avalia. Além do conhecimento, segundo ele,
a leitura aumenta o vocabulário.
Deixe as 'neuroses' de lado
Um dos maiores erros que podem prejudicar o candidato é deixar de se
alimentar e de dormir, exemplifica Pedro. O estudante disse que esse
tipo de "neurose", usada por ele como uma força de expressão, não faz o
aluno ser aprovado. “Não adianta querer recuperar em um ano [no 3º ano] o
que não foi feito antes”. Para não se estressar, ele conta que, dois
dias antes do Enem, parou de estudar. Pedro também fala que perder
noites de sono só prejudica as saúdes mental e física.
Mariana Drummond conquistou o 1º lugar geral na UFMG (Foto: Alex Araújo/ G1)
Pesquise sobre o que pretende estudar
Já Mariana Drummond diz que é preciso pesquisar sobre o curso que se
pretende fazer para ter tempo hábil de preparo. “Decidir na última hora
pode tirar o foco”.
Faça resumo da matéria
E para manter o foco, Mariana conta que fazia um resumo do que ela
havia estudado na escola. Segundo ela, o esquema era feito para todas as
matérias. Depois ela fazia uma leitura em voz alta, o que, segundo ela,
ajudava na fixação do conteúdo.
Prepare-se para a redação
Outra prática de Mariana era com relação à redação. Ela comenta que
procurava na internet temas que foram usados em exames anteriores.
Estude diariamente
E a rotina de estudos era muito ampla. Depois que chegava do colégio,
dedicava-se aos estudos, diariamente, das 13h30 às 23h30, fazendo pausas
somente para ir ao banheiro, se alimentar e tomar banho.
Leia sempre
Além das leituras diárias obrigatórias, Mariana conta que se preocupava
também em ler literatura. “É bom por causa das noções de gramática e
enriquecimento do vocabulário. E o Enem também é interdisciplinar.
Acompanhava o noticiário pela internet”. Além das apostilas, ela também
estudava em outros livros como os de biologia, química e física.
Diminua o lazer
E apenas a dedicação nas leituras não era suficiente para Mariana. No
3º ano do ensino médio, ela deixava de sair e de viajar para adiantar as
matérias e reestudar as do 2º ano.
Faça vestibular como treineira
Desde o 1º ano, Mariana fez vestibulares e o "Enems" como treineira em
faculdades públicas e particulares. “Isso ajuda porque na primeira vez
que eu fiz, eu estava nervosa. Depois, na terceira vez, eu já estava
calma”, avalia.
Gabriel Moreira Alves Reis ficou com o 4º lugar geral (Foto: Alex Araújo/G1)
Comece a se preparar no 3º ano
Gabriel Reis conta que começou a se preparar para os vestibulares desde
que cursava o 3º ano do ensino médio, onde conseguiu “uma base
bem-feita”.
Aprenda o que a redação pede
Para ele, fazer redação e interpretar o que o Enem pede é essencial
para se fazer uma boa redação. Para treinar, ele diz que fazia textos
extras. “Tem que se fazer um esforço e se adaptar ao que o Enem pede”.
Faça todos os simulados
O estudante participou de todos os simulados que o cursinho ofereceu
durante o ano. “Eles são desgastantes porque são muito próximos à
realidade do Enem".
Além dos simulados, Gabriel também se dedicava aos estudos, em casa,
diariamente, das 14h às 18h. Aos sábados, tinham os simulados e, aos
domingos, ele descansava.
Faça esquemas
Em biologia, por exemplo, ele fazia resumos escritos do que havia
aprendido. Em matemática, resolvia os exercícios das apostilas. Já em
física, lia a matéria e também solucionava os exercícios. Ele conta que
sempre estudava sozinho.
Priorize os estudos, mas ‘não abra mão da vida’
Gabriel dosava a rotina escolar atividades físicas como o futebol. “Não
se pode abandonar a vida por causa do Enem. É preciso conciliar”. Mesmo
assim, ele diz que tinha pouco tempo para a família, a namorada e os
amigos. Foi preciso reestruturar para não abandonar nenhum deles. O
estudante admite que os programas com a namorada e com os amigos
diminuíram.
Fonte: G1.com