Antologia poética, de Vinícius de Moraes
Organizada pelo próprio Vinicius de Moraes, teve a colaboração de amigos, em especial a do poeta modernista Manuel Bandeira. O volume específico para o vestibular ainda traz análise, resumo e notas explicativas criadas por José Luiz Amzalak, pós-graduado e professor de Literatura e interpretação de textos em pré-vestibulares do interior de São Paulo e Minas Gerais
Auto da barca do inferno, de Gil Vicente
O livro mais famoso de Gil Vicente é a primeira parte da trilogia das barcas - a segunda "Auto da Barca do Purgatório" e a última "Auto da Barca da Glória". O cunho moral das peças é uma alegoria e uma crítica social ao comportamento dos habitantes de Lisboa. Narra a história do julgamento das almas dos personagens --entre eles um abobalhado, uma alcoviteira, um agiota, um sapateiro, um frade e quatro cavaleiros-- que representam as figuras e pecados comuns da sociedade.Jorge Amado expõe a crueldade do universo adulto em confronto com a realidade de um grupo de meninos pobres, moradores de um trapiche abandonado, em Salvador, na década de 1930. Apesar de escrito sob influência da militância comunista do autor, o livro é atual, pois retrata a condição de muitos meninos de rua que ainda hoje sobrevivem de pequenos delitos e à margem do estrato social.
Em "A Cidade e as Serras", de Eça de Queiroz, o conflito entre a vida rural e a urbana é retratado através da história de Jacinto, um ardoroso defensor do progresso técnico e da modernização. De Paris para a serra portuguesa, ele faz também uma viagem pessoal de descoberta e mudança.
O cortiço, de Aluísio Azevedo
A obra máxima de Aluísio Azevedo mostra o dia a dia de um cortiço no final do século 19, expondo as duras condições da classe operária e as humilhações impostas aos escravos às vésperas da abolição e da proclamação da República. O romance representa a maturidade de um escritor preocupado em registrar e analisar os males da sociedade brasileira.
Dom casmurro, de Machado de Assis
A alquimia narrativa de Machado de Assis chega às alturas em "Dom Casmurro", considerado por muitos como o maior romance do autor e reconhecido como um dos melhores e mais importantes da literatura brasileira e mundial. Publicado em 1899, o livro descreve uma relação baseada na insegurança e no ciúme de um homem, o advogado Bento Santiago --o Bentinho-- por sua mulher, Capitu.
Iracema, de José de Alencar
Escrito por José de Alencar, "Iracema" faz parte da trilogia indianista do autor, ao lado de "O Guarani" e "Ubirajara". De forma quase poética, o romance narra o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e dos cabelos mais negros que a asa da graúna. Desse amor, surge uma nova nação. A história se passa no século 17 e apresenta, metaforicamente, as origens do Brasil. Vidas secas, de Graciliano Ramos
Lançado originalmente em 1938, é o romance em que o mestre Graciliano Ramos alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. A leitura dos livros obrigatórios nos vestibulares pode se tornar um problemão caso seja deixada para a última hora.Por isso, os especialistas dão dicas de como se planejar e do que priorizar enquanto é tempo. Aproveitar os oito meses anteriores aos processos seletivos de final de ano pode render pontos extras e aumentar a confiança na hora da prova. “Vale a pena iniciar a leitura no começo do ano. Assim, no final do ano, o candidato só vai precisar de uma muleta, que é o resumo da obra para relembrá-la. Ele pode também assistir a aulas de cursinho ou a palestras para deixar o conteúdo fresco na memória, na reta final”, afirma a coordenadora de português do curso Etapa, Célia Passoni. Mas qual livro escolher para iniciar a lista com o pé direito? “Cada pessoa tem seu ritmo e seu conhecimento. Alguns, já podem até ter lido parte das obras da lista, durante o ensino médio. Então, a primeira recomendação é separar os livros que já leu e as obras de poesia”, afirma Célia. Por que separar as poesias? “O livro de poemas pode ser levado no bolso. É uma leitura que pode ser feita diariamente, aos poucos. Outras obras, mais complexas exigem um pouco de perseverança”, explica a docente. Segundo Célia, uma sugestão é começar pelas obras que você considera mais fáceis. Exemplos de livros desse tipo seriam “Vida Secas”, de Graciliano Ramos, ou o “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente – com textos relativamente curtos. Obras consideradas mais complexas pela professora são, por exemplo, “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa, ou “A Cidade e as Serras”, do português Eça de Queirós. “Os livros mais difíceis, em geral, são os que estão mais afastados do público brasileiro”, justifica.
1- Separe da lista as obras que você já conhece e as de poesia.
2- Inicie pelos livros que considera mais fáceis.
3- Poesias podem ser lidas diariamente, em doses “homeopáticas”.
4- Obras mais densas exigem concentração e leitura em local adequado.
5- Se você estiver estudando literatura, tente ler as obras obrigatórias à medida que estuda. Ou seja, se estiver tendo aulas sobre realismo, a leitura de Machado de Assis pode facilitar o aprendizado.
6- No caso de prestar vários processos seletivos, priorize as listas de livros das faculdades em que você mais deseja ingressar.
7- Não teve condição de ler tudo? Não hesite: pegue o resumo.
2- Inicie pelos livros que considera mais fáceis.
3- Poesias podem ser lidas diariamente, em doses “homeopáticas”.
4- Obras mais densas exigem concentração e leitura em local adequado.
5- Se você estiver estudando literatura, tente ler as obras obrigatórias à medida que estuda. Ou seja, se estiver tendo aulas sobre realismo, a leitura de Machado de Assis pode facilitar o aprendizado.
6- No caso de prestar vários processos seletivos, priorize as listas de livros das faculdades em que você mais deseja ingressar.
7- Não teve condição de ler tudo? Não hesite: pegue o resumo.
Fonte: professores dos cursos Anglo, Etapa e Objetivo
Ordem cronológicaPara Eduardo Calbucci, professor de língua portuguesa do Curso Anglo, uma sugestão é a leitura das obras segundo a ordem cronológica em que foram produzidas.
“É sempre mais fácil ler os livros na ordem cronológica de publicação. Cursos de literatura seguem a cronologia, então o vestibulando pode ir seguindo a tradição literária”, explica o professor. “Assim, fica mais fácil de enxergar as conexões do livro com a realidade da época.”
Se você sabe que os livros são muitos, priorize: “Não são só livros de literatura que o candidato tem de estudar para o vestibular. Por isso, é necessário escolher as obras das faculdades mais sonhadas. E se não houver chance de ler tudo, é importante ler o resumo”, diz Célia.
É preciso ter muita convicção de quais vestibulares interessam de verdade. Se o estudante pretende prestar três ou quatro federais, não vai conseguir ler todas as obras. É preciso que o candidato escolha o que pretende prestar e que vá atrás das informações”, concorda Calbucci.
Confira as listas de livros obrigatórios já divulgadas para as seleções de candidatos com ingresso no ensino superior no ano de 2010.
USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
# “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo
# “Capitães da Areia”, de Jorge Amado
# “Antologia Poética” (com base na 2ª edição aumentada), de Vinícius de Moraes
# “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente;
# “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida;
# “Iracema”, de José de Alencar;
# “Dom Casmurro”, de Machado de Assis;
# “A Cidade e as Serras”, de Eça de Queirós;
# “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
# “Sermão da Sexagésima”, de Padre Antônio Vieira;
# “Bom Crioulo”, de Adolfo Caminha;
# “Cobra Norato”, de Raul Bopp;
# “Crônica da Casa Assassinada”, de Lúcio Cardoso;
# “Antes do Baile Verde”, de Lygia Fagundes Telles.
UFBA (Universidade Federal da Bahia)
1ª Fase ou Fase única
# “As vítimas algozes”, de Joaquim Manoel de Macedo;
# “A correspondência de Fradique Mendes”, de Eça de Queirós;
# “Vidas secas”, de Graciliano Ramos;
# “Quarup”, de Antônio Callado;
# “Os melhores poemas” (antologia publicada pelo Fundo Nacional de Cultura/MinC), em “Cadernos Negros”;
# “Senhora”, de José de Alencar.
2ª Fase CPL (Cursos de Progressão Linear)
# “As vítimas algozes”, de Joaquim Manoel de Macedo;
# “A correspondência de Fradique Mendes”, de Eça de Queirós;
# “Vidas secas”, de Graciliano Ramos;
# “O largo da Palma”, de Adonias Filho;
# “Quarup”, de Antônio Callado;
# “Senhora”, de José de Alencar;
# “Macunaíma”, de Mário de Andrade;
# “Os melhores poemas” (antologia publicada pelo Fundo Nacional de Cultura/MinC), em “Cadernos Negros”;
# “O último vôo do flamingo”, de Mia Couto;
# “Os cem melhores poemas brasileiros do século”, de Italo Moriconi (org).
Filmes (apenas 2ª fase – CPL):
# A invenção do Brasil – Guel Arraes;
# Cidade de Deus – Fernando Meireles;
# Deus e o diabo na terra do sol – Glauber Rocha;
# O baile perfumado – Lírio Ferreira e Paulo Caldas;
# Diários de motocicleta – Walter Salles Jr.;
# O homem que copiava – Jorge Furtado;
# O que é isto, companheiro? – Bruno Barreto;
# Adeus, Lenin – Wolfganger Becker;
# Faça a coisa certa – Spike Lee;
# O crime do padre Amaro – Carlos Carrera;
UFC (Universidade Federal do Ceará)
# “Aves de Arribação”, de Antônio Sales (Col. CCV);
# “Três Peças Escolhidas”, de Eduardo Campos (Col. CCV);
# “Cordéis e Outros Poemas”, de Patativa do Assaré (Col. CCV);
# “Notícias de Bordo”, de Linhares Filho (Col. CCV);
# “Entre a Boca da Noite e a Madrugada”, de Milton Dias (Col. CCV);
# “Trapiá”, de Caio Porfírio Carneiro – (Col. CCV).
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
# “Anjo Negro”, de Nelson Rodrigues;
# “Dom Casmurro”, de Machado de Assis;
# “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector;
# “Inocência”, de Visconde de Taunay;
# “Leão de Chácara”, de João Antônio;
# “Muitas Vozes”, de Ferreira Gullar;
# “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes;
# “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meirelles;
# “São Bernardo”, de Graciliano Ramos; e
# “Urupês”, de Monteiro Lobato.
PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
# “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo;
# “Capitães da Areia”, de Jorge Amado;
# “Antologia poética” (com base na 2ª edição aumentada), de Vinicius de Moraes;
# “Dom Casmurro”, de Machado de Assis;
# “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.
Não possuem listas de livros obrigatórios:
# Unesp (Universidade Estadual Paulista)
# Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
# UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
# Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
# UnB (Universidade de Brasília)
Listas ainda não definidas
# UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
# UFPA (Universidade Federal do Pará)
# UFRR (Universidade Federal de Roraima)
opa listas atualizadas
ResponderExcluirbaixei um monte de livros :D
ResponderExcluirMUITO ÚTIL PROFESSOR! brigada.. :)