Orientação vocacional
Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no Enem e demais vestibulares
Para optar por um entre quase 300 cursos disponíveis, o candidato deve pesquisar carreiras e mercado. E investigar suas habilidades e expectativas
Nathalia Goulart
Qual caminho seguir? Para especialistas, questionar-se é melhor forma de responder a questão
(Thinkstock)
Entre o A da administração e o Z da zootecnia, existem atualmente quase 300 cursos de nível superior no Brasil. É compreensível, portanto, que a dúvida se imponha aos jovens, às vezes de maneira aflitiva, no momento em que eles têm que optar por um só curso: o vestibular. "O que mais incomoda garotos e garotas às voltas com a escolha de uma profissão é a sensação de que, apesar do grande potencial de que dispõem, eles terão de escolher apenas uma carreira, deixando muitas outras para trás", diz Maria Beatriz de Oliveira, psicóloga e orientadora vocacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A tarefa do vestibulando de escolher uma opção de fato não é simples. Mas não precisa se transformar em um processo doloroso. Ao contrário. Pode ser o momento de pequenas aventuras e algumas descobertas. Um exemplo de aventura: procurar profissionais que já estão integrados ao mercado e ouvir deles como é o dia a dia de suas atividades. Outra possibilidade: visitar o local onde esses profissionais atuam. Afinal, é ali que o aspirante poderá trabalhar no futuro próximo.
Os especialistas aconselham que o candidato invista um pouco no autoconhecimento, além de fazer pesquisas sobre o curso pretendido e o mercado de trabalho. "O objetivo desse processo é expandir o conhecimento do vestibulando: quanto maior for seu horizonte na hora da decisão, mais certeira será sua escolha", diz Silvio Bock, pedagogo e orientador vocacional. Confira as orientações dos especialistas no quadro abaixo. Continue a ler a reportagem
Dez passos para a escolha da carreira certa no vestibular
O candidato deve analisar a si mesmo, o curso pretendido e o mercado de trabalho.
Fontes: Silvio Bock, pedagogo e orientador vocacional. Maria Beatriz de
Oliveira, psicóloga e coordenadora da Feira de Profissões da Unesp.
Villela da Matta, presidente da Associação Brasileira de Coaching.
Sullivan França, presidente da Sociedade Latino-Americana de Coaching.
Autoanálise: Pontos fortes
Reflita sobre suas competências e habilidades – aquelas que se tornaram evidentes ao longo de sua vida, como a facilidade com números ou para a escrita. Elas são um bom indicador das carreiras nas quais você pode se sentir à vontade. Mas lembre-se: uma trajetória profissional raramente se constrói com base apenas em um talento nato.
Os estudiosos do assunto concordam que a melhor forma de sondar as próprias habilidades e expectativas é questionar-se. "Quando estamos diante de uma questão difícil, vale muito elaborarmos as perguntas corretas. Elas nos guiarão até as respostas", diz Villela da Matta. É justamente o caso dos jovens que se perguntam: "Que carreira devo escolher?" Confira no final desta reportagem o questionário sugerido Sulivan França, presidente da Sociedade Latino-Americana de Coaching.
Quase metade dos estudantes que abandonam seus cursos o fazem porque julgam ter escolhido a carreira errada, revelou um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP). Compreende-se por quê. Em geral, a opção por uma carreira é feita muito cedo, entre os 17 e 21 anos, momento em que o jovem ainda descobre o mundo e suas possibilidades. A eventual desistência ou mudança de rumo não pode, portanto, ser vista como fracasso. A dúvida é natural.
"Os conhecimentos provenientes de um curso abandonado não devem ser encarados como perda de tempo ou atraso de vida", diz a orientadora vocacional Maria Beatriz. "A vida é um eterno recomeço e essa experiência certamente será usada pelo jovem como mais um aprendizado."
Nesse caso, os pais têm um papel extremamente importante. Eles devem participar da escolha dos filhos, preservando, contudo, o espaço necessário para as opções deles. "A influência familiar é um dos grandes fatores de pressão e frustração" diz Villela da Matta. É compreensível que o dono de uma empresa queira ver o filho ocupando sua posição no futuro, ou ainda que um advogado deseje ver a filha seguindo seus passos no Direito. Mas a escolha profissional é pessoal e intransferível. "Permitir que os jovens se responsabilizem pelas próprias escolhas também faz parte do processo de amadurecimento deles", acrescenta.
20 perguntas que ajudam a responder uma dúvida: ‘Que carreira seguir?’
Elaborado por Sullivan França, presidente da Sociedade Latino-americana de Coaching
Identifique competências
O objetivo é estimular o candidato a refletir sobre preferências e habilidades – as conhecidas e outras que talvez ele ignore.1. O que você gosta de fazer?
2. O que você ama fazer?
3. Em que atividades você se destaca?
4. O que faz com maestria?
5. Qual é sua paixão secreta?
Para ler a reportagem completa, clique no link a seguir: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/10-passos-e-20-questoes-para-uma-boa-escolha-profissional
Fonte: Veja.com
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