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terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Educação No Brasil


A educação no Brasil

Os portugueses, ao chegarem no Brasil, trouxeram um padrão de educação europeu, mas quem vivia aqui já tinha sua forma própria de educação. Os jesuítas, cujo objetivo era catequizar os índios, também trouxeram métodos educacionais. Eles foram responsáveis pela criação de colégios e escolas de primeiras letras.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil por Marquês de Pombal, o que atrapalhou a educação no país. Quando a Corte Portuguesa se transferiu para cá (em 1808), no entanto, foram abertas Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico, Academias Militares e a Imprensa Régia. Mas, durante o império, pouco se fez para melhorar a educação do país, que ainda tinha uma qualidade muito ruim. A educação não era uma prioridade.  
No início do século XX, o país começa a se industrializar – é preciso mão-de-obra especializada e, portanto, investir em educação. Em 1930 é criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. A Constituição de 1934 previa que a educação era direito de todos e que deveria ser ministrada pela família e pelos poderes públicos. No mesmo ano, é criada a Universidade de São Paulo, que foi a primeira organizada segundo o Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931.
A partir daí, várias medidas foram tomadas para que educação no Brasil melhorasse. Hoje, 11 de agosto, dia dedicado ao estudante, é importante ressaltar que o estudante faz toda a diferença para o desenvolvimento de um país. Com a produção de conhecimento, o país cresce, a renda da população aumenta e os cidadãos passam a ter uma melhor qualidade de vida.

Nos últimos anos, foram criadas bolsas educação e programas de Educação de Jovens e Adultos, para pessoas que estão há tempos longe da escola. A Lei de Diretrizes Básicas sancionada em 1996 é baseada na educação universal e tem como objetivo transformar a escola em um espaço de participação social que valoriza a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão. É esta norma que regulariza o sistema educacional brasileiro.
Apesar dos recentes esforços, é preciso reconhecer que o Brasil ainda tem muito o que avançar nessa questão. É o que mostram as pesquisas. O Relatório de Monitoramento de Educação para Todos da UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) de 2010 apontou que os índices de repetência (18,7%) e abandono da escola no Brasil ainda são os maiores da América Latina. A média mundial de repetência é 2,9%. Segundo o relatório, a qualidade de ensino no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico, e os problemas se devem à estrutura física precária das escolas e ao pequeno número de horas que o brasileiro passa em sala de aula.
Em 2011, um ranking de desenvolvimento em educação também divulgado pela UNESCO colocou o Brasil em 88o lugar entre 127 países. Nosso país fica, portanto, entre os países de nível médio na área da educação, atrás do Chile, da Argentina, da Bolívia e do Equador. Ainda há cerca de 14 milhões de analfabetos no Brasil e 600 mil crianças entre 7 e 14 anos fora da escola. O país que ficou em primeiro lugar no ranking foi o Japão, seguido pelo Reino Unido e pela Noruega.

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