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terça-feira, 1 de julho de 2014

Após 99 dias de greve, servidores da UFSCar decidem retornar ao trabalho


Após 99 dias de greve, servidores da UFSCar decidem retornar ao trabalho

Fim da paralisação foi decidida em assembleia feita nesta terça-feira (24).
Mas funcionários de São Carlos, SP, voltam a trabalhar na quarta-feira (25).

Do G1 São Carlos e Araraquara
UFSCar fim greve (Foto: Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes/Arquivo Pessoal)Fim da greve na UFSCar foi decidida em assembleia (Foto: Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes/Arquivo Pessoal)
 
Técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) decidiram, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (24), acabar com a greve iniciada em 17 de março. O retorno ao trabalho, após 99 dias de paralisação, está marcado para quarta-feira (25). O reinício das atividades acontece oito dias após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o fim das paralisações dos servidores das universidades e institutos federais e indicar retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa.

Campus da UFSCar em São Carlos (Foto: Fábio Rodrigues / G1) 
Servidores ficaram 99 dias em greve nos campi da UFSCar (Foto: Fábio Rodrigues / G1) 

O movimento contou com a adesão de 70% dos 900 trabalhadores dos campi de São Carlos, Araras e Sorocaba. Em nota, a direção do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCar) ressaltou que manterá a mesa de negociação com a reitoria da universidade.
Uma das principais reivindicações da categoria é o cumprimento de medidas firmadas em 2012, após outra greve dos servidores, em que ficou definida a racionalização de cargos. "Auxiliar administrativo e assistente administrativo fazem a mesma coisa, mas um ganha muito menos que o outro", comentou o diretor do sindicato, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes.
Os servidores pedem ainda uma revisão no reposicionamento de aposentados, além do fim da terceirização de serviços. A nota do SINTUFSCar ainda informa que haverá reposição dos dias não trabalhados.
Durante todo o período de greve, a UFSCar informou que se declarava defensora dos direitos dos trabalhadores. Entretanto, manifestou preocupação com as consequências do movimento.
Multa
A decisão do STF também proibiu a realização de bloqueios ou empecilhos à movimentação de pessoas nas instituições de ensino, sejam servidores, autoridades ou usuários. Em caso de descumprimento, as entidades sindicais seriam obrigadas a pagar multa diária de R$ 200 mil.
O SINTUFSCar não informou se foi aplicada multa. Na última quarta-feira (18), Nunes alegou que o sindicato não havia sido notificado oficialmente pelo STJ.

Restaurante e Biblioteca
O fim da greve vai acabar com um problema enfrentado pelos estudantes de São Carlos desde 17 de março. É que a paralisação fechou o Restaurante Universitário (RU). Mais de 1,2 mil alunos bolsistas deveriam comer de graça no refeitório, mas por conta da paralisação passaram a receber os alimentos para serem preparados por conta própria. As 1,6 mil refeições do jantar também deixaram de ser fornecidas.
Além da comida, os estudantes também estão tendo um gasto a mais com cópias de livros, já que a biblioteca comunitária também está fechada. No local, que atende 1,5 mil pessoas, só é possível devolver os livros. Empréstimos só poderão ser feitos a partir de amanhã, com o fim da greve.

Fonte: G1.com

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