Início do domínio de Roma; algumas regiões do Mediterrâneo Ocidental dominadas pelos cartagineses. Norte da Europa habitado pelos celtas; no oriente, os Impérios Seleucida e Ptolomaico se enfrentam.
Roma engolfa todo o continente (nota: não existe ano zero; o autor provavelmente quis dizer ano 1)
Povos germânicos, em parte atribulados pela Confederação dos Hunos, assolam o Império Romano Ocidental, embora o Oriental permaneça
O reino Franco detém o avanço árabe em Poitiers (a batalha também possui uma segunda data alternativa, 732); as bolas tricolores representam os vassalos Francos.
O Califado de Córdoba, na península ibérica, é mostrado com um livro, simbolizando a rica cultura que floresceu ali, embora o Califado em si tenha entrado em colapso em 1031, devido a disputas internas. A Europa Ocidental Já aparece monopolizada pela França e pelo Sacro Império Romano Germanico. No centro da península ibérica os Estados Pontifícios são representados com uma espada apontada para o leste, simbolizando as cruzadas; no oriente, já se vê alguns reinos e principados cristãos onde antes haviam dominado os turcos seljúcidas.
Aumento da fragmentação européia. A reconquista da península ibérica aos muçulmanos está quase completada, com exceção do reino de Granada ao sul. Destaque para as invasões mongóis a leste, que expulsam os turcos e ameaçam os aiúbidas da Síria e do Egito. Nas ilhas britânicas, se desnvolvem as guerras pela independência escocesa (retradas no filme Braveheart). Na região da atual Rússia, estabelece-se a Horda Dourada, um Canato muçulmano fundado pelos mongóis.
Enquanto Espanha e Portugal se empenham nas Grandes Descobertas, França e os pequenos estados italianos se enfrentam numa luta pelo poder na região. Ao leste, o Império Otomano tenta subjugar a Hungria.
Espanha, dona também de Portugal, Aragão e Sicília, é representada estando em cima de um monte de ouro. Também são representadas as rivalidades entre o Império Otomano, a Áustria e Veneza.
Está representada a Guerra da Sucessão Espanhola, causada pela pretensão d o rei Francês em ver os tronos da França e da Espanha unidas sob um único governante, o que causou uma guerra entre estes dois países e seus inimigos.
Auge do poder napoleônico, que ainda tiraniza a Espanha, depois de haver vencido várias vezes a Áustria e a Prússia (representadas com ataduras).
Europa nas vésperas da Guerra da Criméia (1853-1856), travada entre o Império Russo e uma aliança formada pelos impérios Francês, Britânico e Otomano, pela influência a ser exercida nos Bálcãs.
Primeira Guerra Mundial: Uma Aliança Germânica, formada por Alemanha e Áustria-Hungria, sentido-se ameaçada pelas potências circundantes, engolfa toda a Europa na maior guerra já vista até então.
Europa às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Abaixo, apresenta-se a guerra já em seu decurso: Alemnha, senhora de praticamente todo o continente, começa a perder espaço perante o contra-ataque soviético depois da quebra do cerco a Leningrado e da derrota alemã em Stalingrado.
Termina nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, o período de inscrições para a segunda etapa do Programa Universidade Para Todos (ProUni). A lista dos selecionados nesta etapa será divulgada no domingo, dia 27, e a comprovação dos documentos necessários deverá ser feita até 4 de março. No caso de ainda existirem bolsas disponíveis, será feita uma segunda chamada no dia 13 de março.
Os alunos interessados podem realizar a inscrição aqui.
Quem se inscreveu na primeira etapa e não foi pré-selecionado, ou quem foi pré-selecionado para cursos em que não houve formação de turma, pode candidatar-se novamente às bolsas. Os estudantes que não se inscreveram na primeira etapa também terão nova oportunidade de se inscrever. Já quem foi pré-selecionado e conseguiu a bolsa na primeira etapa não pode se inscrever nesta etapa. Ao efetuar sua inscrição, o estudante poderá escolher até três opções de curso e instituição.
Na primeira etapa, o programa teve mais de 1 milhão de inscritos para 123.170 bolsas de estudo - 80.520 integrais e 42.650 parciais, de 50% da mensalidade - em aproximadamente 1,5 mil instituições de educação superior de todo o país. O número de candidatos foi o maior já registrado na história do ProUni, criado em 2004, superando os 822 mil do processo de 2010, até então a maior marca.
Para participar do ProUni, é preciso ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou estabelecimento privado com bolsa integral. É necessário ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, atingido o mínimo de 400 pontos na média das cinco provas e não ter tirado zero na redação.
“Pensar a formação do Brasil sem olhar para Portugal é um esforço tão inútil quanto estudar a nação portuguesa deixando de lado sua notável expansão colonial.”
Joaquim Romero de Magalhães, Professor de História da Universidade de Coimbra. Historiador.
Cumpriu-se, a 10 de junho de 2006, mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A data, que tem muito a ver conosco – brasileiros, amazônidas, sobramistas, como logo se evidenciará -, foi solenemente comemorada pela Comunidade Luso-Brasileira do Pará, na bela sede social do Grêmio Literário e Recreativo Português, dentre outros modos com a exibição, em "avant première", do filme “Cariaú-Catu – A Grande Expedição de Pedro Teixeira”, produção luso-parauara que narra a saga da viagem desse desbravador lusitano pelo rio-mar, no século XVII.
Os portugueses, nossos descobridores e colonizadores, legaram-nos acervo patrimonial de tamanha envergadura, como não se encontra paralelo em outros países. Em primeiro lugar, esta riqueza incomensurável representada pela Língua Portuguesa, hoje um dos mais importantes e difundidos idiomas do Globo Terrestre, que todos devemos cultuar, difundir e dela nos ufanar. A seguir, na mesma linha de importância, a vastidão de nosso território, de dimensões continentais, que abriga, em sua maior porção, a Amazônia, dádiva da Mãe-Natureza que nos pertence, hoje, graças à intrepidez e determinação deste bravo pioneiro, o expedicionário Pedro Teixeira, copartícipe, com Castelo Branco, da fundação de Belém, que em 1637, comandando uma expedição composta por pouco mais de 100 brancos e cerca de 1.500 índios com suas mulheres e filhos, subiu em canoas, no contrafluxo de seu caudal, o portentoso rio Amazonas (maior e mais caudalosa massa fluvial do mundo), nesse percurso destroçando fortins e assentamentos nucleares espúrios de anglos, francos e batavos, eliminando-os ou pondo-os para correr em desabrida fuga, chegando até quase à outra margem - a pacífica - do continente sul-americano, tomando posse das terras percorridas em nome da Coroa Portuguesa, para fixar a marca delimitadora dessa conquista no rio Napo; epopéia, a nosso ver, mais temerária e dificultosa que aquela consumada por Vasco da Gama em busca do caminho marítimo para as Índias, daí porque é ele havido como “o conquistador da Amazônia”. Amazônia em que se inserta nosso soberbo Estado do Pará, cuja capital, primitiva atalaia do Norte, é agora seu portal e metrópole principal. Pois bem! “A terra que o bravo lusitano Pedro Teixeira conquistou empurrando o Meridiano de Tordesilhas até o Napo, recuado para o Javari mais tarde, é hoje mais que nunca, objeto de atenção mundial”, adverte-nos Jarbas Passarinho.
Que lugar sobrou para os contos de fada em uma sociedade onde tudo parece ser “realmente miserável” ? Essa pergunta pode parecer soar estranha, mas mesmo assim ela se mantém ! Como, em um mundo aparentemente tomado pela superficialidade, pela rapidez da vida, pela “depressão” os contos de fadas podem se manter ?
Neste mundo onde por muitas vezes a realidade parece rivalizar com a ficção, será que ainda existe lugar para os contos de fada ? A resposta é sim ! E por quê ? Pelo simples motivo de que estes contos, aparentemente ingênuos em um primeiro olhar, trazem consigo importantes “imagens” e “conceitos” que ajudam tanto aos adultos, mas principalmente as crianças, a formarem um aprendizado sobre as relações da vida, mesmo que de forma inconsciente. Isso acontece principalmente quando nos identificamos com esta ou com aquela personagem de um determinado conto, e quando esta mesma personagem deve resolver algo aparentemente impossível para obter um bem comum, ou uma realização posterior ! Agindo assim, aquele que desfrutou do conto pode agora interiorizar aquilo que aprendeu de forma mais simplificada !
Se você quiser saber uma pouco mais sobre este assunto, que para os alunos do terceiro ano é tema de nossas discussões iniciais sobre o século XX, pode ler um clássico sobre o assunto: A Psicanálise dos contos de fadas de Bruno Bettelheim, ou ainda clicar no continuar lendo abaixo que vai tratar um pouco melhor sobre este tema tão interessante ! Espero que goste ...
Às 14h37, o petróleo tipo Brent para maio negociado na plataforma ICE subia para US$ 105,26 o barril
21 de fevereiro de 2011 | 8h 33
Gustavo Nicoletta, da Agência Estado
LONDRES – Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em alta, impulsionados pelos confrontos entre manifestantes e forças de segurança na Líbia, que trouxeram à tona a preocupação com potenciais interrupções no fornecimento de petróleo produzido na região.
(…)
As manifestações contra o governo na Líbia se espalharam pelas principais cidades do país, entre elas a capital, Tripoli. A violência crescente dos confrontos entre as pessoas que participam dos protestos e as forças de segurança locais levaram várias companhias petrolíferas, entre elas a BP, a retirarem seus funcionários da região. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a suspensão das atividades dessas empresas implica um corte de aproximadamente 50 mil barris de petróleo por dia na produção.
A AIE está em “alerta elevado” para potenciais interrupções no fornecimento de petróleo, segundo David Fyfe, diretor da divisão de Mercados e Indústria Petrolífera do órgão.
A Líbia exporta aproximadamente 1,4 milhão de barris de petróleo por dia, o que torna o país o maior produtor a enfrentar uma tensão política significativa desde o início do ano. Protestos contra os governos da Tunísia e do Egito, que culminaram na queda dos chefes de Estado desses países, não tiveram grande impacto sobre a oferta da commodity.
Já está confirmado que o ano de 2012 será o ano de Portugal no Brasil, e vice-versa!
A literatura é um dos campos mais importantes nessa celebração. A Casa Museu Fernando Pessoa, dirigido pela escritora Inês Pedrosa, já tem programado um filme, a vinda de escritores portugueses ao Brasil e a criação de uma "biblioteca" de autores portugueses da nova geração, com edições populares e baratas!
"Será um filme de 30 minutos dedicado a dez novos autores, com três minutos para cada um, que vai passar nas televisões portuguesas e brasileiras." explica a ministra portuguesa da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Os livros dos novos autores portugueses serão inéditos no Brasil, editados e distribuídos por aqui mesmo. E a vinda de outros autores para participar de palestras e conferências contará com a parceria de instituições locais, como o Instituto Moreira Salles, para que as iniciativas tenham mais visibilidade.
Segundo a ministra Gabriela Canavilhas, a programação das outras áreas, como cinema, artes plásticas, música e teatro, será definida após reunião com a nova ministra da Cultura brasileira, Ana de Hollanda.
O Lá e Cá participará ativamente dessas atividades, e estão em processo de produção três publicações voltadas ao público luso-brasileiro. A primeira delas é a antologia poética de José Jorge Letria, que será lançada em fevereiro (Veja o post anterior). E dos outros títulos falaremos em breve.
Os estudantes estão passando por um período atípico, as merecidas férias. Os estudos são deixados de lado para curtir esta fase ou até mesmo para encarar as provas do vestibular de verão das universidades espalhadas em todo o país. Mas como retomar a rotina perdida de estudos? Para aqueles que não conseguiram passar para o curso desejado, é necessário um ajuste na agenda para incorporar novamente as horas em meio aos livros.
Especialistas afirmam que não adianta estudar pensando em se divertir. Por mais que você reserve apenas 30 minutos ou até mesmo cinco horas para os estudos, elas precisam ser bem aproveitadas. Por esta razão, o importante é equilibrar as horas de curtir as férias com as de estudar (não deixando os livros jogados de lado, porque vai ser bem mais difícil retomar depois de muito tempo longe).
Se você optar em fazer um cronograma durante as férias, alivie nas horas, mas siga a risca para evitar jogar tudo para o alto. Afinal, você quer ou não passar para aquele concurso concorrido?
A disciplina precisa estar presente até mesmo durante as férias e, para isto, curta a praia de manhã, sem peso na consciência. Logo após o almoço evite deitar e estude por algumas horas e depois fique livre para curtir o resto do dia.
Retome aos poucos a rotina e após este período de férias, é só voltar com força total e aguardar o novo vestibular.
O resultado da terceira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) está disponível para consulta pelo Boletim Individual do Aluno. Acesse seu boletim e verifique se foi selecionado(a).
As matrículas dos candidatos selecionados na terceira chamada devem ser feitas nos dias 15 e 16 de fevereiro. Verifique junto às universidades e institutos federais os horários de funcionamento e a documentação necessária.
Lista de Espera: Os candidatos não selecionados ou que foram selecionados em sua segunda opção e desejam continuar concorrendo em sua primeira opção, podem manifestar interesse em participar da Lista de Espera que poderá ser utilizada pelas universidades e institutos federais para o preenchimento das vagas.
A confirmação da participação na Lista de Espera no curso em que efetuou sua inscrição deve ser feita de 13 a 17 de fevereiro, por meio do acesso ao Boletim Individual do Aluno.
ATENÇÃO! Apenas confirme o interesse na Lista de Espera se pretende efetivamente freqüentar o curso.
Renúncia de Mubarak é só o começo da transição democrática, diz Obama
Presidente americano elogia Exército egípcio e garante que apoio ao país vai continuar
11 de fevereiro de 2011 | 18h 14
Tensão no Egito
‘O Egito está livre!’, grita a multidão na Praça Tahrir. Cairo, 11 de fevereiro. Ben Curtis/AP
SÃO PAULO – O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira, 11, que a renúncia do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak é apenas o começo da transição do país rumo à democracia. ” Egito nunca mais será o mesmo. Não é o fim da transição egípcia. É o começo. Estou confiante de que o povo do Egito pode fazer isto pacificamente”, disse Obama em pronunciamento na Casa Branca, transmitido pela CNN.
O presidente americano garantiu o apoio de seu país ao Egito e elogiou o papel do Exército na derrubada de Mubarak, mas cobrou, mais uma vez, uma transição rumo a democracia. “Os militares foram responsáveis e patriotas. Agora deverão comandar uma transição crível aos olhos do Egito. Um caminho claro para eleições livres e justas”, disse.
Obama também ressaltou o caráter histórico do dia de hoje e elogiou os jovens egípcios que iniciaram os protestos contra Mubarak. “O Egito teve um papel importantíssimo na história do mundo em 6 mil anos. Este é o jeito que a democracia verdadeira funciona.A força moral da não-violência vergou a história na direção da Justiça”, disse.
Mubarak renunciou nesta terça-feira após 18 dias de maciços protestos populares no Egito. Ele deixou o Cairo com a família rumo a Sharm el-Sheik, balneário turístico na península do Sinai. O Exército prometeu conduzir o país na transição rumo a um regime democrático. O Conselho Supremo do Exército, sob comando o ministro da Defesa Mohammed Hussein Tantawi, liderará o governo.
Os 30 anos de Hosni Mubarak no poder
De formação militar, presidente atuou na Força Aérea Egípcia e está no governo desde 1981
O atual presidente do Egito, Muhammad Hosni Said Mubarak, nasceu na província de Monufia, no norte do país, em 4 de maio de 1928. Tem formação militar - atuou na Força Aérea Egípcia - e está no governo desde outubro de 1981.
Mubarak é considerado um dos mais poderosos chefes de Estado do Oriente Médio e tem exercido papel de mediador no conflito árabe-israelense, além de ter tido uma função fundamental na disputa do território do Saara Ocidental, entre Marrocos, Argélia e Mauritânia.
Graduou-se pela Academia Militar em 1949 e pela Academia da Força Aérea Egípcia em 1950, da qual foi comandante-chefe a partir de 1972. Seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel em 1973 lhe rendeu o cargo de marechal, concedido um ano depois. Em 1975, o presidente Muhammad Anwar el-Sadat nomeou Mubarak como seu vice-presidente, que seis anos mais tarde assumiu o comando do país, após o assassinato de Sadat. O posto de presidente foi renovado por quatro vezes nestes 30 anos: em 1987, 1993, 1995 e 1999.
Em 6 de outubro de 1981, Mubarak chegou à presidência após Sadat ser baleado por ativistas islâmicos em um desfile militar. Foi aprovado pela população em um referendo no mesmo mês. Em 26 de junho de 1995, sofreu um atentado de homens armados que atacaram seu carro na chegada à cúpula da Organização da Unidade Africana (OUA), em Adis Abeba, capital da Etiópia. Mubarak não se machucou, voltou para o Egito e chegou a acusar um sudanês pela tentativa.
Em 17 novembro de 1997, o maior grupo militante islâmico do país, o al-Gama'a al-Islamiya, matou 58 turistas e quatro egípcios em um templo próximo à cidade de Luxor. Seis homens armados e três policiais também morreram. O Estado reprimiu o grupo e a Jihad Islâmica, cujo alvos eram turistas, cristãos e ministros. Os fundamentalistas fizeram uma campanha em 1990 por um Estado islâmico, e o governo manteve um controle rígido sobre esses grupos desde então.
Em 5 de outubro de 1999, Mubarak tomou posse como presidente para seu quarto mandato, e nomeou Atef Obeid como primeiro-ministro depois que o governo liderado por Kamal Ganzouri renunciou.
Em 22 de dezembro de 1999, o Egito concordou em vender gás natural, o que o gabinete do premiê israelense Ehud Barak chamou de "Oleoduto da Paz". Após anos de negociações para a paz no Oriente Médio, Barak disse que o gás seria canalizado a partir de El-Arish, no Egito, para Israel e Autoridade Palestina, e mais tarde para Turquia, Síria e Líbano.
Em 2004, Mubarak afirmou, em entrevista ao jornal francês Le Monde, que considera existir um "ódio sem precedentes" contra os Estados Unidos nos países árabes (entre eles, o Egito), motivado pela proteção econômica e militar concedida pelo governo americano a Israel.
Um ano depois, protestos nas ruas pelo movimento Kefaya ("Basta!") atraiu centenas de pessoas em todo o país para se opor a um quinto mandato de Mubarak ou a qualquer tentativa de ele pôr o filho Gamal em seu lugar. Dias antes, a polícia prendeu cerca de 200 membros e simpatizantes da Irmandade Muçulmana.
Em 11 de maio de 2005, o Parlamento egípcio votou para mudar a Constituição, a fim de permitir as controversas eleições presidenciais, rejeitando acusações da oposição de que regras rígidas evitariam uma concorrência efetiva. Um referendo no fim de maio confirmou esmagadoramente essa mudança constitucional.
Em 27 de setembro do mesmo ano, Mubarak foi empossado para um quinto mandato consecutivo, depois de vencer sua primeira eleição contestada, no dia 7. O rival Ayman Nour foi o único membro do Parlamento a permanecer sentado durante a cerimônia, aparentemente para mostrar sua recusa em aceitar a contagem oficial.
Em 8 de dezembro de 2005, a Irmandade Muçulmana aumentou suas cadeiras no Parlamento egípcio, após uma eleição marcada pela violência, mas o partido de Mubarak manteve a grande maioria. Oito pessoas morreram no último dia de votação, em 7 de dezembro. A Irmandade diz que ganhou 12 lugares, expandindo seu bloco para 88, quase um quinto das vagas e seu melhor desempenho até hoje.
Em 19 de novembro de 2006, Mubarak disse que manteria suas responsabilidades como presidente para o resto da vida. Em 4 de junho de 2009, o presidente dos EUA, Barack Obama, em um discurso no Cairo, pediu um "novo começo" nos laços entre Washington e o mundo islâmico.
Em 26 março do ano passado, o ex-chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) Mohamed ElBaradei fez sua primeira aparição pública após o retorno ao Egito, em fevereiro. ElBaradei afirmou que iria considerar uma candidatura presidencial se exigências fossem atendidas, incluindo alterações constitucionais para limitar o poder no país.
Em 27 de março de 2010, Mubarak voltou ao Egito para reassumir os poderes presidenciais depois de passar três semanas se recuperando de uma cirurgia na vesícula, realizada na Alemanha. Em 29 de novembro, a Irmandade Muçulmana disse que a fraude nas eleições eliminou sua presença no Parlamento, praticamente limando a oposição ao partido de Mubarak antes da votação presidencial de 2011. O governo limitou a proibição de partidos religiosos ao perseguir os independentes.
Em 25 de janeiro deste ano, protestos antigoverno em todo o Egito tiveram início, e a população tem demonstrado raiva, queixando-se da pobreza e da repressão às liberdades individuais. Em 28 de janeiro, Mubarak ordenou que tropas e tanques fossem enviados às cidades durante a noite para reprimir as manifestações no país. Segundo a ONU, cerca de 300 pessoas foram mortas nesses atos.
Em 31 de janeiro, o Egito empossou o vice-presidente Omar Suleiman, que disse que Mubarak lhe pediu para iniciar um diálogo com todas as forças políticas. Em 1º de fevereiro, mais de um milhão de pessoas em todo o país foram às ruas para pedir o fim do governo de Mubarak.
No dia 6, grupos da oposição, incluindo a banida Irmandade Muçulmana, mantiveram conversações com o governo, presidido pelo vice-presidente. Dois dias depois, Suleiman afirmou que o Egito tem um calendário para a transferência pacífica do poder.
Nesta quinta-feira, 10, Mubarak informou que um diálogo nacional está em andamento e já transferiu o poder ao vice-presidente, mas se recusa a deixar o cargo imediatamente, como querem os manifestantes.