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terça-feira, 12 de abril de 2011

Nossa Educação!!!

 
O que queremos ? Essa é a verdadeira pergunta a ser feita quando nos questionamos sobre os motivos de nossa educação alcançar notas tão baixas nas avaliações. Recentemente o resultado do IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), de 2010, mostrou que, na média, a nota do ensino médio do Estado de SP caiu e chegou a 1,81 em uma escala de zero a dez !

Isso quer dizer que em uma avaliação oficial do governo do Estado de São Paulo, o mais rico da federação, o “nível educacional” medido pelo teste, feito por jovens que terminaram o terceiro ano do Ensino Médio em 2010, é de pouco mais de 18% do total ! Ou seja, como esse teste mede basicamente a “capacidade” de leitura e de raciocínio matemático destes mesmos jovens formandos, a situação está muito complicada. E isso só piora quando observamos um outro dado que vem de uma das avaliações educacionais mais importantes – e relevantes – do mundo, o PISA (Program for International Student Assessment), que revelou que a educação brasileira ocupa, em um ranking de 65 países, a 53º posição em Leitura e Ciências e a 57º posição em Matemática !
Esses dados apresentados deixam transparecer que boa parte dos esforços feitos até agora para melhorar a nossa educação são, no mínimo, tímidos. Em um país que se apresenta como uma das economias mais importantes do mundo atual, um nível educacional destes é inaceitável. Pois muito dinheiro, afinal dizemos ser a sétima maior economia do mundo, em um país onde a população não é capaz nem de interpretar o que está lendo, com uma porcentagem de quase 40% de notas consideradas “Insuficientes” na avaliação de português do IDESP, fica fácil entender, um pouco, quais os motivos que levam ao “atraso” enfrentado em nosso sistema educacional, principalmente quando este é comparado aos melhores do mundo !
Sei que este “conveniente atraso” em nossa educação não explica completamente o nosso fracasso atual. Existem inúmeros outros pontos que passam, por exemplo, pelo modelo de família, de sociedade, de economia, de valores e de vontades de nosso povo que ajudariam a traçar um panorama mais claro dos motivos desta nossa falência. Mas esse pequeno artigo não tem como objetivo discutir tão profundamente esse tema, na verdade, ele nasceu simplesmente pela perplexidade de saber que números tão pífios podem ser encarados como “normais” por todos nós, e também para fazer pensar sobre, na verdade, o que queremos, então ?

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