Após 99 dias de greve, servidores da UFSCar decidem retornar ao trabalho
Fim da paralisação foi decidida em assembleia feita nesta terça-feira (24).
Mas funcionários de São Carlos, SP, voltam a trabalhar na quarta-feira (25).
Fim da greve na UFSCar foi decidida em assembleia (Foto: Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes/Arquivo Pessoal)
Servidores ficaram 99 dias em greve nos campi da UFSCar (Foto: Fábio Rodrigues / G1)
Uma das principais reivindicações da categoria é o cumprimento de medidas firmadas em 2012, após outra greve dos servidores, em que ficou definida a racionalização de cargos. "Auxiliar administrativo e assistente administrativo fazem a mesma coisa, mas um ganha muito menos que o outro", comentou o diretor do sindicato, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes.
Os servidores pedem ainda uma revisão no reposicionamento de aposentados, além do fim da terceirização de serviços. A nota do SINTUFSCar ainda informa que haverá reposição dos dias não trabalhados.
Durante todo o período de greve, a UFSCar informou que se declarava defensora dos direitos dos trabalhadores. Entretanto, manifestou preocupação com as consequências do movimento.
A decisão do STF também proibiu a realização de bloqueios ou empecilhos à movimentação de pessoas nas instituições de ensino, sejam servidores, autoridades ou usuários. Em caso de descumprimento, as entidades sindicais seriam obrigadas a pagar multa diária de R$ 200 mil.
O SINTUFSCar não informou se foi aplicada multa. Na última quarta-feira (18), Nunes alegou que o sindicato não havia sido notificado oficialmente pelo STJ.
Restaurante e Biblioteca
O fim da greve vai acabar com um problema enfrentado pelos estudantes de São Carlos desde 17 de março. É que a paralisação fechou o Restaurante Universitário (RU). Mais de 1,2 mil alunos bolsistas deveriam comer de graça no refeitório, mas por conta da paralisação passaram a receber os alimentos para serem preparados por conta própria. As 1,6 mil refeições do jantar também deixaram de ser fornecidas.
Além da comida, os estudantes também estão tendo um gasto a mais com cópias de livros, já que a biblioteca comunitária também está fechada. No local, que atende 1,5 mil pessoas, só é possível devolver os livros. Empréstimos só poderão ser feitos a partir de amanhã, com o fim da greve.
Fonte: G1.com
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