Os portugueses, ao chegarem no Brasil, trouxeram um padrão de educação
europeu, mas quem vivia aqui já tinha sua forma própria de educação. Os
jesuítas, cujo objetivo era catequizar os índios, também trouxeram
métodos educacionais. Eles foram responsáveis pela criação de colégios e
escolas de primeiras letras.
Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil por Marquês de Pombal, o
que atrapalhou a educação no país. Quando a Corte Portuguesa se
transferiu para cá (em 1808), no entanto, foram abertas Escolas de
Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico, Academias
Militares e a Imprensa Régia. Mas, durante o império, pouco se fez para
melhorar a educação do país, que ainda tinha uma qualidade muito ruim. A
educação não era uma prioridade.
No início do século XX, o país começa a se industrializar – é preciso
mão-de-obra especializada e, portanto, investir em educação. Em 1930 é
criado o Ministério da Educação e Saúde Pública. A Constituição de 1934
previa que a educação era direito de todos e que deveria ser ministrada
pela família e pelos poderes públicos. No mesmo ano, é criada a
Universidade de São Paulo, que foi a primeira organizada segundo o
Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931.
A partir daí, várias medidas foram tomadas para que educação no Brasil
melhorasse. Hoje, 11 de agosto, dia dedicado ao estudante, é importante
ressaltar que o estudante faz toda a diferença para o desenvolvimento de
um país. Com a produção de conhecimento, o país cresce, a renda da
população aumenta e os cidadãos passam a ter uma melhor qualidade de
vida.
Nos últimos anos, foram criadas bolsas educação e programas de Educação
de Jovens e Adultos, para pessoas que estão há tempos longe da escola. A
Lei de Diretrizes Básicas sancionada em 1996 é baseada na educação
universal e tem como objetivo transformar a escola em um espaço de
participação social que valoriza a democracia, o respeito, a pluralidade
cultural e a formação do cidadão. É esta norma que regulariza o sistema
educacional brasileiro.
Apesar dos recentes esforços, é preciso reconhecer que o Brasil ainda
tem muito o que avançar nessa questão. É o que mostram as pesquisas. O
Relatório de Monitoramento de Educação para Todos da UNESCO (Organização
das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) de 2010 apontou que
os índices de repetência (18,7%) e abandono da escola no Brasil ainda
são os maiores da América Latina. A média mundial de repetência é 2,9%.
Segundo o relatório, a qualidade de ensino no Brasil é baixa,
principalmente no ensino básico, e os problemas se devem à estrutura
física precária das escolas e ao pequeno número de horas que o
brasileiro passa em sala de aula.
Em 2011, um ranking de desenvolvimento em educação também divulgado pela UNESCO colocou o Brasil em 88o
lugar entre 127 países. Nosso país fica, portanto, entre os países de
nível médio na área da educação, atrás do Chile, da Argentina, da
Bolívia e do Equador. Ainda há cerca de 14 milhões de analfabetos no
Brasil e 600 mil crianças entre 7 e 14 anos fora da escola. O país que
ficou em primeiro lugar no ranking foi o Japão, seguido pelo Reino Unido
e pela Noruega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário