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terça-feira, 3 de maio de 2011

Atualidades 96 - A Morte De Osama Bin Laden


Nove anos, sete meses e 20 dias depois de os atentados terroristas de 11 de Setembro o converterem no inimigo número 1 dos Estados Unidos e aliados, o homem mais procurado do mundo foi declarado morto.

– Nós matamos Osama bin Laden – afirmou o presidente americano, Barack Obama.

Segundo a imprensa americana, o terrorista saudita, líder da organização Al-Qaeda, foi morto em tiroteio em uma mansão em Islamabad, no Paquistão, e seu corpo estaria em posse do governo dos EUA, que o havia submetido a um exame de DNA.

A operação, levada a cabo pela CIA (o serviço secreto americano) matou outros três homens – um deles seria filho de Bin Laden – e uma mulher. Ainda nas primeiras palavras do discurso de Obama na TV, no fim da noite de domingo no horário da Costa Leste, uma explosão de euforia tomou as ruas de Washington. Como se fosse um Carnaval desordenado, multidões rumaram para a frente da Casa Branca, onde pareciam dispostas a permanecer a madrugada toda.

Eram milhares de pessoas, em sua imensa maioria jovens. Um exército improvisado, portando bandeiras, cartazes e disparando palavras com a energia das torcidas de futebol, intercaladas com gritos como “USA, USA”.

As mensagens indicavam os sentimentos de alívio que a captura do extremista representa no imaginário da população americana, traumatizada com o 11 de Setembro e com as guerras que se sucederam depois.


“Tragam as nossas tropas para casa agora”, exigia um cartaz no meio da multidão eufórica na Avenida Pensilvânia, nas imediações da sede do poder americano. “Nós amamos nossas tropas”, dizia outro. Para muitos jovens, a notícia é lida como uma trégua nas guerras que consumiram milhares de vidas e mutilaram outras milhares.

Em êxtase, os manifestantes cantavam o hino, parabenizavam-se a todo momento. Havia quem gritasse por Obama, como se o tivessem pedindo que fosse à rua falar com eles, encarando uma legião que ocupou toda a frente da Casa Branca. Tambores e buzinaços em vias próximas ditavam o ritmo. Os mais empolgados escalam árvores e postes de luminárias para no topo hastear a bandeira americana.


Um engenheiro filho de milionário

O terrorista saudita, que tinha 54 anos, iniciou sua carreira no Afeganistão nos anos 70, ajudando os EUA a expulsar tropas soviéticas. Um dos cerca de 50 filhos do milionário Mohammed bin Laden, o engenheiro civil usou o dinheiro de sua família – uma fortuna estimada em centenas de milhões de dólares – para financiar a Al-Qaeda, que criou em 1998, mesmo ano em que mostrou seu cartão de visitas explodindo embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia.

Em 2001 veio sua ação mais sangrenta, contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. Os ataques, que mataram quase 3 mil pessoas, transformaram Bin Laden em alvo número 1 dos EUA, procurado vivo ou morto. Desde 2001, figurava na lista dos 10 fugitivos mais procurados pelo FBI (a polícia federal americana). Bin Laden esteve por trás, ou serviu de inspiração, para ataques em países tão diversos como Espanha, Indonésia, Marrocos e Turquia.

A trajetória



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