O efeito dominó que o vendedor de frutas Mohamed Bouazizi causou no Oriente Médio quando ateou fogo a si mesmo na Tunísia, em dezembro de 2010, ainda reverbera no mundo. A revolta que esse fato causou no país atingiu as populações vizinhas e impulsionou uma crise na região. De acordo com o Márcio dos Anjos, professor de história da unidade Lafaiete do pré-vestibular SEB COC de Ribeirão Preto (SP), essa e outras questões sobre o Oriente Médio devem aparecer nos próximos vestibulares. Por isso, os estudantes precisam estar atentos aos desdobramentos dos conflitos.
Mohamed Bouazizi havia perdido sua permissão de trabalho, que foi confiscada pela polícia no mercado local da cidade de Sidi Bouzid. Isso o levou a um ato de desespero. A autoflagelação resultou em revoltas no país, uma luta contra o desemprego e o governo ditatorial de Zine El Abidine Ben Ali, então no poder desde 1987. A crise na Tunísia alertou as populações vizinhas que também sofrem com políticas pouco inclusivas. A revolta chegou em diferentes graus nas nações do Oriente Médio, especialmente no norte da África, e já resultou na queda do tunisiano Ben Ali e de Hosni Mubarak, no Egito.
A Líbia enfrenta uma guerra civil desde fevereiro devido a protestos contra o governo do coronel Muamar Kadhafi, na Síria manifestantes pedem o fim do regime de Bashar al-Assad, e no Iêmen o ditador Ali Abdullah Saleh estuda deixar o governo por causa de pressões sociais.
Além desses temas, o professor alerta que o problema do fundamentalismo e do terrorismo, principalmente no Afeganistão e no Paquistão, são outros enfoques possíveis, assim como as organizações estatais centralizadas por ditadores, como caso da Líbia, em que as companhias de petróleo foram nacionalizadas por Kadhafi.
Mais do que decorar nomes, Anjos acredita que os vestibulares devem exigir um raciocínio sobre o processo de democratização e de flexibilização política e cultural que se opõe a modelos fundamentalistas. "Há uma polarização emblemática da crise do mundo islâmico no mundo globalizado", afirma. O professor lembra ainda que o vestibulando deve levar em conta os antecedentes de cada país, a história do islamismo e os movimentos de tolerância e intolerância que marcaram a trajetória da religião.
O professor de geografia do pré-vestibular Objetivo Floripa, de Florianópolis (SC), Luiz Bruno explica que o Oriente Médio também pode ser assunto da prova de geografia. Sobre a Tunísia, é importante saber sobre direitos civis e desequilíbrios econômicos entre as regiões mais prósperas e as áreas rurais. A inflação no Egito e o isolamento político de alguns países na região também são temas fortes, assim como a ditadura de Kadhafi na Líbia e sua influência na economia e na política internacionais.
Na hora da redação, as revoltas árabes também podem aparecer, mas com um texto de apoio para o tema. Por exemplo, podem pedir para escrever sobre a importância das redes sociais na derrubada do governo de Hosni Mubarak no Egito. Fábi Itasiki, professor de redação da unidade Lafaiete do pré-vestibular SEB COC de Ribeirão Preto (SP), explica que alguns exemplos da crise servem como argumentação para os estudantes tratarem de temas como violência, autoritarismo e intolerância.
Mohamed Bouazizi havia perdido sua permissão de trabalho, que foi confiscada pela polícia no mercado local da cidade de Sidi Bouzid. Isso o levou a um ato de desespero. A autoflagelação resultou em revoltas no país, uma luta contra o desemprego e o governo ditatorial de Zine El Abidine Ben Ali, então no poder desde 1987. A crise na Tunísia alertou as populações vizinhas que também sofrem com políticas pouco inclusivas. A revolta chegou em diferentes graus nas nações do Oriente Médio, especialmente no norte da África, e já resultou na queda do tunisiano Ben Ali e de Hosni Mubarak, no Egito.
A Líbia enfrenta uma guerra civil desde fevereiro devido a protestos contra o governo do coronel Muamar Kadhafi, na Síria manifestantes pedem o fim do regime de Bashar al-Assad, e no Iêmen o ditador Ali Abdullah Saleh estuda deixar o governo por causa de pressões sociais.
Além desses temas, o professor alerta que o problema do fundamentalismo e do terrorismo, principalmente no Afeganistão e no Paquistão, são outros enfoques possíveis, assim como as organizações estatais centralizadas por ditadores, como caso da Líbia, em que as companhias de petróleo foram nacionalizadas por Kadhafi.
Mais do que decorar nomes, Anjos acredita que os vestibulares devem exigir um raciocínio sobre o processo de democratização e de flexibilização política e cultural que se opõe a modelos fundamentalistas. "Há uma polarização emblemática da crise do mundo islâmico no mundo globalizado", afirma. O professor lembra ainda que o vestibulando deve levar em conta os antecedentes de cada país, a história do islamismo e os movimentos de tolerância e intolerância que marcaram a trajetória da religião.
O professor de geografia do pré-vestibular Objetivo Floripa, de Florianópolis (SC), Luiz Bruno explica que o Oriente Médio também pode ser assunto da prova de geografia. Sobre a Tunísia, é importante saber sobre direitos civis e desequilíbrios econômicos entre as regiões mais prósperas e as áreas rurais. A inflação no Egito e o isolamento político de alguns países na região também são temas fortes, assim como a ditadura de Kadhafi na Líbia e sua influência na economia e na política internacionais.
Na hora da redação, as revoltas árabes também podem aparecer, mas com um texto de apoio para o tema. Por exemplo, podem pedir para escrever sobre a importância das redes sociais na derrubada do governo de Hosni Mubarak no Egito. Fábi Itasiki, professor de redação da unidade Lafaiete do pré-vestibular SEB COC de Ribeirão Preto (SP), explica que alguns exemplos da crise servem como argumentação para os estudantes tratarem de temas como violência, autoritarismo e intolerância.
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