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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Atualidades 93 - Pressão Brasileira Faz Brics Pedirem Reforma No Conselho De Segurança

Bloco composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul se reúne em Sanya e emite comunicado ‘eloquente’ por mudanças na ONU, segundo Patriota


A declaração dos líderes dos Brics – que se reuniram nesta quinta-feira, 14, na China – defendeu de maneira expressa a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na primeira vez em que o nome da instituição apareceu em comunicado do bloco. Os documentos anteriores falavam de maneira genérica de reforma da ONU, sem fazer referência ao Conselho.

A mudança ocorreu por pressão da delegação brasileira, que enfatizou a necessidade de avanços na linguagem em relação à última declaração, divulgada no Brasil no ano passado. “A reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança são essenciais. Não é possível que ao iniciarmos a segunda metade do século 21 nós ainda estejamos atrelados a formas institucionais erguidas no pós-guerra”, afirmou a presidente brasileira, Dilma Rousseff, em sua estreia em grandes fóruns internacionais e provavelmente querendo se referir à segunda década do século 21.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, classificou de “eloquente” o texto da declaração no ponto relativo à reforma do Conselho de Segurança. O documento afirma que a instituição deve ser mais “efetiva, eficiente e representativa”. Na frase seguinte, acrescenta: “China e Rússia reiteram a importância que dão ao status da Índia, Brasil e África do Sul nas questões internacionais e entendem e apoiam suas aspirações para desempenhar papel mais relevante na ONU”.

China dá passo adiante na defesa do Brasil no Conselho de Segurança da ONU
Em visita de Dilma Rousseff ao país asiático, comunicado conjunto trata pleito nacional por assento permanente como ‘prioridade’


 

PEQUIM – Na visita da presidente Dilma Rousseff à China, o país asiático deu um passo adiante ao tratar da defesa do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. No comunicado conjunto assinado pelos dois países, a China se posicionou ao lado do Brasil ao assinalar que a representação das nações em desenvolvimento, naquele fórum, é agora uma “prioridade”.
“A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas”, diz um trecho do comunicado.
Embora o país de Hu Jintao já tenha, em outras ocasiões, declarado apoio à pretensão brasileira de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, na prática tudo ficou na retórica. Motivo: a China, membro permanente, não quer ajudar o Japão, com quem o Brasil se associa nesse projeto, ao lado da Índia e da Alemanha, o grupo do G-4.

Questionada se a China havia adotado tom mais incisivo do que os Estados Unidos, que declarou ter “apreço” pela entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, Dilma evitou ser taxativa. “Não acho que dê para fazer uma comparação assim”, afirmou.

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