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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Atualidades 2 - Divisão do Estado do Pará em Debate

O debate sobre a divisão do território paraense para criação de novos estados definitivamente chegou à capital, Belém. Há bem pouco tempo, o assunto estava restrito às micro-regiões do Oeste  e Sul do Pará. O sonho por um Território Federal do Marajó ainda é de domínio dos políticos interessados em perpetuar um feudo eleitoral na área, pois os 250 mil habitantes da maior ilha flúvio-marítima do planeta, por enquanto, acompanham à distância essa questão.
 
O crescente movimento pela divisão do estado levou a Associação Comercial do Pará a lançar uma campanha de oposição aos separatistas e de luta pela manutenção da unidade territorial do Pará. As peças de propaganda estão sendo feitas em parceria com o maior grupo de comunicação da Amazônia, responsável pelos veículos com a marca Liberal –  jornais, TV e rádios.
 
Mas a peleja manutenção versus divisão territorial não está somente na mídia. Ela se faz presente no cotidiano do belemense, principalmente nas instituições de ensino. Assim, promete ser quente o debate que a FAP – Faculdade do Pará realiza hoje à noite, a partir das 19h em seu auditório. Essa instituição de ensino privado colocará na arena pesos-pesados: de um lado, o deputado federal Giovani Queiróz (PDT) – defensor da criação do estado de Carajás e o vice-governador Aldair Corrêa, que fez nome defendo a implantação do estado do Tapajós. Do outro lado, em defesa do Pará atual estarão o deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS) e o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB).  
 
É inegável que a discussão sobre a divisão territorial  seja uma realidade em todo o estado. No Sul do Pará tanto os políticos quanto a população expressam com veemência cada vez mais intensa o desejo pela criação do estado de Carajás, que seria formado pelos municípios que apresentam os maiores índices de crescimento na agricultura, pecuária e mineração Mas estes são também os municípios que apresentam o maior índice de degradação ambiental, trabalho infanto-juvenil e condições análogas ao trabalho escravo.
 
O estado do Tapajós é a esperança da população do Oeste do Pará, região em que os municípios não apresentam desenvolvimento econômico, mas vive, porém, sob a ameaça de graves problemas ambientais por causa da monocultura da soja e da devastação das florestas por madeireiros e fazendeiros. Desde o declínio dos garimpos do Tapajós, nos anos 80 do século passado, a região não consegue encontrar um caminho de crescimento econômico e desenvolvimento humano.

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