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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Questões Do Enem Têm Pesos Diferentes


A correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é realizada com base da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e não segue o padrão das avaliações tradicionais, em que o número de acertos corresponde à média final. Até mesmo o acerto casual - chute - é previsto na TRI. Tomando como exemplo uma prova do Enem de 45 questões, que permitem acerto casual: se duas pessoas acertarem 20 questões - se não forem as mesmas 20 questões - dificilmente elas terão a mesma nota.

O exame, que será aplicado neste fim de semana, tem cinco notas, uma para cada área de conhecimento avaliada - Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática -, além da média da Redação. Para o cálculo das notas em cada uma das quatro áreas é utilizada a metodologia que busca medir o conhecimento a partir do comportamento observado em testes. No caso da Redação, porém, os critérios são os mesmos do antigo Enem, que vigorou até 2008.
Diferentemente de um teste comum, a nota do Enem não representa simplesmente a proporção de questões que o estudante acertou na prova. Em cada área, a média obtida depende, além do número de questões respondidas corretamente, também da dificuldade das questões que se erra e se acerta, e da consistência das respostas. Por isso, pessoas que acertam o mesmo número absoluto de itens podem obter médias de desempenho distintas.
"Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes - quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor", explica o MEC.
O que a TRI modificou no esquema de correção de prova?
Segundo o Inep, na operacionalização da correção, propriamente dita, não houve mudança. A mudança ocorrida é muito mais profunda - é uma mudança de concepção da avaliação.
A TRI substituiu a Teoria Clássica, que consiste em atribuir notas a partir do número de acertos, descontados os erros. A TRI não faz escore do aluno e possibilita a criação de uma medida (escala) para medir o conhecimento. A metodologia foi desenvolvida nos anos 50.
Com informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)

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