Maus hábitos tornam sociedade individualista, alerta psicóloga
Bons costumes e atitudes gentis estão cada vez mais difíceis de encontrar.
Especialista afirma que educação tem que começar em casa, pelos pais.
classes
sociais, não é 'privilégio' das classes mais favorecidas", reforça a psicóloga.
A reportagem do G1 foi a lugares públicos para
conferir como se comporta a sociedade hoje em dia. Foram cerca de 60
minutos na praça de alimentação de um dos principais shoppings de Maceió.
Era início da noite, o local estava lotado. Nesse período, poucas
pessoas retiraram suas bandejas após o lanche e as levaram até a
lixeira.A regra simplesmente virou excessão. E as pessoas agem sem nenhum constrangimento aparente. Elas compram o lanche, carregam a bandeja até a mesa, sentam-se, comem e depois se levantam. Quem vem atrás, fica sem lugar para se sentar, com a bandeja na mão. Mas isso não é suficiente para fazê-las repensar as atitudes. Após demorada busca por uma mesa desocupada - e limpa -, as pessoas lancham vão embora, deixando a bandeja para trás.
A arquiteta Carla Cansanção, 23, diz que talvez seja um costume das pessoas. "É muito feio, mas já virou hábito. Acho que as pessoas pensam: tem quem limpe e por isso não o fazem", diz.
O universitário Kadu Fonseca, 27, tem a mesma opinião. Ele acredita que o fato de ter funcionários limpando as mesas faz com que as pessoas pensem que não é obrigação delas retirar o prato sujo do lugar.
Na sala de cinema, a situação é ainda pior. A reportagem do G1 acompanhou o fim de uma sessão infantil e quando todos saem, a imagem é impressionante. Além das pipocas no chão que caem por acidente, tem sacos inteiros jogados no chão e muitos copos de refrigerantes no porta-copos das poltronas. Quer dizer, ninguém joga o lixo na lixeira.
Nas salas de cinema, poucas pessoas recolhem os copos de refrigerente e os sacos de pipoca.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
O problemas, infelizmente, não se limitam a ambientes fechados. No estacionamento de uma rede de supermercados não é difícil encontrar carrinhos de compras espalhados por vagas ou até mesmo nas vias por onde os automóveis devriam passar. Incomum é encontrar alguém que, ao descarregar as compras no porta-malas, devolva o carrinho ao lugar onde o pegou.
"A gente ensina, educa, muitas vezes conseguimos fazer com que o aluno mude o comportamento do pai, mas em algumas situações a referência dentro de casa é mais forte. A criança incorpora o estímulo incorreto e depois é bem mais difícil tirar", diz.
Fonte: G1.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário