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terça-feira, 31 de maio de 2011

A Industrialização Brasileira

 A industrialização brasileira 


A indústria brasileira, apesar de ter seu desenvolvimento tardio em relação às grandes potências mundiais, tem hoje destaque no cenário econômico mundial. O dia 25 de maio é dedicado à industrialização e ao êxodo rural no Brasil, dois processos relativamente recentes.
Atualmente, a maior concentração das indústrias brasileiras está nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde há parques industriais modernos, com tecnologia de ponta. O sul é o segundo lugar em industrialização. Atua mais em produtos primários, na agroindústria, mas também tem destaque na metalurgia. No país, há regiões mais industrializadas e outras menos industrializadas, ou seja, esse setor econômico não está distribuído igualmente por todo o território nacional. Entre os produtos da indústria brasileira estão automóveis, máquinas, roupas (têxtil), aeronaves, produtos alimentícios industrializados e produtos petroquímicos.
Na agricultura, o país também tem destaque internacionalmente. Entre os principais produtos estão o café, a soja, a cana-de-açúcar, a laranja, o arroz, o trigo, o algodão e o milho.

Industrialização
Se o Brasil hoje é reconhecido mundialmente por sua indústria e agricultura, há pouco tempo não era assim. Durante a colonização, as fábricas eram proibidas de serem instaladas aqui porque comprometeriam os interesses comerciais da metrópole, Portugal.  No Segundo Reinado, então, é que empresários brasileiros – como Envangelista de Souza (o visconde de Mauá) – e estrangeiros começaram a investir em estradas de ferro, seguradoras, bancos e transporte urbano. No entanto, nesse período, a política principal ainda era de se privilegiar a agricultura.
No início do século XX, o Brasil importava matérias-primas, máquinas e muitos bens de consumo. É na década de 1930, com a  quebra da bolsa de Nova York, que a situação começa a mudar. A crise afeta a produção cafeeira brasileira, o principal produto de exportação do país. Os cafeicultores têm de buscar novas alternativas produtivas para o capital do café e para a infra-estrutura que antes era usada para o seu transporte – como portos e rodovias. O capital migra para as indústrias têxteis e alimentícias concentradas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Com a Revolução de 1930, a política também muda, passando a ser mais nacionalista e industrialista. Durante o Estado Novo, sob o governo de Getúlio Vargas, as medidas tomadas para o processo de industrialização se tornam mais concretas. Na Segunda Guerra Mundial, Vargas tomou uma posição ambivalente em relação aos dois lados do conflito. Quando o Brasil deu apoio aos aliados, houve retorno em capital, com os investimentos americanos para a construção da primeira indústria de base brasileira – a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Também foi consequência da Segunda Guerra o modelo de substituição das importações, ou seja, passava a se produzir de forma sustentada e contínua bens de consumo que antes eram importados, porque alguns países europeus acabaram devastados e não tinham mais condições de exportar produtos industrializados.
Terminada a Guerra, viu-se que o Brasil não tinha capital suficiente para implantar uma forte indústria de base. Assim, houve uma maior intervenção do Estado na economia, como planejador e executor de políticas voltadas para a consolidação de um parque industrial brasileiro.
No governo de Juscelino Kubstischek (1956-1961) ocorreu a implantação da indústria de bens de consumo duráveis, como veículos e eletrodomésticos. Foram feitos investimentos estatais na infra-estrutura, nos meios de transporte e no fornecimento de energia. A produção de máquinas e equipamentos foi intensificada para uso na agricultura, no setor alimentício, no transporte ferroviário e na construção naval. Para que tudo isso fosse possível, JK incentivou o investimento estrangeiro e criou medidas protecionistas para o mercado interno.

Êxodo rural
O êxodo rural consiste no deslocamento da população do campo para as cidades. A queda do café foi um dos fatores que ocasionou o êxodo rural na década de 1930. As pessoas buscavam novas oportunidades nas cidades. O êxodo rural e o consequente crescimento dos centros urbanos aceleraram o processo de industrialização, porque formou-se um novo mercado consumidor.
Outro fator para que o êxodo rural ocorresse nos últimos anos foi a mecanização das atividades rurais. Pequenos produtores acabam tendo de sair do campo porque ficam em desvantagem no mercado sem a tecnologia das grandes propriedades agrícolas. Outros migram para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida.
O fenômeno acaba gerando, muitas vezes, problemas sociais. Muitos não têm a qualificação profissional exigida pelo mercado cada vez mais competitivo, há crescimento desordenado dos centros urbanos sem planejamento e as cidades ficam superpovoadas, principalmente nos bairros mais pobres.

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