Suposta foto de Kadafi morto
O ex-ditador líbio Muammar
Kadafi morreu ontem vítima de um tiro na cabeça durante um tiroteio
entre seus combatentes e homens fiéis ao novo governo, pouco após sua
captura, segundo autoridades do Conselho Nacional de Transição (CNT), o
governo provisório da Líbia.
Durante
entrevista em Trípoli, capital do país, os representantes do CNT
informaram que não houve ordem para matar o ex-líder líbio. Kadafi, que
tinha 69 anos, foi atacado próximo à sua cidade-natal, Sirte, quando
integrava um comboio que tentava fugir da cidade. O comboio foi parado
por um ataque aéreo francês, e depois abordado por tropas do novo
governo líbio que estavam em solo.
O premiê líbio, Mahmoud Jibril, citando um laudo pericial, disse que Kadafi morreu vítima de uma bala na cabeça, durante o fogo cruzado. Segundo ele, não foi possível determinar de onde partiu o tiro.
O premiê líbio, Mahmoud Jibril, citando um laudo pericial, disse que Kadafi morreu vítima de uma bala na cabeça, durante o fogo cruzado. Segundo ele, não foi possível determinar de onde partiu o tiro.
A morte de Muamar Kadafi deve ter como efeito imediato um novo fôlego
nos protestos pró-democracia em outros países árabes, como Síria e
Iêmen, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil. Após cerca de dois meses
foragido, Kadafi foi morto nesta quinta-feira em sua cidade natal,
Sirte.
Segundo o cientista político Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente Médio em Beirute, a captura e morte de Muamar Kadafi dará um novo ânimo para os movimentos oposicionistas na Síria e Iêmen, que não têm tido avanços práticos. "O destino de Kadafi após meses de luta armada dos líbios dará um impulso emocional para sírios e iemenitas. Não resta qualquer dúvida", disse ele.
Segundo o cientista político Paul Salem, diretor do Centro Carnegie para o Oriente Médio em Beirute, a captura e morte de Muamar Kadafi dará um novo ânimo para os movimentos oposicionistas na Síria e Iêmen, que não têm tido avanços práticos. "O destino de Kadafi após meses de luta armada dos líbios dará um impulso emocional para sírios e iemenitas. Não resta qualquer dúvida", disse ele.
"Democracia é a saída"
Para o analista independente egípcio Mahan Abedin, especialista em
política do Oriente Médio, o "fim de Kadafi" e o desenrolar dos
acontecimentos na Líbia darão a certeza para os grupos que se opõem aos
regimes na região de que um levante popular é a melhor saída.
"Com três ditadores depostos, os árabes agora têm a certeza que a democracia é a saída para um futuro melhor na região", disse ele. Além da queda de Kadafi na Líbia, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e o tunisiano Zine al-Abedine Ben Ali também foram depostos por pressão popular.
Ao contrário do Egito e da Tunísia, que viram seus presidentes caírem após semanas de protestos pacíficos, os líbios entraram em luta armada para tirar Kadafi do poder.
Para Abedin, sírios e iemenitas devem ir às ruas com maior intensidade para exigir mudanças, enquanto que os líderes destes países sentirão uma pressão maior vendo mais um governante árabe ter um fim ao estilo do iraquiano Saddam Hussein.
"Bashar al-Assad (presidente sírio) e Ali Abdullah Saleh (presidente do Iêmen) devem tirar lições de Kadafi e seu fim. Eles não conseguirão se manter contra uma onda de revoluções na região sem uma consequência pessoal para eles", afirmou.
Síria e Iêmen enfrentam uma onda de protestos populares há mais de seis meses e que já deixou milhares de pessoas mortas. Na Síria, a ONU estima que mais de 2,5 mil pessoas já morreram devido à repressão do governo às manifestações que pedem a saída de Assad do poder e reformas democráticas. No Iêmen, há confrontos entre tropas leais ao governo e manifestantes de diversos grupos oposicionistas, incluindo tropas desertoras do exército.
Muamar Kadafi, 68 anos, estava no comando da Líbia desde 1969, quando depôs o rei Idris 1º em um golpe de Estado sem derramamento de sangue.
"Com três ditadores depostos, os árabes agora têm a certeza que a democracia é a saída para um futuro melhor na região", disse ele. Além da queda de Kadafi na Líbia, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e o tunisiano Zine al-Abedine Ben Ali também foram depostos por pressão popular.
Ao contrário do Egito e da Tunísia, que viram seus presidentes caírem após semanas de protestos pacíficos, os líbios entraram em luta armada para tirar Kadafi do poder.
Para Abedin, sírios e iemenitas devem ir às ruas com maior intensidade para exigir mudanças, enquanto que os líderes destes países sentirão uma pressão maior vendo mais um governante árabe ter um fim ao estilo do iraquiano Saddam Hussein.
"Bashar al-Assad (presidente sírio) e Ali Abdullah Saleh (presidente do Iêmen) devem tirar lições de Kadafi e seu fim. Eles não conseguirão se manter contra uma onda de revoluções na região sem uma consequência pessoal para eles", afirmou.
Síria e Iêmen enfrentam uma onda de protestos populares há mais de seis meses e que já deixou milhares de pessoas mortas. Na Síria, a ONU estima que mais de 2,5 mil pessoas já morreram devido à repressão do governo às manifestações que pedem a saída de Assad do poder e reformas democráticas. No Iêmen, há confrontos entre tropas leais ao governo e manifestantes de diversos grupos oposicionistas, incluindo tropas desertoras do exército.
Muamar Kadafi, 68 anos, estava no comando da Líbia desde 1969, quando depôs o rei Idris 1º em um golpe de Estado sem derramamento de sangue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário