O governo brasileiro vai lançar neste mês um programa para fazer testes
de HIV, sífilis e hepatites B e C em índios de todo o Brasil. Até o
final de 2012 serão examinados todos os índios brasileiros com mais de
10 anos de idade. Os que tiverem exame com resultado positivo serão
tratados. Antes de o governo decidir tomar essa medida, foi feito um
projeto piloto que indicou níveis preocupantes de incidência de HIV e
sífilis entre os indígenas – 1,43% dos índios apresentava sífilis (a
média do resto do país é de 2,1%) e 0,1% deles estavam contaminados com o
vírus HIV (a média nacional é 0,6%).
As doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs, são chamadas de doenças
venéreas e transmitidas principalmente por contato sexual sem o uso de
camisinha com uma pessoa infectada. Outra forma de contaminação é por
meio de transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de
seringas e agulhas, principalmente durante o uso de drogas injetáveis.
AIDS e sífilis também podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a
gravidez se não houver tratamento adequado. No caso da AIDS, a
transmissão para o filho pode acontecer, ainda, durante a amamentação.
Os preservativos são a principal forma de se prevenir contra doenças
sexualmente transmissíveis e devem ser usados em todos os tipos de
relação sexual (oral, anal e vaginal). Pessoas que mantêm relações
sexuais sem camisinha devem consultar um médico periodicamente, porque
há muitas dessas doenças que não apresentam sintomas. Quando é feito o
diagnóstico de alguma DST, é importante que o doente inicie um
tratamento com supervisão médica, já que as doenças sexualmente
transmissíveis podem levar à infertilidade, à gravidez nas trompas e até
à morte.
Conheça algumas doenças sexualmente transmissíveis:
Sífilis: É causada pela bactéria Treponema pallidum. Apresenta três
estágios e os maiores sintomas aparecem nas duas primeiras fases.
Durante esse período a doença é mais contagiosa. No terceiro estágio, o
doente pode pensar que está curado apesar de não estar, porque não há
sintoma. Quando uma pessoa é contaminada, ela pode apresentar lesão nos
órgãos genitais e depois essas lesões se espalham pelo corpo. Com a
evolução da doença, pode haver problemas cardiovasculares e nervosos. Em
mulheres grávidas, há risco de aborto ou parto prematuro.
Gonorréia: Pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto, a garganta e
os olhos e causar infertilidade, dor durante as relações sexuais,
gravidez nas trompas, entre outros danos.
Tricomoníase: É causado pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Afeta o
aparelho genital. Nas mulheres, há inflamação no colo do útero, na
vagina e na uretra, e nos homens ocorre inflamação no pênis.
Clamídia: Ocorre inflamação dos canais genitais e urinários. As
mulheres infectadas podem apresentar abscessos, infertilidade e dores
pélvicas. Nos homens, a clamídia pode ocasionar em esterilidade. A
clamídia é muito comum em adolescentes e adultos jovens.
AIDS: É a síndrome da imunodeficiência adquirida e trata-se do estágio
mais avançado da doença causada pelo vírus HIV. Esse vírus ataca as
células de defesa do organismo e deixa a pessoa infectada com baixa
imunidade, ocasionando o surgimento de doenças oportunistas. Os sintomas
da AIDS são febre, fadiga, distúrbios do sistema nervoso central,
inchaço dos gânglios linfáticos e o aparecimento de vesículas
avermelhadas na pele.
Condiloma acuminado (HPV): É uma doença causada pelo Papilomavírus
humano (HPV). Existem 100 tipos de HPV e alguns deles podem causar
câncer, principalmente no colo do útero e do ânus, embora a sua infecção
seja muito comum e nem sempre resulte em câncer. O Papanicolau é o
exame de prevenção do câncer ginecológico. O sintoma mais comum do HPV é
o aparecimento de verrugas, mas tanto o homem quanto a mulher podem
estar contaminados e não apresentar sintomas. Já foram desenvolvidas
vacinas contra o HPV.
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