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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um Novo Homem !

Vivemos em um mundo onde a formação está diferente! Hoje, quando indico um livro para que meus alunos possam ler, ou quando levo algum texto para trabalhar em sala, a reação é sempre a mesma: Tudo isso ! Quantas páginas tem ?

Essa reação é esperada. Hoje as novas tecnologias da informação têm conectado os seres humanos de uma maneira jamais vista anteriormente. E por ser assim, essa conectividade está também criando um “novo homem” que, ao menos na minha visão, não será mais igual aos que viveram no passado.
Isso pode ser percebido quando sabemos que as gerações que antecederam, principalmente, a internet, aprendiam de forma muito mais linear. Como isso, quero dizer que o conhecimento era construído nas mentes destas pessoas com “começo, meio e fim”. Era como ler um livro ou parar para ouvir uma história, onde a narração era totalmente linear, passando de um ponto para outro, encadeando cada um destes pontos para formar um pensamento coerente e que fazia sentido ao leitor ou ao ouvinte.
Mas e hoje, isso não continua assim ? Penso que não ! Em nossos dias o conhecimento é construído cada vez mais pela fragmentação. Isso quer dizer que quando os jovens, principalmente aqueles que estão em uma faixa etária abaixo dos vinte anos, “surfam” na internet, apresentam um comportamento que os difere daqueles que lêem um livro. Na rede, os sites visitados têm, em média, duas páginas “lidas” pelo visitante, que logo em seguida aproveita um link, existente muitas vezes no próprio site visitado, para “pular” para outra página com outras ideias apresentadas. Veja, isso cria uma nova forma de aprender. Agora o conhecimento acontece “em saltos”, de um assunto para outro, fazendo com que o internauta visite muitas páginas, tenha muita informação, mas que se detenha por pouco tempo sobre qualquer assunto. Agindo assim, a “continuidade” da informação, e do aprendizado, é “perdida”, tornando-se, então, muito mais fragmentada !
Esse modo de aprender não se assemelha ao anterior. Talvez por isso, entre outras coisas, a nossa educação tenha se mostrado tão ineficiente em “atrair” o interesse desta nova geração. Afinal, ainda estamos tentando ensinar da forma linear, quando os alunos estão acostumados com “saltos”. Sem dúvida, esse é o desafio, como ensinar esta nova geração usando os “saltos” ? E mais, que tipo de conhecimento vai ser produzido a parti de agora ? Com certeza, tudo aquilo que criamos até hoje como “verdade” pode não valer mais para este “novo” homem e para seu “novo” cérebro fragmentado !

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