Reza Taqipur, o ministro iraniano responsável pelas questões de tecnologia da informação, afirmou nesta quarta-feira (29), que os Estados Unidos buscam lançar uma “ciberguerra” contra o Irã, segundo declarações publicadas na imprensa local. “Felizmente a infraestrutura de telecomunicações do país no campo cibernético é muito boa”, declarou Taqipur, acrescentando que o “inimigo” seria incapaz de cruzar as barreiras de segurança do sistema iraniano.
O ministro, citado pela agência "Mehr" e pela "Press TV", acrescentou que tentativas de ataques têm sido registradas desde o ano passado, mas que nunca houve danos sérios no ciberespaço iraniano.
As declarações chegam após a confirmação de que computadores portáteis "particulares" de operários e técnicos da usina nuclear iraniana de Bushehr foram afetados pelo vírus industrial "Stuxnet".
O diretor da Agência Iraniana da Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, admitiu hoje a infecção, mas deixou claro que o vírus não afetou os computadores da usina, situada no litoral do Golfo Pérsico e que tem previsão de começar a funcionar de forma plena em uma semana. “O vírus não afetou nosso sistema principal, conseguiu somente infectar alguns computadores pessoais”, detalhou.
Salehi também revelou que especialistas do país se viram obrigados a reforçar a segurança nos últimos dois meses.
As autoridades iranianas reconheceram na semana passada que cerca de 30 mil endereços de IP de sistemas informáticos de dezenas de indústrias foram atacados pelo "Stuxnet", que segundo alguns especialistas ocidentais poderia ter sido planejado para frear o controverso programa nuclear do Irã.
O vírus, que se infiltra através de portas USB, explora a vulnerabilidade do sistema operacional do Windows e supostamente poderia reconhecer o controle de uma rede e reprogramá-lo.
Especialistas europeus em segurança na internet advertiram que o "Stuxnet" é um vírus muito sofisticado, que provavelmente foi criado por uma grande organização ou com a ajuda de algum governo, e que pode ser considerado uma das primeiras armas para a guerra cibernética.
O ministro, citado pela agência "Mehr" e pela "Press TV", acrescentou que tentativas de ataques têm sido registradas desde o ano passado, mas que nunca houve danos sérios no ciberespaço iraniano.
As declarações chegam após a confirmação de que computadores portáteis "particulares" de operários e técnicos da usina nuclear iraniana de Bushehr foram afetados pelo vírus industrial "Stuxnet".
O diretor da Agência Iraniana da Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, admitiu hoje a infecção, mas deixou claro que o vírus não afetou os computadores da usina, situada no litoral do Golfo Pérsico e que tem previsão de começar a funcionar de forma plena em uma semana. “O vírus não afetou nosso sistema principal, conseguiu somente infectar alguns computadores pessoais”, detalhou.
Salehi também revelou que especialistas do país se viram obrigados a reforçar a segurança nos últimos dois meses.
As autoridades iranianas reconheceram na semana passada que cerca de 30 mil endereços de IP de sistemas informáticos de dezenas de indústrias foram atacados pelo "Stuxnet", que segundo alguns especialistas ocidentais poderia ter sido planejado para frear o controverso programa nuclear do Irã.
O vírus, que se infiltra através de portas USB, explora a vulnerabilidade do sistema operacional do Windows e supostamente poderia reconhecer o controle de uma rede e reprogramá-lo.
Especialistas europeus em segurança na internet advertiram que o "Stuxnet" é um vírus muito sofisticado, que provavelmente foi criado por uma grande organização ou com a ajuda de algum governo, e que pode ser considerado uma das primeiras armas para a guerra cibernética.
O que é guerra cibernética?
Os países do mundo estão hoje, conectados à Internet, no mínimo através de seus Governos e de suas Universidades. A internet, as redes de computadores que empregam recursos de multimídia são os exemplos de utilização do espaço cibernético, nos dias atuais e como não poderia ser diferente o emprego do ciberespaço tornou-se de extrema relevância. Esta grande rede de comunicação foi criada para ser usada pacificamente, provendo a integração e o desenvolvimento de toda a humanidade, e ao mesmo tempo, pode também ser empregada de maneira maléfica, utilizada para ataques cibernéticos, que trarão consequências reais e imediatas, gerando danos irreparáveis.
Em uma situação hipotética, pode-se imaginar algumas séries de ataques os quais produziriam resultados catastróficos: a invasão aos sistemas de uma determinada Força Aérea, comprometendo o funcionamento dos radares e controles do tráfego aéreo; a invasão aos sistemas das operadoras de energia de um País; a invasão aos sistemas hospitalares; a invasão aos sistemas que controlam os semáforos das grandes metrópoles.
Não de maneira fantasiosa, mas se pode denotar, que por meio da internet, é possível atingir qualquer alvo, em qualquer lugar do planeta, de maneira rápida e silenciosa, com resultados na maioria das vezes letais. Assim, as Forças Armadas começam a identificar novas armas em potencial, as armas cibernéticas, as quais podem provocar colapsos em seus alvos.
Não obstante a isso, os sistemas de comando empregados nos diversos meios bélicos existentes (navios, carros de combates, aeronaves e armamentos), bem como nos de apoio logístico das bases e dos centros estratégicos, identificam o quanto as Forças Armadas, de todo os Estados, estão intrinsecamente ligadas ao mundo cibernético e dele dependentes.
Com isso uma nova guerra começa a ser travada, ao remontar ao passado, os conflitos bélicos limitavam-se aos países, em seus territórios, com seus exércitos e armas, hoje, com o advento da tecnologia cibernética, a “Guerra Moderna” pode ser realizada por países, organizações, empresas e pessoas empregando o ciberespaço. Dessa forma a invasão de redes lógicas com a finalidade de buscar conhecimentos ou negá-los ou até mesmo destruí-los é o objetivo da “Guerra Cibernética”.
A guerra cibernética ou ciberguerra tem algumas características próprias e na maioria das vezes, não é possível identificar a origem de um ataque ou seus responsáveis, pois suas ações, vítimas e autores transcendem as fronteiras físicas delimitadas entre os Estados, dificultando com isso, a ação jurisdicional em identificar os responsáveis por tais ações e as suas responsabilidades, cíveis ou penais decorrentes.
Os países do mundo estão hoje, conectados à Internet, no mínimo através de seus Governos e de suas Universidades. A internet, as redes de computadores que empregam recursos de multimídia são os exemplos de utilização do espaço cibernético, nos dias atuais e como não poderia ser diferente o emprego do ciberespaço tornou-se de extrema relevância. Esta grande rede de comunicação foi criada para ser usada pacificamente, provendo a integração e o desenvolvimento de toda a humanidade, e ao mesmo tempo, pode também ser empregada de maneira maléfica, utilizada para ataques cibernéticos, que trarão consequências reais e imediatas, gerando danos irreparáveis.
Em uma situação hipotética, pode-se imaginar algumas séries de ataques os quais produziriam resultados catastróficos: a invasão aos sistemas de uma determinada Força Aérea, comprometendo o funcionamento dos radares e controles do tráfego aéreo; a invasão aos sistemas das operadoras de energia de um País; a invasão aos sistemas hospitalares; a invasão aos sistemas que controlam os semáforos das grandes metrópoles.
Não de maneira fantasiosa, mas se pode denotar, que por meio da internet, é possível atingir qualquer alvo, em qualquer lugar do planeta, de maneira rápida e silenciosa, com resultados na maioria das vezes letais. Assim, as Forças Armadas começam a identificar novas armas em potencial, as armas cibernéticas, as quais podem provocar colapsos em seus alvos.
Não obstante a isso, os sistemas de comando empregados nos diversos meios bélicos existentes (navios, carros de combates, aeronaves e armamentos), bem como nos de apoio logístico das bases e dos centros estratégicos, identificam o quanto as Forças Armadas, de todo os Estados, estão intrinsecamente ligadas ao mundo cibernético e dele dependentes.
Com isso uma nova guerra começa a ser travada, ao remontar ao passado, os conflitos bélicos limitavam-se aos países, em seus territórios, com seus exércitos e armas, hoje, com o advento da tecnologia cibernética, a “Guerra Moderna” pode ser realizada por países, organizações, empresas e pessoas empregando o ciberespaço. Dessa forma a invasão de redes lógicas com a finalidade de buscar conhecimentos ou negá-los ou até mesmo destruí-los é o objetivo da “Guerra Cibernética”.
A guerra cibernética ou ciberguerra tem algumas características próprias e na maioria das vezes, não é possível identificar a origem de um ataque ou seus responsáveis, pois suas ações, vítimas e autores transcendem as fronteiras físicas delimitadas entre os Estados, dificultando com isso, a ação jurisdicional em identificar os responsáveis por tais ações e as suas responsabilidades, cíveis ou penais decorrentes.
Hackers, soldados da guerra do futuro
De Pequim ao Pentágono, a chamada guerra cibernética já representa uma importante estratégia contra o inimigo.
O primeiro episódio desse novo tipo de conflito foi registrado no fim da guerra do Kosovo, em 1999. Uma operação norte-americana denominada “Matrix” bombardeou duas empresas sérvias ligadas ao governo do país – mas antes aterrorizou seus proprietários por e-mail. “O ataque virtual veio antes do físico”, diz o diretor da e-net Security, Wanderson Castilho.
Desde então, o episódio que ficou mais conhecido foi o ataque ao “governo sem papéis” da Estônia, em maio de 2006. Bastante dependente da internet, o país ficou bloqueado quando hackers derrubaram servidores (computadores centrais) estatais em represália à remoção de um monumento ao Exército Vermelho russo na capital do país, Tallinn.
Suspeita-se que milhares de computadores de outros países tenham sido invadidos e usados para o bombardeio virtual – o que significa que você pode ter participado do ataque, sem saber.
Em agosto deste ano, foi a vez de a Geórgia acusar a Rússia de invadir sua rede, ao mesmo tempo em que tanques russos se deslocavam para proteger as regiões separatistas da Abhkázia e da Osséia do Sul, no território georgiano.
Alvos
Com o antiamericanismo em alta no mundo, os EUA sabem que são o principal alvo de ciberterrorismo. Em março deste ano, o Pentágono acusou hackers chineses (os mais ativos no mundo) de entrar em redes de seus departamentos de Estado, Defesa e Comércio, inclusive apagando dados. O grupo também atacou servidores da Inglaterra, Alemanha, Austrália e Índia. Como resposta, os EUA estão investindo US$ 6 bilhões em defesa contra ataques eletrônicos.
Israel, India, Rússia, Paquistão e EUA também já foram acusados de perpetrar ataques – mas é difícil provar a participação dos governos.
Um dos maiores temores é o de que grupos terroristas dominem a tecnologia da guerra cibernética. Já existem iniciativas, como a do site ligado à jihad islâmica Al-jinan.org, que ensina qualquer voluntário a atacar sites antiislâmicos.
O chefe de pesquisas da finlandesa F-Secure, Mikko Hypponen, no entanto, é cético quanto ao acesso de grupos ligados à Al-Qaeda a ferramentas da guerra virtual. Para ele, uma guerra propriamente dita está longe de acontecer. “Defino guerra cibernética como uma nação contra outra, algo que nunca vimos. O que houve foram hackers individuais realizando ataques após uma crise do mundo real”, disse.
E quem são esses desconhecidos hackers por trás dos episódios? A dificuldade de chegar a eles vem principalmente do fato de milhares de computadores pessoais serem utilizados. No caso da Estônia, apenas um adolescente foi preso.
Como funciona
Em um típico ataque cibernético, hackers enviam pedidos de informação em massa ao servidor-alvo, que acaba bloqueado, sem serviço (ou”denial of service”). Outra forma de ataque é procurar uma informação específica num servidor ou alterar o conteúdo (“pichar”) um site. O que mais assusta são ataques hipotéticos contra servidores que controlam infra-estrutura, como de transporte ou energia.
Custo
A guerra tradicional, que não deixou de ser utilizada, como provam Iraque e Afeganistão, ganhou reforços via internet. “A partir de agora, todos os ataques vão se iniciar virtualmente. A agilidade é muito maior e o custo, muito menor”, diz Castilho.
De acordo com Bill Woodcock, diretor da Packet Clearing House, ONG que rastreia o tráfico na internet, ataques desse tipo são tão baratos que é quase certo que serão usados em qualquer guerra moderna. O custo seria de cerca de R$ 0,07 por computador atacado. “Pode-se financiar uma guerra cibernética completa pelo custo de uma esteira de tanque, então seria bobagem não fazê-lo”, disse em entrevista ao jornal The New York Times. Quem lucra são as empresas de segurança.
O primeiro episódio desse novo tipo de conflito foi registrado no fim da guerra do Kosovo, em 1999. Uma operação norte-americana denominada “Matrix” bombardeou duas empresas sérvias ligadas ao governo do país – mas antes aterrorizou seus proprietários por e-mail. “O ataque virtual veio antes do físico”, diz o diretor da e-net Security, Wanderson Castilho.
Desde então, o episódio que ficou mais conhecido foi o ataque ao “governo sem papéis” da Estônia, em maio de 2006. Bastante dependente da internet, o país ficou bloqueado quando hackers derrubaram servidores (computadores centrais) estatais em represália à remoção de um monumento ao Exército Vermelho russo na capital do país, Tallinn.
Suspeita-se que milhares de computadores de outros países tenham sido invadidos e usados para o bombardeio virtual – o que significa que você pode ter participado do ataque, sem saber.
Em agosto deste ano, foi a vez de a Geórgia acusar a Rússia de invadir sua rede, ao mesmo tempo em que tanques russos se deslocavam para proteger as regiões separatistas da Abhkázia e da Osséia do Sul, no território georgiano.
Alvos
Com o antiamericanismo em alta no mundo, os EUA sabem que são o principal alvo de ciberterrorismo. Em março deste ano, o Pentágono acusou hackers chineses (os mais ativos no mundo) de entrar em redes de seus departamentos de Estado, Defesa e Comércio, inclusive apagando dados. O grupo também atacou servidores da Inglaterra, Alemanha, Austrália e Índia. Como resposta, os EUA estão investindo US$ 6 bilhões em defesa contra ataques eletrônicos.
Israel, India, Rússia, Paquistão e EUA também já foram acusados de perpetrar ataques – mas é difícil provar a participação dos governos.
Um dos maiores temores é o de que grupos terroristas dominem a tecnologia da guerra cibernética. Já existem iniciativas, como a do site ligado à jihad islâmica Al-jinan.org, que ensina qualquer voluntário a atacar sites antiislâmicos.
O chefe de pesquisas da finlandesa F-Secure, Mikko Hypponen, no entanto, é cético quanto ao acesso de grupos ligados à Al-Qaeda a ferramentas da guerra virtual. Para ele, uma guerra propriamente dita está longe de acontecer. “Defino guerra cibernética como uma nação contra outra, algo que nunca vimos. O que houve foram hackers individuais realizando ataques após uma crise do mundo real”, disse.
E quem são esses desconhecidos hackers por trás dos episódios? A dificuldade de chegar a eles vem principalmente do fato de milhares de computadores pessoais serem utilizados. No caso da Estônia, apenas um adolescente foi preso.
Como funciona
Em um típico ataque cibernético, hackers enviam pedidos de informação em massa ao servidor-alvo, que acaba bloqueado, sem serviço (ou”denial of service”). Outra forma de ataque é procurar uma informação específica num servidor ou alterar o conteúdo (“pichar”) um site. O que mais assusta são ataques hipotéticos contra servidores que controlam infra-estrutura, como de transporte ou energia.
Custo
A guerra tradicional, que não deixou de ser utilizada, como provam Iraque e Afeganistão, ganhou reforços via internet. “A partir de agora, todos os ataques vão se iniciar virtualmente. A agilidade é muito maior e o custo, muito menor”, diz Castilho.
De acordo com Bill Woodcock, diretor da Packet Clearing House, ONG que rastreia o tráfico na internet, ataques desse tipo são tão baratos que é quase certo que serão usados em qualquer guerra moderna. O custo seria de cerca de R$ 0,07 por computador atacado. “Pode-se financiar uma guerra cibernética completa pelo custo de uma esteira de tanque, então seria bobagem não fazê-lo”, disse em entrevista ao jornal The New York Times. Quem lucra são as empresas de segurança.
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