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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Estudantes nota 1.000 na redação do Enem dão dicas para prova da Fuvest


Estudantes nota 1.000 na redação do Enem dão dicas para prova da Fuvest

Segunda fase da Fuvest que foi no domingo (6).
'Não adianta ser super criativo, se não for coeso', diz estudante de SP.

Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
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Depois de alcançar nota máxima na dissertação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ou seja, 1.000 pontos, os estudantes Laís Inoue Kurusu, de 18 anos, e Gabriel Pacianotto Gouveia, de 17 anos, derão dicas para a prova de redação da segunda fase do vestibular da Fuvest, que foi no domingo (6). Ambos, moradores de São Paulo, também estão na disputa.

Laís Kurusu, de 18 anos, não esperava tirar nota máxima na redação do Enem (Foto: Arquivo pessoal) 
Laís Kurusu, de 18 anos, com o livro 'Til', de José Alencar, cobrado pela primeira vez pela Fuvest (Foto: Arquivo pessoal).
 
Para se dar bem na redação do Enem que teve como tema "Movimento imigratório para o Brasil no século 21", os estudantes dizem que contaram com uma base teórica adquirida após muito estudo e leitura. Laís leu 15 livros no ano passado, Gabriel mantém a média de ler um título a cada duas ou três semanas. Os dois também leem revistas, jornais e sites e para treinar, escreveram em 2012 pelo menos um texto por semana. Ambos concluíram o ensino médio no Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo. Para Gabriel, não à toa os vestibulandos temem as redações dos vestibulares, pois os estudantes não são formados para escrever dissertações no modelo cobrado, além do mais o critério da correção é subjetivo. “Tem de ter técnica, além de criatividade. Não adianta ser super criativo, se não for coeso. Se o estudante usar seu repertório para citar algo de filosofia ou sociologia, ganha muito. Mas não temos hábito de fazer isso, nossa educação é fragmentada, não junta as matérias."
 
  Uma recomendação de Gabriel é a de se atentar ao modelo cobrado pela instituição. No caso do Enem, segundo ele, foi fundamental não apresentar nenhum juízo de valor sobre a imigração e propor soluções ao problema. No texto, abordou a questão de que muitos imigrantes têm boa formação e o mercado brasileiro precisa de mão de obra especializada e para os menos qualificados era necessário oferecer cursos profissionalizantes. "A nota deu ânimo para a USP, sei que os modelos das redações são diferentes, mas aliviou bastante porque mostra que eu estava preparado", afirma.
Mesmo com uma excelente nota do Enem (811 pontos), Gabriel não pretende entrar na disputa do Sisu, quer mesmo estudar engenharia elétrica na USP. Nesta reta final, o estudante deu uma pausa nos estudos para descansar. Razoavelmente confiante, como se define, diz que também contou com um pouco de sorte para gabaritar na redação do Enem. "Caí com o corretor certo que estava de bom humor", brinca.

Gabriel Gouveia, nota 1.000 na redação do Enem, deu pausa nos estudos (Foto: Arquivo pessoal)Gabriel Gouveia, nota 1.000 na redação do Enem, deu pausa nos estudos (Foto: Arquivo pessoal)
 
‘Não me daria dez’
Laís conta que não esperava 1.000 na redação do Enem, pois apesar de ter facilidade para escrever, considerou boa sua introdução, mas não o texto todo. "Não me daria dez, mas fiquei muito feliz", diz, modesta.
Como estratégia de organização, ela indica um bom rascunho separando as ideias por parágrafos, antes de partir para o texto final. Na redação do Enem, fez críticas à ausência de políticas públicas brasileiras específicas para os imigrantes e propôs medidas para melhor recebê-los, como cursos de especialização. "Coloquei bastante exemplo, isso ajudou e também dei argumentos históricos. Falei da legislação específica da época do Getúlio Vargas."
A estudante teve média geral de 788 pontos no Enem, e vai usar o exame para disputar vaga no curso de engenharia de produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou tentar uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) no Centro Universitário da Fei.
Além da USP, Laís também foi aprovada para a segunda fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). "Tirar 1.000 na redação do Enem deu uma animada para fazer as segundas fases, mas não dá para relaxar. Não parei de estudar. Chego na escola às 7h e só saio às 20h", afirma.

Fonte: G1.com

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